FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Textos


AS INVOCAÇÕES DA LADAINHA DE NOSSA SENHORA (II)
 
Mãe da divina graça
 
Quando tratamos do mistério da fé aquilo que primeiro pensamos é a graça de Deus, porque dela precisamos permanentemente. A vida humana e a vida em geral é traduzida por dependência, exatamente porque dependemos em tudo para que a vida seja plena, quer em sua naturalidade quer para além de sua naturalidade. O apóstolo São João assim escreveu em seu Evangelho: ”Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça. Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou”. (Jo 1,16-18).
 
Ora, Maria é a mãe da divina graça porque toda a graça divina nos veio por seu Filho Jesus Cristo como escreveu o apóstolo São João. Assim também nos ensinou São Paulo: “Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo...” (Ef 1,3). Logo, essa invocação corresponde perfeitamente à Sagrada Escritura, e a própria Virgem Mãe testifica essa verdade revelada por Deus: “porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo”. (Lc 1,49).
 
Mãe puríssima
 
Puríssima é a mãe do puro amor, ou seja, sem mancha alguma, porque somente habitada por Deus. A feliz mãe do Senhor nos dá esse testemunho de pureza, pois somente a ela foi dado o privilégio de ser a mãe do Único Filho de Deus feito homem. De fato, Deus criou o homem e a mulher em estado de graça, isto é, perfeitos, sem a mancha do pecado. Com Maria, deu-se o mesmo fenômeno, ela foi redimida desde sua concepção, por isso, ela é puríssima em todos os sentidos. É isso o que nos revela São Lucas na visitação do anjo: “Entrando o anjo disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo’”. (Lc 1,28). Assim compreendemos que Maria é a mais pura das criaturas em vista, como revelou São Lucas, do “ente santo”, que dela nasceu.
 
Mãe castíssima
 
A castidade é a virtude própria dos filhos e filhas de Deus, pois todos nascemos castos, isto é, consagrados naturalmente a Deus por nossa virgindade inata. Em Maria Deus elevou essa virtude à plenitude, ou seja, à dignidade de atributo, aquilo que lhe é próprio por toda vida, porque mesmo dando a luz, Maria permaneceu casta em toda a sua integridade, isto é, virgem antes, durante e depois do parto. Portanto, nunca houve contato psíquico, físico-sexual entre a mãe de Deus e qualquer criatura neste mundo, desse modo, o ser castíssimo de Maria advém de sua escolha e missão que se perpetua por toda a eternidade. Ninguém jamais receberá esse privilégio, porque a mãe do Senhor é a única que o recebeu.
 
Mãe Imaculada
 
Quando em Lourdes, na França, Maria em visão apareceu à pequenina Bernadette de Soubirous, esta a contemplou, e assim descreveu: “Uma vez finalmente, com os braços para frente, ela olhou para o céu em sinal de profunda humildade e obediência a Deus e disse-me: "EU SOU A IMACULADA CONCEIÇÃO". Ou seja, a Virgem Mãe confirmou o que as Escrituras Sagradas já havia revelado a respeito de quem era a mãe do Messias, o enviado de Deus para a salvação de toda humanidade. (Cf. Is 7,14; Lc 1,26-35). Felizes de nós que também somos seus filhos por adoção, (Cf. Jo 19,26-27), porque desse modo temos no céu uma mãe imaculada que intercede por nós junto a Jesus, seu Filho e Filho de Deus muito amado.
 
Paz e Bem!
 
Frei Fernando,OFMConv.
Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 08/02/2012
Alterado em 08/02/2012


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