FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
25/11/2010 10h39
VEM, SENHOR JESUS
Catecismo da Igreja católica §§ 668-671
 
Cristo voltará na Sua glória
 
«Cristo morreu e voltou à vida para ser Senhor dos mortos e dos vivos» (Rom 14, 9). A ascensão de Cristo aos Céus significa a Sua participação, em Sua humanidade, no poder e autoridade do próprio Deus. Jesus Cristo é Senhor: Ele possui todo o poder nos Céus e na Terra. Está «acima de todo o principado, poder, virtude e soberania», porque o Pai «tudo submeteu a Seus pés» (Ef 1, 20-22). Cristo é o Senhor do cosmos e da história. N'Ele, a história do homem e, até, a Criação inteira encontram a sua «recapitulação» (Ef 1, 10), o seu acabamento transcendente.
 
Como Senhor, Cristo é também a cabeça da Igreja, que é o Seu corpo. Elevado aos Céus e glorificado, tendo assim cumprido plenamente a Sua missão, continua na Terra por meio da Igreja. A redenção é a fonte da autoridade que, em virtude do Espírito Santo, Cristo exerce sobre a Igreja. «A Igreja, ou seja, o Reino de Cristo já presente em mistério», «gérmen e principio deste mesmo Reino na Terra» (LG 3.5).
 
Depois da ascensão, o desígnio de Deus entrou na sua consumação. Estamos já na «última hora» (1 Jo 2,18). [...]
 
Já presente na Sua Igreja, o Reino de Cristo, contudo, ainda não está acabado «em poder e glória» (Lc 21, 27) pela vinda do Rei à terra. Este Reino ainda é atacado pelos poderes do mal, embora estes já fossem potencialmente vencidos pela Páscoa de Cristo. Até que tudo Lhe tenha sido submetido, «enquanto não se estabelecem os novos céus e a nova terra, em que habita a justiça, a Igreja peregrina, nos seus sacramentos e nas suas instituições, que pertencem à presente ordem temporal, leva a imagem passageira deste mundo e vive no meio das criaturas que gemem e sofrem as dores do parto, esperando a manifestação dos filhos de Deus» (LG 48). Por este motivo, os cristãos oram, sobretudo na Eucaristia, para que se apresse o regresso de Cristo, dizendo-Lhe: «Vem, Senhor» (1Cor 16, 22; Ap 22, 17.20).  
 
Paz e Bem!
 
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 25/11/2010 às 10h39
 
23/11/2010 23h49
PERSEVERANÇA ATÉ O FIM
 Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
Sermão 306
 
«Pela vossa constância é que sereis salvos»
 
Queres alcançar a vida onde estarás para sempre liberto do engano? Quem não o quererá? [...] Todos queremos a vida e a verdade. Mas como o conseguir? Que caminho seguir? É verdade que não chegamos ainda ao termo da viagem, mas vislumbramo-lo, já [...], aspiramos à vida e à verdade. Ambas as coisas estão em Cristo. Que direção tomar, para as alcançarmos? «Eu sou o Caminho», disse Ele. «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14, 6).
 
Eis o que os mártires realmente amaram; eis por que motivos ultrapassaram o amor a bens presentes e efêmeros. Não vos surpreenda a sua coragem; foi o amor que, neles, venceu o sofrimento [...]; trilhemos os seus passos, de olhos postos n'Aquele que é o seu e o nosso Chefe; se desejarmos alcançar tão grande felicidade, não temamos passar por caminhos difíceis. Aquele que no-lo prometeu é verdadeiro; Ele é fiel, Ele não nos enganaria. [...] Por que temer as duras vias do sofrimento e da tribulação? O próprio Salvador as sofreu.
 
Responderás: «Mas era Ele, o Salvador !» Lembra-te de que os apóstolos também passaram por esses caminhos. Dirás: «Eram apóstolos !». Eu sei. Mas não te esqueças de que, depois deles, um grande número de homens como tu passaram por semelhantes provações [...]; e mulheres, também [...]; e crianças, mesmo meninas muito pequenas, passaram por tal caminho de provação. Será ainda tão duro esse caminho afinal já aplanado por tantos que o percorreram?
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 23/11/2010 às 23h49
 
22/11/2010 11h12
O SENHOR É REI, A ELE GLÓRIA E PODER POR TODA ETERNIDADE
 São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge e bispo 
5.º Sermão da Santa Páscoa (PG 46, 683; Leccionário, p. 367 rev.) 

«Pilatos disse: "Aqui está o vosso Rei"» (Jo 19,14). 

Bendito seja Deus! Festejemos o Filho único, o Criador dos céus, que lá ascendeu após ter descido às profundezas do inferno, e que envolve a terra inteira com os raios da Sua luz. Festejemos o sepultamento do Filho único e a Sua Ressurreição de vencedor, o júbilo do mundo inteiro e a vida de todos os povos. [...] 

Tudo isto nos foi obtido assim que o Criador ressurgiu dos mortos, ao rejeitar a ignomínia e transformando, no Seu esplendor divino, o perecível em imperecível. E qual foi a ignomínia rejeitada? Isaías dá-nos a resposta: «Sem figura nem beleza, vimo-Lo sem aspecto atraente, desprezado e abandonado pelos homens» (53, 2-3).

E quando ficou Ele sem a Sua glória? Quando carregou aos ombros a madeira da cruz como troféu da Sua vitória sobre o diabo. Assim que Lhe foi posta na cabeça uma coroa de espinhos, a Ele, que coroa os Seus fiéis. Assim que foi revestido de púrpura Aquele que reveste de imortalidade os que renascem da água e do Espírito Santo. Assim que pregaram à madeira o Senhor da vida e da morte. [...]

Aquele, porém, que ficou sem a Sua glória foi transfigurado na luz, e o júbilo do mundo despertou com o Seu corpo. [...] «O Senhor é Rei, vestido de majestade» (Sl 93 (92), 1). De que majestade Se vestiu Ele? De incorruptibilidade, de imortalidade, do chamamento dos Apóstolos, da coroa da Igreja. [...] São Paulo é disso testemunho, ao dizer: «É, de fato, necessário que este ser mortal se revista de imortalidade» (1Cor 15, 53).

E o salmista diz também: «O Teu trono, Senhor, está firme desde sempre, e Tu existes desde a eternidade; o Teu reino é um reino para toda a eternidade, e o Teu domínio estende-se por todas as gerações» (Sl 93 (92), 2; 145 (144), 13). E ainda: «O Senhor é Rei: alegre-se a terra e rejubile a multidão das ilhas!» (Sl 97 (96), 1). A Ele a glória e o poder, amen! 

 


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Publicado por Frei Fernando Maria em 22/11/2010 às 11h12
 
20/11/2010 09h24
A ESPERANÇA INTRÍNSECA QUE ALIMENTA NOSSAS ALMAS
Concílio Vaticano II - A Igreja no mundo atual «Gaudium et spes», § 18 

«Deus não é Deus de mortos, mas de vivos» 

É em face da morte que o enigma da condição humana mais se adensa. Não são só a dor e a progressiva dissolução do corpo que atormentam o homem, mas também, e ainda mais, o temor de que tudo acabe para sempre. Mas a intuição do próprio coração fá-lo acertar, quando o leva a aborrecer e a recusar a ruína total e o desaparecimento definitivo da sua pessoa.

O germe de eternidade que nele existe, irredutível à pura matéria, insurge-se contra a morte. Todas as tentativas da técnica, por muito úteis que sejam, não conseguem acalmar a ansiedade do homem: o prolongamento da longevidade biológica não pode satisfazer aquele desejo duma vida ulterior, invencivelmente radicado no seu coração. 

Enquanto, diante da morte, qualquer imaginação se revela impotente, a Igreja, ensinada pela revelação divina, afirma que o homem foi criado por Deus para um fim feliz, para além dos limites da miséria terrena. A fé cristã ensina que a própria morte corporal, de que o homem seria isento se não tivesse pecado, acabará por ser vencida, quando o homem for, pelo omnipotente e misericordioso Salvador, restituído à salvação que por sua culpa perdera.

Com efeito, Deus chamou e chama o homem a unir-se a Ele com todo o seu ser na perpétua comunhão da incorruptível vida divina. Esta vitória alcançou-a Cristo ressuscitado, libertando o homem da morte com a própria morte.

Portanto, a fé, que se apresenta à reflexão do homem apoiada em sólidos argumentos, dá uma resposta à sua ansiedade acerca do seu destino futuro; e ao mesmo tempo oferece a possibilidade de comunicar, em Cristo, com os irmãos queridos que a morte já levou, fazendo esperar que eles tenham alcançado a verdadeira vida junto de Deus. 

Paz e Bem! 

 
©Evangelizo.org 2001-2010 

Publicado por Frei Fernando Maria em 20/11/2010 às 09h24
 
18/11/2010 15h04
CAMINHANDO SOBRE AS ONDAS
Origines (c. 185-253), presbítero e teólogo 
Comentário ao Evangelho segundo Mateus, 11, 6; PG 13, 919 

«Tu és, realmente, o Filho de Deus!» 

Quando nos tivermos mantido firmes durante as longas horas da noite escura que reina nos momentos de provação, quando tivermos dado o nosso melhor [...], estejamos certos de que, quando a noite for adiantada e o dia estiver próximo (Rom 13, 12), o Filho de Deus virá até junto de nós, caminhando sobre as ondas. Quando O virmos aparecer assim, sentiremos receio até ao momento em que compreendermos claramente que é o Salvador que veio para o meio de nós. Julgando ainda ver um fantasma, gritaremos assustados, mas Ele dir-nos-á imediatamente: «Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!»

Pode ser que estas palavras façam surgir em nós um Pedro em caminho para a perfeição, que descerá do barco, certo de ter escapado à prova que os agitava. Inicialmente, o seu desejo de ir para o pé de Jesus fá-lo caminhar sobre as águas. Mas sendo a sua fé ainda pouco segura e estando ele próprio com dúvidas, notará «a violência do vento», sentirá medo e começará a ir ao fundo. Contudo, escapará a este mal porque lançará a Jesus este grito: «Salva-me, Senhor!» E mal este outro Pedro acabe de dizer «Salva-me, Senhor!», o Verbo estenderá a mão para o socorrer, e segurá-lo-á no momento em que ele começava a afogar-se, repreendendo-o pela sua pouca fé e pelas suas dúvidas.

Note-se contudo que Ele não disse: «Incrédulo», mas «homem de pouca fé», e que está escrito: «Porque duvidaste?», quer dizer: «Tu tinhas um pouco de fé, mas deixaste-te levar em sentido contrário». E Jesus e Pedro subirão para o barco, o vento acalmará e os ocupantes, compreendendo a que perigos tinham escapado, adorarão Jesus dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!», palavras que apenas os discípulos que estão próximo de Jesus no barco podem dizer.     

  Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 18/11/2010 às 15h04



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