FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
22/02/2016 22h28
TU ÉS PEDRO...

A IGREJA É CRISTO E CRISTO É A IGREJA, JUNTAMENTE COM SEUS APÓSTOLOS, TENDO PEDRO À FRENTE DELES...

«Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja»

Cristo, ao instituir os Doze, «deu-lhes a forma dum corpo colegial, quer dizer, dum grupo estável, e colocou À sua frente Pedro, escolhido de entre eles». «Assim como, por instituição do Senhor, Pedro e os outros apóstolos formam um só colégio apostólico, assim de igual modo o pontífice romano, sucessor de Pedro, e os bispos, sucessores dos Apóstolos, estão unidos entre si»; pelo Espírito Santo que lhes foi dado.

Foi só de Simão, a quem deu o nome de Pedro, que o Senhor fez a pedra da sua Igreja. Confiou-lhe as chaves desta e instituiu-o pastor de todo o rebanho (cf. Jo 21,15ss.). «Mas o múnus de ligar e desligar, que foi dado a Pedro, também foi dado, sem dúvida alguma, ao colégio dos Apóstolos unidos ao seu chefe». Este múnus pastoral de Pedro e dos outros apóstolos pertence aos fundamentos da Igreja e é continuado pelos bispos sob o primado do Papa.

O Papa, bispo de Roma e sucessor de S. Pedro, «é princípio perpétuo e visível, e fundamento da unidade que liga, entre si, tanto os bispos como a multidão dos fiéis». “Com efeito, em virtude do seu cargo de vigário de Cristo e pastor de toda a Igreja, o pontífice romano tem sobre a mesma Igreja um poder pleno, supremo e universal, que pode sempre livremente exercer».

«O colégio ou corpo episcopal não tem autoridade a não ser em união com o pontífice romano [...] como sua cabeça». Como tal, este colégio é «também sujeito do poder supremo e pleno sobre toda a Igreja, poder que, no entanto, só pode ser exercido com o consentimento do pontífice romano».

«O colégio dos bispos exerce de modo solene o poder sobre toda a Igreja no concílio ecuménico». Mas «não há concilio ecuménico se não for, como tal, confirmado, ou pelo menos aceite, pelo sucessor de Pedro».

«Pela sua múltipla composição, este colégio exprime a variedade e a universalidade do povo de Deus; enquanto reunido sob uma só cabeça, revela a unidade do rebanho de Cristo».[1]

Paz e Bem!

Referências: Lumen Gentium, 22-23.

 


[1] Catecismo da Igreja Católica - §§ 880-885


Publicado por Frei Fernando Maria em 22/02/2016 às 22h28
 
20/02/2016 13h18
UMA DÍVIDA DE AMOR...

AMAR É A FORMA MAIS SIMPLES E ORIGINAL DE QUERER BEM!

«Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos...»

«Não devais a ninguém coisa alguma a não ser o amor mútuo» (Rom 13,8). Que dívida espantosa, irmãos, este amor que o apóstolo Paulo nos ensina a pagar, sem nunca cessarmos de ser devedores. Dívida feliz, esta, dívida sagrada, portadora de juros no céu, cumulada de riquezas eternas! […] Recordemos também as palavras do Senhor: «Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam» (Lc 6,27). E qual será a recompensa deste labor? […] «Sereis filhos do Altíssimo» (v. 35).

O apóstolo Paulo revela-nos o que será dado a estes filhos de Deus: seremos «filhos e também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo» (Rom 8,17). Escutai, pois, cristãos, escutai, filhos de Deus, escutai, herdeiros de Deus, coerdeiros de Cristo! Se quereis possuir a herança do vosso Pai, pagai a vossa dívida de amor, não só aos vossos amigos, mas também aos vossos inimigos. A ninguém recuseis este amor, que é o tesouro comum de todos os homens de boa vontade. Possuí-o, pois, todos juntos e, a fim de o aumentar, dai-o tanto aos maus como aos bons. Porque este bem, que apenas pode ser possuído em conjunto, não é da terra, mas do céu; e a parte de um jamais reduz a parte de outro. […]

O amor é um dom de Deus: «O amor de Deus foi derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo que nos foi concedido» (Rom 5,5). […] O amor é a raiz de todos os bens, da mesma maneira que, diz São Paulo, a avareza é a raiz de todos os males (1Tim 6,10). […] O amor está sempre satisfeito porque, quando mais multiplica os seus dons, mais abundantemente Deus no-los dispensa. Eis por que motivo, enquanto o avarento empobrece com tudo aquilo que açambarca (monopoliza), o homem que paga as suas dívidas de amor enriquece com tudo aquilo que dá.[1]

Paz e Bem!

 

 


[1] São Fulgêncio de Ruspas (467-532), bispo no Norte de África - Sermão 5


Publicado por Frei Fernando Maria em 20/02/2016 às 13h18
 
19/02/2016 13h20
A CHAVE QUE ABRE OS CORAÇÕES FECHADOS...

QUERES TER ACESSO AO CORAÇÃO DO TEU IRMÃO? TENHA-NO MEDIANTE A ORAÇÃO, POIS ELA É A CHAVE QUE ABRE OS CORAÇÕES FECHADOS...

«Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão»

Irmãos, que não haja discórdia entre vós, dado que nos encontramos nos dias santos [da quaresma]. [...] Talvez penseis: «Eu quero fazer as pazes, mas foi o meu irmão que me ofendeu [...] e ele não quer pedir-me perdão.» O que fazer nesses casos? [...] Interpor entre vós terceiros, amigos da paz. [...] Tu, mostra-te disposto a perdoar, mostra-te totalmente disposto a desculpar-lhe a falta de todo o coração. Se estiveres disposto a desculpar-lhe a falta, já lha desculpaste.

Falta-te agora rezar: reza por ele, a fim de que te peça perdão, porque sabes que não é bom para ele não o fazer. Reza por ele [...]; diz ao Senhor: «Sabes que eu não ofendi o meu irmão [...] e que a ofensa que me fez lhe é prejudicial; peço-te, pois, um coração bom para lhe perdoar.»

Eis o que tendes de fazer para viverdes em paz com os vossos irmãos [...], para que festejemos a Páscoa serenamente e possamos comemorar serenamente a Paixão daquele que nada devia a ninguém e que assumiu as dívidas em vez dos devedores, o Senhor Jesus Cristo, que não ofendeu ninguém e que, por assim dizer, foi ofendido por toda a gente. Ele não exigiu castigos, mas prometeu recompensas. [...] É Ele que tomamos como testemunho no nosso coração: se ofendemos alguém, peçamos-lhe perdão; e, se alguém nos ofendeu, estejamos prontos a perdoar e a rezar pelos nossos inimigos.[1]

Paz e Bem!

 


[1] Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja - Sermão 211, 5-6 (SC 116, p. 169)


Publicado por Frei Fernando Maria em 19/02/2016 às 13h20
 
13/11/2015 13h08
DEPRESSA! SAÍ DO PECADO, REJEITAI A MALDADE, ARREPENDEI-VOS!

DEPRESSA! SAÍ DO PECADO, REJEITAI A MALDADE, ARREPENDEI-VOS!

Deus espera a nossa conversão

Quando contemplo a ameaça suspensa sobre os culpados no tempo de Noé, tremo, eu que também sou culpado de pecados abomináveis. [...] O Criador começou por ameaçar os homens de então, porque esperava o tempo da sua conversão. Também para nós virá a hora final, que desconhecemos, e que até aos anjos foi ocultada (Mt 24,36). Nesse último dia, Cristo, o Senhor de antes dos séculos, virá cavalgando nas nuvens, para julgar a Terra, como viu Daniel (7,13). Antes de esta hora cair sobre nós, supliquemos-Lhe: «Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor que nos tens, ó Redentor do Universo» [...]

O Amigo dos homens, vendo a maldade que então reinava, disse a Noé: «O fim de toda a humanidade chegou diante de Mim, pois ela encheu a Terra de violência. Vou exterminá-la juntamente com a Terra» (Gn 6,13); «só a ti reconheci como justo nesta geração» (Gn 7,1). Constrói uma arca de madeiras resinosas; [...] como matriz, ela carregará as sementes das espécies futuras. Fá-la-ás como uma casa, à imagem da Igreja. [...] Nela te guardarei, a ti, que Me rezas com fé: «Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor que nos tens, ó Redentor do universo!»

Com inteligência, o eleito cumpriu a sua obra [...], e pedia com fé aos homens sem fé: «Depressa! Saí do pecado, rejeitai a maldade, arrependei-vos! Lavai com lágrimas a mácula das vossas almas, reconciliai-vos pela fé no poder do nosso Deus [...].» Mas os filhos da rebelião não se converteram. À perversidade, acrescentaram ainda a dureza de coração. Então Noé implorou a Deus com lágrimas: «Fizeste-me nascer do seio da minha mãe; salva-me dentro desta arca. Porque vou fechar-me nesta espécie de sepultura, mas, quando me chamares, dela sairei pela tua força! Nela, vou prefigurar desde agora a ressurreição de todos os homens, quando salvares os justos do fogo, como a mim me salvas das ondas do mal, arrancando-me do meio dos ímpios, eu que Te rezo com fé, a Ti, compassivo Juiz: 'Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor que nos tens, ó Redentor do universo!'»[1]

Paz e Bem!

 

 

 


[1] São Romano, o Melodista (?-c. 560), compositor de hinos - Hino de Noé


Publicado por Frei Fernando Maria em 13/11/2015 às 13h08
 
11/11/2015 09h38
SOMOS SERVOS INÚTEIS...

MEU JUIZ É O SENHOR...

«Somos inúteis servos»

Que ninguém se vanglorie do que faz, pois é de simples justiça que sirvamos o Senhor. [...] Enquanto vivermos, devemos trabalhar sempre para este nosso Senhor. Reconhece, pois, que és um servo obrigado a um grande número de serviços. Não te envaideças por seres chamado «filho de Deus» (1Jo 3,1): reconheçamos esta graça, mas não esqueçamos a nossa natureza. Não te gabes de teres servido bem, pois fizeste o que devias fazer.

O sol desempenha o seu papel, a lua obedece, os anjos cumprem os seus serviços. S. Paulo, «o instrumento escolhido pelo Senhor para os pagãos» (At 9,15), escreve: «Eu não mereço o nome de apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus» (1Cor 15,9). E, se mostra que não tem consciência de qualquer falta, acrescenta de seguida: «Mas nem por isso estou justificado» (1Cor 4,4). Não pretendamos, pois, ser louvados por nós próprios, nem antecipemos o julgamento de Deus.[1]

Paz e Bem!

 


[1] Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja - Sobre o Evangelho de S. Lucas 8, 31-32


Publicado por Frei Fernando Maria em 11/11/2015 às 09h38



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