FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
06/08/2009 06h51
MARIA, MODELO PERFEITO DE HUMILDADE

Maria, pela missão que lhe foi confiada por Deus na história da salvação; pelo seu sim incondicional à Vontade do Senhor; pela ação do Espírito Santo em sua vida e por tudo o que ela representa na profissão da fé católica; é e sempre será modelo perfeito de humildade e de entrega a Deus: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lc 1,38).
 
Buscar viver em conformidade com a Vontade do Pai, a exemplo da Virgem de Nazaré, é um privilégio para nós católicos que procuramos imitar suas virtudes heróicas no seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
 
Portanto, a nossa devoção nada mais é do que a nossa adesão filial àquela que o Salvador nos deu como a Nova Eva, a mãe de toda a humanidade e mãe da Nova Criação. (Cf. Jo 19,27).
 
Paz e Bem!


Publicado por Frei Fernando Maria em 06/08/2009 às 06h51
 
05/08/2009 11h41
A GRANDEZA DA FÉ
Julião de Vézelay (cerca de 1080 - cerca de 1160), monge beneditino
Sermão 17 (a partir da trad. SC 193, p. 373)

«Mulher, grande é a tua fé»

«Não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorros.» A mulher toma a palavra e diz: «É verdade, Senhor!» Como se dissesse: [...] «Eu só peço uma migalhinha da mesa e da mão do mestre generoso que «dá o alimento a toda a criatura» (Sl 135, 25). Tu sacias de bens os judeus, por serem filhos. É por isso que te peço: não recuses uma migalha à tua cadelinha cananeia!»

Jesus disse-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé!» Repreende Pedro pela sua pouca fé (Mt 14, 31); admira esta mulher pela grandeza da sua fé. Verdadeiramente, ela tem uma grande fé, uma vez que proclama que o Verbo feito carne é o filho de David e, certa do poder divino, tem confiança em que Ele pode devolver a saúde à sua filha, mesmo ausente, e apenas por um ato de vontade.

Também tu, se a tua fé for grande, se for aquela fé viva de que vive o justo (Cf. Rom 1, 17), e não uma fé morta a que falte a alma, isto é, a caridade, também tu obterás não só a cura completa da tua filha, isto é, da tua alma, mas «terás o poder de deslocar montanhas» (Mt 17, 20).

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Publicado por Frei Fernando Maria em 05/08/2009 às 11h41
 
31/07/2009 23h25
O DESPREZO DE SI MESMO...
Diádoco de Foticeia (c. 400-?), bispo
Sobre a Perfeição Espiritual, 12 (a partir da tradução de Solesmes, Leccionário II, p. 149 rev.)


«Quem se despreza a si mesmo, neste mundo assegura para si a vida eterna» (Jo 12, 25)

Quem ama a sua própria vida (Jo 12, 25) não pode amar a Deus, mas quem não se apega a si mesmo por causa das riquezas transbordantes do amor divino, esse ama a Deus. Uma pessoa assim jamais procura a própria glória, mas a de Deus, porque quem ama a própria vida procura a própria glória. Aquele que se dedica a Deus ama a glória do Criador.

Na verdade, é próprio de uma alma sensível ao amor de Deus procurar constantemente a Sua glória, cumprindo os mandamentos, e alegrando-se com a sua própria depreciação. Porque a glória convém a Deus devido à Sua grandeza, e a humildade convém ao homem porque o torna da família de Deus. Se formos humildes seremos alegres e, à semelhança de São João Baptista, passaremos a repetir sem cessar: «Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3, 30).


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Publicado por Frei Fernando Maria em 31/07/2009 às 23h25
 
30/07/2009 22h45
JUSTIÇA E GRAÇA
Papa Bento XVI
Encíclica «Spe Salvi», nº 47 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)


«Por causa da falta de fé daquela gente»

Alguns teólogos recentes são de parecer de que o fogo que simultaneamente queima e salva é o próprio Cristo, Juiz e Salvador. O encontro com Ele é o acto decisivo do Juízo. Ante o Seu olhar, funde-se toda a falsidade. É o encontro com Ele que, queimando-nos, nos transforma e liberta para nos tornar verdadeiramente nós mesmos.

As coisas edificadas durante a vida podem então revelar-se palha seca, pura superficialidade, e desmoronar-se. Porém, na dor deste encontro, em que se torna evidente tudo o que é impuro e nocivo no nosso ser, está a salvação. O Seu olhar, o toque do Seu coração cura-nos, através de uma transformação, que é certamente dolorosa, «como pelo fogo». Contudo, é uma dor feliz, em que o poder santo do Seu amor nos penetra como chama, consentindo-nos no final sermos totalmente nós mesmos e, por isso mesmo totalmente de Deus.

Deste modo, torna-se evidente também a compenetração entre justiça e graça: o nosso modo de viver é relevante, mas a nossa sujidade não nos mancha para sempre, se continuarmos inclinados para Cristo, para a verdade e para o amor. No fim das contas, esta sujidade já foi queimada na Paixão de Cristo. No momento do Juízo, experimentamos e acolhemos esta prevalência do Seu amor sobre todo o mal, no mundo e em nós. A dor do amor torna-se a nossa salvação e a nossa alegria.
         
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Publicado por Frei Fernando Maria em 30/07/2009 às 22h45
 
30/07/2009 22h34
O JUÍZO DE DEUS SOBRE O HOMEM
Papa Bento XVI
Encíclica «Spe Salvi», nos. 45-46 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

O dia do juízo...

Com a morte, a opção de vida feita pelo homem torna-se definitiva; a sua vida está diante do Juiz. A sua opção, que tomou forma ao longo de toda a vida, pode ter características diversas. Pode haver pessoas que destruíram totalmente em si próprias o desejo da verdade e a disponibilidade para o amor; pessoas nas quais tudo se tornou mentira; pessoas que viveram para o ódio e espezinharam o amor em si mesmas.

Trata-se de uma perspectiva terrível, mas algumas figuras da nossa história deixam entrever, de forma assustadora, perfis deste género. Em tais indivíduos, não haverá nada de remediável e a destruição do bem parece ser irrevogável: é já isto que se indica com a palavra «inferno».

Por outro lado, podem existir pessoas puríssimas, que se deixaram penetrar inteiramente por Deus e, consequentemente, estão totalmente abertas ao próximo – pessoas em quem a comunhão com Deus orienta desde já todo o seu ser e cuja chegada a Deus apenas leva a cumprimento aquilo que já são.

Mas, segundo a nossa experiência, nem um nem outro são o caso normal da existência humana. Na maioria dos homens – como podemos supor – perdura, no mais profundo da sua essência, uma derradeira abertura interior para a verdade, para o amor, para Deus. Nas opções concretas da vida, porém, aquela é sepultada sob repetidos compromissos com o mal. [...] O que acontece a tais indivíduos quando comparecem diante do Juiz? [...]

Na Primeira Carta aos Coríntios, São Paulo dá-nos uma ideia da distinta repercussão do juízo de Deus sobre o homem, conforme as suas condições: «Se alguém edifica sobre este fundamento com ouro, prata, pedras preciosas, madeiras, feno ou palha, a obra de cada um ficará patente, pois o dia do Senhor a fará conhecer. Pelo fogo será revelada, e o fogo provará o que vale a obra de cada um. Se a obra construída subsistir, o construtor receberá a paga. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá a perda. Ele, porém, será salvo, como que através do fogo» (3, 12-15).

Paz e Bem!

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Publicado por Frei Fernando Maria em 30/07/2009 às 22h34



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