![]() 05/05/2011 08h38
AMOR ESSENCIAL, DOM INEFÁVEL
AMOR ESSENCAL, DOM INEFÁVEL João Paulo II - Carta encíclica «Dominum et vivificantem», §10 (trad. © Libreria Editrice Vaticana) Deus dá o Espírito sem medida Na Sua vida íntima, Deus «é Amor» (1Jo 4,8), amor essencial, comum às três Pessoas divinas: amor pessoal é o Espírito Santo, como Espírito do Pai e do Filho. Por isso Ele «perscruta as profundezas de Deus» (1Cor 2,10), como Amor-Dom incriado. Pode dizer-se que, no Espírito Santo, a vida íntima de Deus uno e trino se torna totalmente dom, permuta de amor recíproco entre as Pessoas divinas; e ainda, que no Espírito Santo Deus «existe» à maneira de Dom. O Espírito Santo é a expressão pessoal desse doar-se, desse ser-amor. É Pessoa-Amor. É Pessoa-Dom. Temos aqui uma riqueza insondável da realidade e um aprofundamento inefável do conceito de pessoa em Deus, que só a Revelação divina nos dá a conhecer. Ao mesmo tempo, o Espírito Santo, enquanto consubstancial ao Pai e ao Filho na divindade, é Amor e Dom (incriado) do qual deriva, como de uma fonte, [...] toda a dádiva em relação às criaturas (dom criado): a doação da existência a todas as coisas, mediante a criação; e a doação da graça aos homens, mediante toda a economia da salvação. Como escreve o Apóstolo São Paulo: «O amor de Deus foi derramado nos nossos corações por meio do Espírito Santo, que nos foi dado» (Rom 5,5). Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2010 Publicado por Frei Fernando Maria em 05/05/2011 às 08h38
02/05/2011 12h04
UM POVO RENASCIDO DA ÁGUA E DO ESPÍRITO SANTO
Orações da catequese batismal da Vigília Pascal - Missal Romano Um povo renascido da água e do Espírito Senhor Deus de bondade, Pai supremo dos fiéis, que pela graça da adoção multiplicais na terra os filhos da promessa e, pelo sacrifício pascal, fizestes do Vosso servo Abraão o pai de todas as nações, como tínheis prometido, concedei ao Vosso povo a graça de corresponder dignamente ao Vosso chamamento. Por Cristo, Nosso Senhor. Senhor, também em nossos dias vemos brilhar as Vossas antigas maravilhas: se outrora manifestastes o Vosso poder libertando um só povo da perseguição do faraó, hoje assegurais a salvação de todas as nações fazendo-as nascer pela água do batismo; fazei que todos os povos da terra se tornem filhos de Abraão e membros do Vosso povo eleito. Por Cristo, Nosso Senhor. Senhor, nosso Deus, que fazeis crescer continuamente a Vossa Igreja chamando para Ela todos os povos, defendei com a Vossa proteção os que purificais nas águas do batismo. Por Cristo, Nosso Senhor. Deus, Nosso Senhor, poder imutável e luz sem ocaso, olhai com bondade para a Vossa Igreja, sacramento da Nova Aliança, e confirmai na paz, segundo os Vossos desígnios eternos, a obra da salvação humana, para que todo o mundo veja e reconheça como o abatido se levanta, o envelhecido se renova e tudo volta à sua integridade original, por meio Daquele que é o princípio de todas as coisas, Jesus Cristo Vosso Filho, que é Deus Convosco na unidade do Espírito Santo. Paz e Bem!
©Evangelizo.org 2001-2010 Publicado por Frei Fernando Maria em 02/05/2011 às 12h04
26/04/2011 09h34
"VI O SENHOR!'
“VI O SENHOR!” Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo - Lectures on Justification, n° 9, § 8 «Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito. «Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai.» Por que não podemos tocar em Nosso Senhor antes da Sua ascensão, e como podemos tocar-Lhe depois? [...]? Não Me toques porque eis que, para vosso maior bem, subo da terra ao céu, da carne e do sangue à glória, de um corpo humano a um corpo espiritual (Cf. 1Cor 15, 44). [...] Ascender daqui de baixo, em corpo e alma, até ao Meu Pai é descer em espírito do Meu Pai até junto de vós. Nessa altura, estarei presente junto de vós, embora esteja invisível, mais realmente presente do que hoje. Nessa altura, poderás tocar-Me e tomar-Me – sem um abraço visível, mas com outro mais real, pela fé e a devoção. [...] Viste-Me, Maria, mas não podes reter-Me. Aproximaste-te de Mim, mas apenas o suficiente para Me beijares os pés e seres tocada pela Minha mão. Disseste-me: «Oh, pudesse eu chegar até ele, alcançar a sua morada! Pudesse eu tê-lo e nunca mais o perder!» (Jb 23, 3; cf Ct 5, 6). Ter-Me-ás por inteiro e por completo. Ficarei perto de ti, em ti; virei ao teu coração, inteiramente Salvador, inteiramente Cristo, Deus e homem em toda a Minha plenitude, pelo prodigioso poder do Meu corpo e do Meu sangue. Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2010 Publicado por Frei Fernando Maria em 26/04/2011 às 09h34
19/04/2011 13h17
DEUS PEDE-NOS APENAS UMA PENITÊNCIA LIGEIRA PARA A REMISSÃO DOS NOSSOS PECADOS
DEUS PEDE-NOS APENAS UMA PENITÊNCIA LIGEIRA PARA A REMISSÃO DOS NOSSOS PECADOS São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e em seguida bispo de Constantinopla, doutor da Igreja. Homilias sobre a conversão pronunciadas aquando do seu regresso do campo, n°1 (a partir da trad. DDB 1978, p. 32) «Judas saiu logo, fazia-se noite» Judas exprimira o seu arrependimento: «Pequei ao entregar sangue inocente» (Mt 27, 4). Mas o demônio, ao ouvir estas palavras, percebeu que Judas estava no bom caminho e esta transformação assustou-o. Em seguida, refletiu: «O seu mestre é benevolente, pensou; na altura em que ia ser traído por ele, chorou pelo seu destino e suplicou-lhe de mil maneiras; seria de admirar que não o recebesse se ele se arrependesse com toda a sua alma, que renunciasse a abraçá-lo se se erguesse e reconhecesse o seu pecado. Não foi por isso que Ele foi crucificado?» Após estas reflexões, lançou uma profunda perturbação no espírito de Judas; fez com que nele crescesse um imenso desespero capaz de o desconcertar, extenuou-o até que conseguiu levá-lo ao suicídio, roubar-lhe a vida após tê-lo despojado dos seus sentimentos de arrependimento. Não há dúvida nenhuma: se ele tivesse vivido, seria salvo. Basta olhar para o exemplo dos carrascos. Com efeito, se Cristo salvou aqueles que O crucificaram, se, mesmo na cruz, ainda rezava a Deus e intercedia junto d'Ele para que lhes concedesse o perdão daquele pecado (Cf. Lc 23, 34), como não teria acolhido o traidor com total benevolência, desde que este provasse a sinceridade da sua conversão? [...] Pedro retratou-se por três vezes após ter participado na comunhão dos santos mistérios; as suas lágrimas absolveram-no (Cf. Mt 26, 75; Jn 21, 15ss.). Paulo, o perseguidor, o blasfemador, o presunçoso, Paulo que perseguiu, não apenas o Crucificado, mas também todos os seus discípulos, tornou-se apóstolo após ter-se convertido. Deus pede-nos apenas uma penitência ligeira para nos conceder a remissão dos nossos pecados. Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2010 Publicado por Frei Fernando Maria em 19/04/2011 às 13h17
11/04/2011 09h42
"TAMBÉM EU NÃO TE CONDENO"
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja Sermão 13 «Também Eu não te condeno» Há um salmo que diz: «Deixai-vos instruir, juízes da terra!» (Sl 2,10). Os que julgam a terra são os reis, os governantes, os príncipes, os juízes propriamente ditos. [...] Que eles se instruam, porque se trata da terra que julga a terra, mas ela deve temer Aquele que está no céu. Eles julgam os seus iguais: o homem julga um homem, o mortal, um mortal, o pecador, um pecador. Se Nosso Senhor fizesse ressoar, no meio desses juízes, esta sentença divina: «Que o primeiro que estiver sem pecado, atire a primeira pedra», não começariam a tremer todos aqueles que julgam a terra? Aos fariseus que, para O tentar, Lhe tinham trazido uma mulher surpreendida em adultério [...], Jesus disse: «Vós quereis lapidar esta mulher como está prescrito na Lei. Pois bem, aquele de vós que estiver sem pecado lhe atire a primeira pedra». Enquanto O questionavam, escrevia na terra, para «instruir a terra»; mas, quando lhes deu esta resposta, levantou os olhos, «olhou para a terra e ela estremeceu» [Sl 104 (103), 32]. Os fariseus, confusos e a tremer, vão-se embora, um após outro. [...] A pecadora ficou só com o Salvador: a doente com o médico, a grande miséria com a grande misericórdia. Olhando para esta mulher, Jesus diz-lhe: «Ninguém te condenou? ─ Ninguém Senhor» [...] Mas ela permanece diante de um juiz que não tem pecado. «Ninguém te condenou? ─ Ninguém Senhor, e, se Tu próprio não me condenares, estou em segurança». Silenciosamente, o Senhor responde a esta inquietação: «Também Eu não te condeno. [...] A voz da consciência impediu os acusadores de te punirem; a misericórdia incita-Me a vir em teu socorro». Meditai nestas verdades e «deixai-vos instruir, juízes da terra». A senha desta questão é a misericórdia do Senhor e suas palavras: “Vai em paz e não tornes a pecar”. O perdão divino é a maior fonte de libertação, pois, torna o pecador apto a não mais cometer pecados. Paz e bem! ©Evangelizo.org 2001-2010 Publicado por Frei Fernando Maria em 11/04/2011 às 09h42
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