FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
27/07/2009 21h16
O FERMENTO DO ESPÉIRITO SANTO
São Macário (?-405), monge no Egipto
Homilia n° 24 (a partir da trad. Bellefontaine 1984, coll. Spi. Or. N° 40, p. 239 rev.)

«Até que tudo fique fermentado»

Desde a transgressão de Adão, os pensamentos da alma dispersaram-se, afastando-se do amor de Deus, na direção do mundo presente, e misturaram-se com pensamentos materiais e terrestres. Porque Adão, com a sua transgressão, recebeu em si o fermento das más tendências, e assim, por participação, também todos os que dele nasceram e toda a raça de Adão recebeu uma parte desse fermento. Seguidamente, as disposições más cresceram e desenvolveram-se entre os homens, a ponto de eles fazerem todo o tipo de desordens. Finalmente, o fermento da malícia penetrou em toda a humanidade [...].

De maneira análoga, durante a sua estada na terra, o Senhor quis voluntariamente sofrer por todos os homens: resgatá-los com o Seu próprio sangue, introduzir o fermento celeste da Sua bondade nas almas crentes humilhadas pelo jugo do pecado. Quis completar nelas a justiça dos preceitos e todas as virtudes, de maneira a que, ao penetrar nelas este fermento, fiquem unidas no bem e formem com o Senhor «um só Espírito», segundo as palavras de Paulo (1Co 6, 17).

A alma que for totalmente penetrada pelo fermento do Espírito Santo nem poderá já ter a idéia do mal e da malícia, como está escrito: «O amor não se irrita nem guarda ressentimento» (1Co 13, 5). Sem este fermento celeste, ou, por outras palavras, sem a força do Espírito Santo, a alma não poderá ser amassada pela doçura do Senhor nem alcançar a verdadeira vida.

Paz e Bem!

    ©Evangelizo.org 2001-2009

Publicado por Frei Fernando Maria em 27/07/2009 às 21h16
 
23/07/2009 13h29
A VIDA, LUGAR DA REVELAÇÃO DIVINA
A vida sempre foi e sempre será o lugar da revelação da Glória de Deus; apesar de todas as contradições e injustiças que vemos na face da terra, por parte do ser humano, a criatura mais eminente de Deus, que foi criada para preservar e não para destruir a obra da criação.

É verdade, vivemos num vale de lágrimas, de sofrimentos incontáveis e de raras alegrias, devido à desobediência dos homens às leis do amor e da comunhão entre nós, postas em nossas almas pelo nosso Criador. Mas fiquemos certos: "Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma. Ele criou tudo para a existência, e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação. Nelas nenhum princípio é funesto, e a morte não é a rainha da terra, porque a justiça é imortal.”

"Mas, (a morte), os ímpios a chamam com o gesto e a voz. Crendo-a amiga, consomem-se de desejos, e fazem aliança com ela; de fato, eles merecem ser sua presa." (Sab 1,13-16).

Portanto, nós que esperamos no Senhor a justiça e a paz que procuramos praticar, veremos enfim redimidos em seu amor, a Glória Divina que revelamos com o nosso viver de cada dia.

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 23/07/2009 às 13h29
 
20/07/2009 17h53
O SINAL DE JONAS
Santo Efrém (c.306-373), diácono na Síria, Doutor da Igreja
Diatessaron 11, 1-3 (a partir da trad. SC 121, pp. 195ss. rev.)

O sinal de Jonas

Apesar de todos os sinais que Nosso Senhor nos enviou, aqueles cegos nada viam e diziam-Lhe: «Queríamos ver um sinal vindo de Ti». Nosso Senhor deixou de lado reis e profetas, Suas testemunhas, e apelou aos Ninivitas. [...] Jonas anunciara a destruição aos Ninivitas; tinha-lhes inspirado temor, tinha semado no seu seio a consternação; e eles, por resposta, deram-lhe a colheita da contrição e os frutos da penitência. As nações foram, pois, eleitas e os incircuncisos aproximaram-se de Deus. Os pagãos receberam a vida e os pecadores converteram-se [...].

«Reclamavam um sinal do Céu» (Lc 11,16), por exemplo um trovão, como acontecera com Samuel (cf 1Sm 7, 10). [...] Tinham ouvido uma pregação vinda do alto, e não acreditaram. Por isso, a pregação veio das profundezas [...]: «O Filho do homem estará no coração da terra, como Jonas esteve no ventre da baleia». [...]

Jonas emergiu do mar e pregou aos Ninivitas, que fizeram penitência e foram salvos. Também Nosso Senhor, depois de ter ressuscitado o Seu corpo da morada dos mortos, enviou os Seus apóstolos pelo meio nações, que se converteram totalmente e receberam a plenitude da vida.

Paz e Bem!

    ©Evangelizo.org 2001-2009

Publicado por Frei Fernando Maria em 20/07/2009 às 17h53
 
18/07/2009 12h37
ETERNAMENTE
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja 
Sermão 194; PL 38, 1016 (a partir da trad. do breviário) 

«No seu nome, hão-de esperar os povos» 

Quem, pois, de entre os homens, conhece todos os tesouros de sabedoria e da ciência ocultos em Cristo, escondidos na pobreza da Sua carne? Porque Ele, «sendo rico, fez-se pobre por nós, para nos enriquecer com a Sua pobreza» (2Cor 8, 9). Como vinha para assumir a condição mortal e vencer a própria morte, apresentou-Se na Sua condição de pobre; mas Ele, que nos prometeu tesouros distantes, na verdade não perdeu aqueles dos quais Se afastou: «como é grande, Senhor, a bondade que reservas para os que Te são fiéis! Tu a concedes, à vista de todos, àqueles que em Ti confiam» [Sl 31 (30), 20]. [...]

Para que O pudéssemos compreender, Aquele que é igual ao Pai, pois tem a natureza de Deus, tornou-Se semelhante a nós, tomando a natureza de servo, e recriando-nos à semelhança de Deus. Tornando-Se filho de homem, o Filho único de Deus torna os homens filhos de Deus. E, depois de ter alimentado os servos com a Sua natureza visível de servo, tornou-nos livres para que pudéssemos contemplar a natureza de Deus.

Porque «já somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. O que sabemos é que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele porque O veremos tal como Ele é» (1Jo 3, 2). Com efeito, em que consistem os tesouros de sabedoria e de ciência, esses tesouros divinos? Só sabemos que nos satisfazem completamente. E esta super abundância da Sua bondade? Só sabemos que nos saciará eternamente. 
  
Paz e Bem!

 
©Evangelizo.org 2001-2009 

Publicado por Frei Fernando Maria em 18/07/2009 às 12h37
 
17/07/2009 09h59
"O FILHO DO HOMEM É SENHOR TAMBÉM DO SÁBADO"
Orígenes (cerca 185-253), presbítero e teólogo
Homilias sobre o livro dos Números, nº 23 (a partir da trad. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 2, p. 87)

«O Filho do homem é Senhor do sábado»

O sábado foi instituído como um dia sagrado; todos os santos e todos os justos deviam celebrar o sábado. [...] Vejamos então em que consiste para o cristão a observância do sábado: no dia de sábado, não se deve realizar nenhuma obra deste mundo; é necessário abster-se de todas as obras terrenas, não fazer nada que se relacione com este mundo, dedicar-se às obras espirituais, ir à igreja, estar atento à leitura da Escritura e às explicações que dela são dadas, pensar em coisas do céu, ocupar-se da esperança na vida futura, ter presente o julgamento que há-de vir, meditar, não nas realidades visíveis e presentes, mas nas realidades futuras e invisíveis.

Os judeus também devem observar tudo isto. Em suas casas, os ferreiros, os pedreiros, todos os trabalhadores manuais ficam sem nada fazer no dia de sábado. Mas nesse dia, os leitores que proclamam a Sagrada Escritura, os doutores que explicam a Lei de Deus, não interrompem as suas funções, e no entanto não profanam o sábado.

O meu Senhor o reconheceu: «Não lestes», disse-lhes Ele, «que ao sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e ficam sem culpa?» Portanto, é aquele que se abstém das obras deste mundo e se torna livre para as atividades espirituais, é esse que oferece o sacrifício do sábado e santifica o sábado como um dia de festa. [...]

Durante o sábado, cada qual permanece na sua casa e não sai dela. Qual é pois esta casa da alma espiritual? Esta casa é a justiça, a verdade, a sabedoria, a santidade; tudo isso é Cristo, a casa da alma. Desta casa, não é necessário sair, quando se quer guardar o verdadeiro sábado e celebrar por sacrifícios este dia de festa, segundo as palavras do Senhor: «Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós» (Jo 15, 4).
 
Paz e Bem!

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Publicado por Frei Fernando Maria em 17/07/2009 às 09h59



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