FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
26/09/2010 17h38
PRIMEIRO OS POBRES
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja - Homílias sobre o Evangelho de Mateus, n°50, 3-4 (a partir da trad. breviário)
 
Reconhecer Cristo no pobre
 
Queres honrar o Corpo de Cristo? Então não O desprezes nos seus membros, isto é, nos pobres que não têm que vestir, nem O honres no templo com vestes de seda, enquanto O abandonas lá fora ao frio e à nudez. Aquele que disse: «Isto é o Meu Corpo» (Mt 26, 26), e o realizou ao dizê-lo, é o mesmo que disse: «Porque tive fome e não Me destes de comer» (cf. Mt 25, 35); e também: «Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a Mim que o deixastes de fazer» (Mt 25, 42.45). Aqui, o corpo de Cristo não necessita de vestes, mas de almas puras; além, necessita de muitos desvelos. [...] Deus não precisa de vasos de ouro, mas de almas que sejam de ouro.
 
Não vos digo isto para vos impedir de fazer doações religiosas, mas defendo que simultaneamente, e mesmo antes, se deve dar esmola. [...] Que proveito resulta de a mesa de Cristo estar coberta de taças de ouro, se Ele morre de fome na pessoa dos pobres? Sacia primeiro o faminto, e depois adornarás o Seu altar com o que sobrar. Fazes um cálice de ouro e não dás «um copo de água fresca»? (Mt 10, 42).
 
[...] Pensa que se trata de Cristo, que é Ele que parte errante, estrangeiro, sem abrigo; e tu, que não O acolheste, ornamentas a calçada, as paredes e os capitéis das colunas, prendes com correntes de prata as lâmpadas, e a Ele, que está preso com grilhões no cárcere, nem sequer vais visitá-Lo? [...] Não te digo isto para te impedir de tal generosidade, mas exorto-te a que a acompanhes ou a faças preceder de outros atos de beneficência. [...] Por conseguinte, enquanto adornas a casa do Senhor, não deixes o teu irmão na miséria, pois ele é um templo e de todos o mais precioso.
 
Paz e bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 26/09/2010 às 17h38
 
23/09/2010 10h04
QUANDO CEDEMOS ÀS TENTAÇÕES...
 Quando cedemos às tentações, nos tornamos inconsequentes, frágeis espiritualmente e porque não dizer: débeis até; porque o que nos move já não é a graça de Deus, mas a tendência para o mal.
 
É preciso muita luta interior, oração, arrependimento, confissão dos pecados e abandono dos mesmos, para retornarmos à graça perfeita da comunhão com o Espírito Santo, que nos liberta das ações pecaminosas e repara em nós a capacidade de amarmos a Deus acima de todas as coisas.
 
O que seria de nós sem o arrependimento sincero, a confissão e perdão dos pecados? Não seríamos nada. Quem dera que vivêssemos essa nossa vida natural segundo o coração e a vontade de Deus. Assim, daríamos testemunho de verdadeiros habitantes do Reino dos Céus, vivendo segundo a sua justiça ainda neste mundo.
 
Paz e Bem!
 
Frei Fernando,OFMConv.
   

Publicado por Frei Fernando Maria em 23/09/2010 às 10h04
 
22/09/2010 11h55
EM TODA A SUA PUREZA E BRILHO (1Cor 13,12).
São Basílio (v. 330-379), monge e Bispo de Cesareia, na Capadócia, Doutor da Igreja
Homilia 14, sobre o amor dos pobres, §§ 23-25; PG 35,887 (a partir da trad. Solesmes, Lectionnaire, t. 2, p. 161 rev.)
 
«Quem é fiel no pouco também é fiel no muito»
 
Tens de saber de onde te vem a existência, o sopro de vida, a inteligência e aquilo que há de mais precioso, o conhecimento de Deus, de onde te vem a esperança do Reino dos céus e a de contemplar a glória que hoje vês de maneira obscura, como num espelho, mas que verás amanhã em toda a sua pureza e brilho (1Cor 13, 12). De onde te vem o fato de seres filho de Deus, herdeiro com Cristo (Rom 8, 16-17) e, se ouso dizer, o fato de seres tu próprio um deus? De onde te vem tudo isto e através de quem?
 
Ou ainda, falando de coisas menos importantes, as que se veem: quem te deu a beleza do céu, o curso do sol, o ciclo da lua, as incontáveis estrelas e a harmonia e a ordem que as regem? [...] Quem te deu a chuva, a agricultura, os alimentos, as artes, as leis, a cidade, uma vida civilizada, relações familiares com os teus semelhantes?
 
Não foi Aquele que, antes de mais nada e em paga de todas as Suas dádivas, te pede que ames os homens? [...] Se Ele, o nosso Deus e nosso Senhor, não tem vergonha de ser chamado nosso Pai, podemos nós renegar os nossos irmãos? Não, meus irmãos e meus amigos, não sejamos administradores infiéis dos bens que nos são confiados.
 
 Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 22/09/2010 às 11h55
 
21/09/2010 00h00
A CONSIGNAÇÃO DA REVELAÇÃO
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo e mártir
Contra as heresias, III, 11,8; 9,1 (a partir da trad. Bouchet, Leccionário, p. 493)

Uma das primeiras afirmações históricas dos evangelistas

Os apóstolos foram até ao fim do mundo proclamar a boa nova das graças que Deus nos concede e anunciar aos homens a paz do céu (Lc 2, 14), eles que detinham – todos igualmente e cada um em particular – a Boa Nova de Deus. Encontrando-se entre hebreus, Mateus publicou precisamente uma das versões escritas de evangelho nessa língua, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam Roma e aí fundavam a Igreja.

Depois da morte destes, Marcos, o discípulo e intérprete de Pedro (1Pe 5, 13), transmitiu-nos também por escrito a pregação de Pedro. Da mesma forma, Lucas, companheiro de Paulo, consignou em livro o evangelho por este pregado. Seguidamente João, discípulo do Senhor, o mesmo que apoiou a cabeça sobre o Seu peito (Jo 13,25), publicou também o evangelho durante a sua permanência em Éfeso.

Mateus, no seu evangelho, regista a genealogia de Cristo como homem: «genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão» (Mt 1, 1-18). Este evangelho apresenta pois Cristo na Sua forma humana; é por isso que aí Cristo é um homem permanentemente animado de sentimentos de humildade e de mansidão. [...]

O apóstolo Mateus conhece um único Deus, o mesmo que prometeu a Abraão multiplicar a sua descendência como as estrelas do céu (Gn 15, 5) e que, pelo Seu Filho Cristo Jesus, nos chamou do culto às pedras ao Seu conhecimento (Mt 3, 9), de forma que [se cumprisse a Escritura que diz]: «àquele que não é meu povo, hei de chamar meu povo, e minha amada, àquela que não é minha amada» (Os 2, 25; Rom 9, 25).

Paz e Bem!

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Publicado por Frei Fernando Maria em 21/09/2010 às 00h00
 
16/09/2010 23h50
AS MULHERES NA HISTÓRIA DA IGREJA
oão Paulo II, Papa entre 1978 e 2005
Mulieris dignitatem, § 27

«Acompanhavam-No os Doze e algumas mulheres»

Na história da Igreja, desde os primeiros tempos, existiam — ao lado dos homens — numerosas mulheres, para as quais a resposta da Esposa ao amor redentor do Esposo adquiria plena força expressiva. Como primeiras, vemos aquelas mulheres que pessoalmente tinham encontrado Cristo, tinham-No seguido e, depois da Sua partida, juntamente com os apóstolos, «eram assíduas na oração» no cenáculo de Jerusalém até ao dia do Pentecostes. Naquele dia, o Espírito Santo falou por meio de «filhos e filhas» do Povo de Deus [...] (cf. At 2, 17).

Aquelas mulheres, e a seguir outras mais, tiveram parte ativa e importante na vida da Igreja primitiva, na edificação desde os fundamentos da primeira comunidade cristã — e das comunidades que se seguiram —, mediante os próprios carismas e o seu multiforme serviço. [...] O apóstolo fala de suas «fadigas» por Cristo, e estas indicam os vários campos de serviço apostólico da Igreja, a começar pela «Igreja doméstica». Nesta, de fato, a «fé sincera» passa da mãe para os filhos e os netos, como realmente se verificou na casa de Timóteo (cf. 2 Tim 1,  5).

O mesmo se repete no decorrer dos séculos, de geração em geração, como demonstra a história da Igreja. A Igreja, com efeito, defendendo a dignidade da mulher e a sua vocação, expressou honra e gratidão por aquelas que — fiéis ao Evangelho — em todo o tempo participaram na missão apostólica de todo o Povo de Deus. Trata-se de santas mártires, de virgens, de mães de família, que corajosamente deram testemunho da sua fé e, educando os próprios filhos no espírito do Evangelho, transmitiram a mesma fé e a tradição da Igreja. [...] Mesmo diante de graves discriminações sociais, as mulheres santas agiram de «modo livre», fortalecidas pela sua união com Cristo. [...]

Também em nossos dias a Igreja não cessa de enriquecer-se com o testemunho das numerosas mulheres que realizam a sua vocação à santidade. As mulheres santas são uma personificação do ideal feminino, mas são também um modelo para todos os cristãos, um modelo de «sequela Christi», um exemplo de como a Esposa deve responder com amor ao amor do Esposo.

Paz e Bem!

    ©Evangelizo.org 2001-2010

Publicado por Frei Fernando Maria em 16/09/2010 às 23h50



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