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QUANDO O AMOR E A FÉ SUPERAM OS LIMITES DA RAZÃO
QUANDO O AMOR E A FÉ SUPERAM OS LIMITES DA RAZÃO São Gregório Palamas (1296-1359), monge, bispo e teólogo - Homilia 20: PG 151, 266.271 «Vai ter com os meus irmãos» Entre as que trouxeram perfumes ao túmulo de Cristo, Maria Madalena é a única cuja memória celebramos. Cristo tinha expulsado dela sete espíritos (Lc 8,2), para dar lugar às sete operações da graça do Espírito. A sua perseverança em ficar perto do túmulo valeu-lhe a visão dos anjos e a conversa com eles; depois, após ter visto o Senhor, tornou-se Sua apóstola junto dos apóstolos. Instruída e plenamente assegurada pela boca de Deus, vai anunciar-lhes que viu o Senhor e repetir-lhes o que Ele lhe disse. Consideremos, meus irmãos, quanto Maria Madalena cedia em dignidade a Pedro, o chefe dos Apóstolos, a João, o teólogo bem-amado por Cristo, e quanto ela foi, no entanto, mais favorecida que eles. Eles, quando acorreram ao sepulcro, apenas viram as ligaduras e o sudário; mas ela, que permanecera com firme perseverança até ao fim à porta do túmulo, viu, antes dos apóstolos, não só os anjos, mas o próprio Senhor dos Anjos, ressuscitado na carne. Ela ouviu a Sua voz e assim Deus, pela Sua própria palavra, a pôs ao Seu serviço. Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2010 Publicado por Frei Fernando Maria em 23/07/2011 às 07h17
14/07/2011 12h39
O FUNDAMENTO VIVO DA SANTIDADE
O FUNDAMENTO VIVO DA SANTIDADE Beato Jan van Ruusbroec (1293-1381), cônego regular Os Sete Degraus da escada do amor espiritual, cap. 4 «Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim» Pela humildade, vivemos com Deus e Deus vive conosco numa paz verdadeira; nela se encontra o fundamento vivo de toda a santidade. Podemos compará-la com uma fonte de onde jorram quatro rios de virtudes e de vida eterna (cf Gn 2,10). [...] O primeiro rio que jorra do solo verdadeiramente humilde é a obediência [...]; o ouvido torna-se humildemente atento, a fim de ouvir as palavras de verdade e de vida que provêm da sabedoria de Deus, e as mãos estão sempre prontas a cumprir a Sua muito cara vontade. [...] Cristo, Sabedoria de Deus, fez-Se pobre para nos tornar ricos (Cf. 2Cor 8,9), tornou-Se servo para nos fazer reinar, e por fim morreu para nos dar a vida. [...] Para que saibamos segui-l'O e servi-l'O, disse-nos: «Aprendei de Mim porque sou manso e humilde de coração». Com efeito, a mansidão é o segundo rio de virtudes que jorra do solo da humildade. «Bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra» (Mt 5,5), ou seja, a sua alma e o seu corpo, em paz. Porque no homem manso e humilde repousa o Espírito do Senhor; e, quando o nosso espírito é assim elevado e unido ao Espírito de Deus, carregamos o jugo de Cristo, que é suave e doce, e transportamos o Seu fardo leve. [...] Desta doçura íntima jorra um terceiro rio, que consiste em viver com paciência. Pela angústia e pelo sofrimento, o Senhor visita-nos. Se recebermos estes enviados com alegria no coração, então Ele mesmo virá, pois disse através do Seu profeta: «Aquando da angústia estarei ao seu lado, para o salvar e o honrar.» (Sl 90,15). [...] O quarto e último rio de vida humilde é o abandono da vontade própria e de toda a busca pessoal. Este rio tem a sua origem no sofrimento suportado com paciência. O homem humilde [...] renuncia à sua própria vontade e abandona-se espontaneamente nas mãos de Deus. Torna-se assim uma só vontade e uma só liberdade com a vontade divina. [...] E este é o próprio cerne da humildade. [...] A vontade de Deus, que é a própria liberdade, liberta-nos o espírito de temor e torna-nos livres, libertos e despojados de nós mesmos. [...] Deus dá-nos então o Espírito dos eleitos, que nos faz exclamar com o Filho: «Abba, isto é, Pai» (Rm 8,15). Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2010 Publicado por Frei Fernando Maria em 14/07/2011 às 12h39
12/07/2011 17h14
SÓ QUERO SER TEU, SENHOR...
SÓ QUERO SER TEU, SENHOR... São Tiago de Sarug (c. de 449-521), monge e bispo sírio - Poema Converter-se e regressar Regressarei à casa de meu Pai, como o Filho Pródigo (Lc 15,18), e serei acolhido. Tal qual ele fez, assim farei eu: corresponderá o Pai aos meus desejos? [...] Pois estou como morto pelo pecado, como de uma doença. Resgata-me desta ruína, e possa eu louvar o Teu nome! Senhor da terra e do céu, peço-Te: ajuda-me e mostra-me o caminho para chegar a Ti! Leva-me à Tua presença, Filho do Magnânimo, e atinge assim o cume da Tua misericórdia! Irei a Ti e saciar-me-ei com a Tua alegria. Nesta hora de profundo cansaço mói para mim o fermento da vida! Parti à Tua procura e o Maligno estava à espreita, como salteador (Lc 10,30). Atou-me e atolou-me nos prazeres deste mundo perdido; encarcerou-me nos seus deleites e depois deu-me com a porta na cara. Não há ninguém que me liberte para que eu parta de novo à Tua procura, ó meu Senhor! [...] Só quero ser Teu, Senhor, e caminhar conTigo! Medito nos Teus mandamentos dia e noite (Sl 1,2). Sê-me propício e acolhe o meu lamento, ó Misericordioso! Não me cortes a esperança, Senhor, porque sou Teu servo e espero em Ti! Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2010
Publicado por Frei Fernando Maria em 12/07/2011 às 17h14
10/07/2011 12h02
AS SEMENTES DO VERBO
AS SEMENTES DO VERBO São Cirilo de Jerusalém (313-350), Bispo de Jerusalém e Doutor da Igreja Catequeses Baptismais, n.º 18, 6; PG 38, 1021 «Ditosos os vossos olhos, porque veem, e os vossos ouvidos, porque ouvem» Arrancada uma árvore, cortada até pela sua base e depois feito o transplante— o salgueiro, por exemplo—, ela rebenta e volta a florir; e não voltará à vida um homem arrancado ao solo? Colhidas as sementes, repousam e descansam nos celeiros e voltarão a viver depois da primavera; e não voltará à vida o homem depois de ceifado e lançado aos celeiros da morte? Cortado e transplantado um ramo ou um rebento de vide, ganha vida e dá fruto; e não há de voltar a levantar-se o homem que caiu, para quem tudo foi criado? Considerai agora o que se passa à nossa volta. Contemplai o panorama deste vasto universo: é semeado o trigo ou outro cereal, cai ao chão, apodrece, e já não serve para moer. Mas renasce desse apodrecimento, e cresce, e multiplica-se. Foi semeado um só grão e dá vinte, trinta, ou mais. Ora, para quem foi ele criado? Não foi para nosso uso? Não é para si próprias que as sementes saem do nada. Por isso, aquilo que foi criado para nós morre e renasce, e nós, para quem este prodígio acontece todas as vezes, seríamos nós excluídos deste benefício? Como deixaremos então de crer na ressurreição?
Paz e Bem!
©Evangelizo.org 2001-2010 Publicado por Frei Fernando Maria em 10/07/2011 às 12h02
07/07/2011 12h43
GRANDE LITANIA (LADAINHA) DA PAZ E DA COMUNHÃO
GRANDE LITANIA (LADAINHA) DA PAZ E DA COMUNHÃO As Divinas Liturgias eucarísticas de São João Crisóstomo e de São Basílio - Grande Litania (ladainha) da paz e Litania da comunhão «Se essa casa for digna, a vossa paz desça sobre ela» Diácono: Em paz, oremos ao Senhor. Todos: Kyrie, eleison. (Senhor, tende piedade de nós) Pela paz que vem do alto e pela salvação das nossas almas, oremos ao Senhor. – Kyrie, eleison. (Senhor, tende piedade de nós) Pela paz do mundo inteiro, pela estabilidade das santas Igrejas de Deus e pela união de todos, oremos ao Senhor. – Kyrie, eleison. (Senhor, tende piedade de nós) Por este santo templo e por aqueles que nele entram com fé, piedade e temor a Deus, oremos ao Senhor. – Kyrie, eleison. (Senhor, tende piedade de nós) Pelo nosso pai e bem-aventurado patriarca N., nosso bispo N., pela venerável ordem dos sacerdotes, pelo diaconado em Cristo, por todo o clero e pelo povo, oremos ao Senhor. – Kyrie, eleison. (Senhor, tende piedade de nós) Pelo nosso país e pelos que o governam, e em particular pelos servos de Deus N. e N., oremos ao Senhor. – Kyrie, eleison. (Senhor, tende piedade de nós) Por esta nossa cidade (ou «nossa vila», «nossa aldeia» ou «nosso santo mosteiro»), por todas as cidades, vilas e aldeias e pelos fiéis que nelas residem, oremos ao Senhor. – Kyrie, eleison. (Senhor, tende piedade de nós) Pela vinda de um tempo favorável, pela abundância dos frutos da terra e por dias de paz, oremos ao Senhor. – Kyrie, eleison. (Senhor, tende piedade de nós) Pelos que andam e trabalham no mar ou nos ares, pelos viajantes, pelos doentes, pelos aflitos, pelos que estão detidos, por todos os que sofrem e pela salvação de todos, oremos ao Senhor. – Kyrie, eleison. (Senhor, tende piedade de nós) Para que sejamos libertos de todas as aflições, da cólera, do perigo e da necessidade, oremos ao Senhor. – Kyrie, eleison. (Senhor, tende piedade de nós). Socorrei-nos, salvai-nos, tende piedade de nós e protegei-nos, Senhor, com a Vossa graça. – Kyrie eleison. (Senhor, tende piedade de nós). ********** Invocando todos os santos, ainda e novamente em paz, oremos ao Senhor. – Kyrie, eleison. [...](Senhor, tende piedade de nós). Que este dia seja perfeito, santo, pacífico e sem pecado, peçamos ao Senhor. – Concedei-o, Senhor. Um anjo de paz, guia fiel, guardião das nossas almas e corpos, peçamos ao Senhor. – Concedei-o, Senhor. O perdão e a remissão pelos nossos pecados e transgressões, peçamos ao Senhor. – Concedei-o, Senhor. Tudo o que for bom e proveitoso às nossas almas e a paz para o mundo, peçamos ao Senhor. – Concedei-o, Senhor. A graça de passarmos o resto das nossas vidas na paz e na penitência, peçamos ao Senhor. – Concedei-o, Senhor. Um fim de vida cristão, sem dor, sem vergonha, pleno de paz, e a nossa justificação quando face a Seu temível trono de Juiz, peçamos ao Senhor. – Concedei-o, Senhor. Suplicando a unidade da fé e a comunhão do Santo Espírito, recomendemo-nos mutuamente uns aos outros, e confiemos toda a nossa vida a Cristo, nosso Deus. – A vós, Senhor. Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2010 Publicado por Frei Fernando Maria em 07/07/2011 às 12h43
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