FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
22/05/2011 11h27
A VISIBILIDADE DIVINA

 

A VISIBILIDADE DIVINA

Beato João Paulo II

Encíclica «Dives in misericordia, sobre a misericórdia divina» §2

«Quem Me vê, vê o Pai»

Deus, que «habita numa luz inacessível» (1 Tm 6,16), fala também ao homem através da linguagem de todo o universo: «Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, tanto o Seu poder eterno como a Sua divindade, tornam-se reconhecíveis quando as obras por Ele realizadas são consideradas pela mente humana» (Rm 1,20). Este conhecimento indireto e imperfeito [...] não é ainda «visão do Pai». «Ninguém jamais viu a Deus», escreve São João, para dar maior relevo à verdade segundo a qual «o Filho unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer» (1,18).

A «revelação» manifesta Deus no insondável mistério do Seu ser ─ uno e trino ─ rodeado de «luz inacessível». Mediante esta «revelação» de Cristo, conhecemos a Deus, antes de mais nada, na Sua relação de amor para com o homem [...]» (cf. Tt 3,4).

É precisamente aqui que «as Suas perfeições invisíveis» se tornam, de maneira particular, «reconhecíveis», incomparavelmente mais reconhecíveis do que através de todas as outras «obras por Ele realizadas». Tornam-se visíveis em Cristo e por meio de Cristo, por intermédio das Suas ações e palavras e, por fim, mediante a Sua morte na cruz e a Sua ressurreição. Deste modo, em Cristo e por Cristo, Deus, com a Sua misericórdia, torna-se também particularmente visível.

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Publicado por Frei Fernando Maria em 22/05/2011 às 11h27
 
21/05/2011 10h21
HUMILDADE DIVINA

 

HUMILDADE DIVINA

São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas - Conferência proferida em 02/5/1659

«Quem crê em Mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas»

Nosso Senhor disse: «Bem-aventurados os pobres em espírito» (Mt 5,3); deste modo, a Sabedoria eterna mostra quanto os trabalhadores do evangelho devem evitar a magnificência das ações e das palavras e assumir uma maneira de agir e de falar humilde, fácil e comum. É o demônio que nos entrega a essa tirania de querer ter sucesso e que, ao ver-nos executar uma tarefa com simplicidade, nos diz: «Eis uma coisa baixa; isto é demasiado banal e muito indigno da majestade cristã». Armadilha do demônio! Tomai cuidado,  Senhores, renunciai a essas vaidades. [...] Tende presente os modos de Nosso Senhor, tão humilde e tão adverso a isso.

Ele poderia dar um grande realce às Suas obras e uma potência soberana às Suas palavras, mas não o fez. «Vós fareis, dizia aos Seus discípulos, as obras que Eu realizo; e fareis obras maiores do que estas.» Mas, Senhor, porque quereis que, ao fazer o que haveis feito, façam mais que Vós? É que Nosso Senhor quer deixar-Se ultrapassar nas ações públicas, para Se distinguir nas humildes e secretas; Ele deseja os frutos do Evangelho e não os barulhos do mundo; e, para isso, fez mais por meio dos Seus servidores do que por Si mesmo.

 Ele quis que São Pedro convertesse de uma vez três mil e de outra cinco mil pessoas (Cf. At 2,41; 4,4), e que toda a terra fosse iluminada pelos apóstolos. Quanto a Ele, embora tenha sido a luz do mundo (Cf. Jo 8,12), só pregou em Jerusalém e nos arredores, e pregou aí sabendo que obteria menos resultados que noutros lugares. [...] Fez, pois, poucas coisas, e os Seus pobres discípulos, ignorantes e grosseiros, animados pela Sua força, fizeram mais que Ele. Por quê? Foi porque Ele quis ser humilde naquilo que fez.

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Publicado por Frei Fernando Maria em 21/05/2011 às 10h21
 
20/05/2011 11h48
EIS O SEGREDO DOS SEGREDOS

 

EIS O SEGREDO DOS SEGREDOS

São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja - Itinerário da mente para Deus, VII, 1-2, 4, 6

«Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida»

 Aquele que volta propositada e completamente os olhos para Cristo ao vê-Lo pregado na cruz, com fé, esperança e caridade, devoção, admiração, regozijo, reconhecimento, elogio e júbilo, esse celebra a Páscoa com Ele, ou seja, põe-se a caminho para atravessar o Mar Vermelho graças à bengala da cruz (Cf Ex 14,16).

Ao deixar o Egito, entra no deserto para aí provar o «maná escondido» (Ap 2,17) e repousar com Cristo no túmulo, exteriormente como morto, mas experimentando – na medida em que os seus progressos lho permitem – o que foi dito na cruz ao malfeitor companheiro de Cristo: «Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso» (Lc 23,43). [...]

Nesta travessia, se queremos ser perfeitos, importa abandonar toda a especulação intelectual. Qualquer ponta de desejo deve ser transportada e transformada em Deus. Eis o segredo dos segredos, que «ninguém conhece exceto aquele que o recebe» (Ap 2,17). [...] 

Se procuras saber como é que isto se produz, interroga a graça e não o saber, a tua aspiração profunda e não o teu intelecto, o gemido da tua prece e não a tua paixão pela leitura. Interroga o Esposo e não o professor, Deus e não o homem.

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Publicado por Frei Fernando Maria em 20/05/2011 às 11h48
 
17/05/2011 08h15
A VISÃO DA ALMA QUE AMA A DEUS

 

A VISÃO DA ALMA QUE AMA A DEUS

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja - Sobre a Trindade I, 13, 30-31

«Até quando nos deixarás na incerteza?»

Sendo igual ao Pai, o Filho de Deus não recebeu o poder de julgar, mas tem-no em comum com o Pai. Recebeu-o de modo a que os bons e os maus O vejam julgar, porque Ele é o Filho do Homem. O Filho do Homem será dado a ver também aos perversos, mas a visão da Sua divindade será dada apenas aos puros de coração, porque estes verão a Deus (Mt 5,8).

O que é a vida eterna, se não esta visão, que será negada aos ímpios? «Esta é a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste» (Jo 17,3). Como conhecerão o próprio Jesus Cristo, senão como único Deus verdadeiro, Ele que Se revelará a todos? Ele apresentar-Se-á cheio de bondade à vista dos corações puros. «Como Deus é bom para Israel, para os que têm coração puro!» (Sl 72,1). Só Deus é bom.

Eis a razão porque alguém que chamou ao Senhor «bom mestre», pedindo-Lhe conselho para chegar à vida eterna, suscitou esta resposta: «Porque Me interrogas sobre o que é bom? Ninguém é bom senão um só: Deus» (Mc 10,17-18). É que este homem que O interrogou não suspeitava a Quem se dirigia e tomou-O simplesmente por um filho de homem. [...]

«Este aspecto de que Me revisto é o aspecto do Filho do Homem, aquele que foi assumido, aquele que aparecerá aquando do juízo final, tanto aos ímpios como aos justos. [...] Mas há uma visão da Minha condição divina; quando a tive, não prevaleci do fato de tal condição Me tornar igual a Deus, antes Me aniquilei a Mim mesmo para assumir a outra condição» (Fil 2,6-7). Por conseguinte Ele, o Deus único, Pai, Filho, Espírito Santo, aparecerá apenas para alegria permanente dos justos.

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Publicado por Frei Fernando Maria em 17/05/2011 às 08h15
 
13/05/2011 10h02
"MEU IRMÃO, MINHA IRMÃ E MINHA MÃE"

 

Concílio Vaticano II

Constituição Dogmática sobre a Igreja, «Lumen Gentium», §§ 61-62 

«Todo aquele que fizer a vontade de Meu Pai que está no Céu, esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe».

 A Virgem Santíssima, predestinada para Mãe de Deus desde toda a eternidade em simultâneo com a encarnação do Verbo, por disposição da Divina Providência foi na terra a nobre Mãe do Divino Redentor, a Sua mais generosa cooperadora e a escrava humilde do Senhor. Concebendo, gerando e alimentando a Cristo, apresentando-O ao Pai no templo, padecendo com Ele quando agonizava na cruz, cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É, por esta razão, nossa Mãe na ordem da graça.

 Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura sem interrupção. [...] De fato, depois de elevada ao céu, não abandona esta missão salvadora mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. Cuida com amor maternal dos irmãos do seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada. Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro, medianeira. [...]

Nenhuma criatura se pode equiparar ao Verbo encarnado e redentor; mas, assim como o sacerdócio de Cristo é participado de diversos modos pelos ministros e pelo povo fiel, e assim como a bondade de Deus, sendo uma só, se difunde variamente pelos seres criados, assim também a mediação única do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas cooperações diversas, que participam dessa única fonte.

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Publicado por Frei Fernando Maria em 13/05/2011 às 10h02



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