![]() 09/03/2009 08h56
TUDO É POSSÍVEL AO QUE AMA
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Clemente de Roma, Papa entre os anos 90 e 100, aproximadamente - Carta aos Coríntios, 49-50 (trad. AELF rev.) «Sede misericordiosos como o vosso Pai» Quem tem amor em Cristo, cumpra os mandamentos de Cristo. Quem poderá explicar em que consiste o vínculo do amor de Deus? Quem será capaz de exprimir a grandiosidade de sua beleza? As alturas aonde o amor nos conduz são indizíveis. O amor une-nos a Deus; ele «cobre uma multidão de pecados» (1Ped 4,8). [...] Foi no amor que o Senhor nos fez vir até Si. Foi por causa de Seu amor por nós, que Jesus Cristo Nosso Senhor deu o Seu sangue por nós, segundo o desígnio de Deus, oferecendo a Sua carne pela nossa carne, a Sua vida pelas nossas vidas. Vede, caríssimos, como o amor é qualquer coisa de grandioso e admirável; é impossível explicar a sua perfeição. Quem poderá alcançá-lo, senão aqueles que Deus tornou dignos disso? Rezemos, portanto, e supliquemos a sua misericórdia, a fim de nos encontrarmos no amor, sem fazer acepção de pessoas, irrepreensíveis. Desde Adão até aos nossos dias, todas as gerações desapareceram; mas aqueles que, pela graça de Deus, se tornaram perfeitos no amor permanecem no lugar dos santos, que se tornarão manifestos quando Cristo aparecer no seu Reino. [...] Somos felizes, caríssimos, se praticamos os mandamentos de Deus na concórdia que vem do amor, a fim de que, pelo amor, os nossos pecados sejam perdoados. Paz e Bem! Publicado por Frei Fernando Maria em 09/03/2009 às 08h56
07/03/2009 16h09
QUARESMA, TEMPO DE PENITÊNCIA
COMO SURGIU A QUARESMA? “A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV. Na quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira (até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive - Diretório da Liturgia - CNBB) da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais. Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma”. Paz e Bem! Fonte: http://soparajesus.blogspot.com/2008/03/s-tu-senhor.html Publicado por Frei Fernando Maria em 07/03/2009 às 16h09
05/03/2009 11h27
CONVERSÃO, MUDANÇA DE ATITUDE
S. Paulo nos ensina: “Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito”. Logo, precisamos viver de fato segundo a Vontade de Deus, porque desse mondo permaneceremos Nele aqui e eternamente, pois cada um receberá de Deus aquilo que por amor a Ele cultiva nessa nossa vida natural. Paz e Bem! Publicado por Frei Fernando Maria em 05/03/2009 às 11h27
04/03/2009 23h00
MEU SENHOR, MEU ÚNICO REI
Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI] Retiro pregado ao Vaticano, 1983 «Meu Senhor, meu único rei, assisti-me no meu desamparo, porque não tenho outro socorro senão Vós» (Est 14, 3) No Evangelho, Jesus convida-nos à oração: «pedi e dar-se-vos-á; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á». Estas palavras de Jesus são preciosíssimas, porque exprimem a verdadeira relação entre Deus e o homem, e porque respondem a um problema fundamental de toda a história das religiões e da nossa vida pessoal: será justo e bom pedir alguma coisa a Deus? Ou a única resposta correspondente à transcendência e à grandeza de Deus consiste em glorificá-Lo, adorá-Lo, dar-Lhe graças, numa oração que será por conseguinte desapegada? [...] Jesus ignora este receio. Jesus não ensina uma religião para elites, totalmente desinteressada. A ideia de Deus que Jesus nos ensina é diferente: o seu Deus é muito humano; esse Deus é bom e poderoso. A religião de Jesus é muito humana, muito simples, é a religião dos simples: «Bendigo-Te, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos» (Mt 11, 25). Os pequeninos, os que têm necessidade da ajuda de Deus e o dizem, compreendem muito melhor a verdade do que os inteligentes que, recusando a oração de súplica e aceitando apenas o louvor desinteressado de Deus, constroem uma auto-suficiência do homem que não corresponde à sua indigência, tal como é expressa nas palavras de Ester: «Assisti-me no meu desamparo» (Est 14, 3). Por detrás desta nobre atitude que não quer incomodar Deus com os nossos pequenos males, esconde-se a seguinte dúvida: terá Deus o poder de responder às realidades da nossa vida, poderá Deus mudar as nossas situações e entrar na realidade da nossa vida terrestre? [...] Se Deus não atua, se ele não tem poder sobre os acontecimentos concretos da nossa vida, como é que continua a ser Deus? E se Deus é amor, o amor não encontrará uma possibilidade de responder à esperança daquele que ama? Se Deus é amor, e se Ele não pudesse ajudar-nos na nossa vida concreta, o amor não seria o poder maior deste mundo. Paz e Bem! Publicado por Frei Fernando Maria em 04/03/2009 às 23h00
04/03/2009 00h24
" O JEJUM QUE ME AGRADA..."
Santo Afrates ( ? – c. 345), monge e bispo perto de Mossul Demonstrações, n.º 3, Do jejum (a partir da trad. SC 349, p.277 rev.) «O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injus¬tamente, [...] quebrar toda a espécie de opres¬são» (Is 58,6) Os Ninivitas jejuaram com rigor, um jejum puro e verdadeiro, quando Jonas lhes pregou a conversão [...]. Eis o que está escrito: «Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho, e, arrependendo-se do mal que ti¬nha resolvido fazer-lhes, não lho fez» (Jon 3,10). Não é dito: «Vive em abstinência de pão e de água, vestido de saco e coberto de cinzas», mas «Que eles regressem dos maus caminhos e da malvadez das suas obras». Pois o rei de Nínive tinha dito: «Converta-se cada um do seu mau ca¬minho e da violência que há nas suas mãos» (v.8). Foi um jejum puro, e foi aceite. [...] Porque, meu amigo, quando se jejua, a melhor abstinência é sempre a da maldade. É melhor do que a abstinência de pão e de água, melhor que «curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza», como diz Isaías (58,5). De facto, quando o homem se abstém de pão, de água ou de qualquer alimento que seja, quando se cobre de saco e de cinzas e se atormenta, é amado, é belo aos olhos de Deus e aprovado. Mas o que mais agrada a Deus é «[...] libertar os que foram presos injus¬tamente, livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opres-são» (v.6). Para o homem que se abstém da maldade, «a luz surgirá como a aurora [...]. A sua justiça irá à sua frente. Será como um jardim bem regado, como uma fonte de águas inesgotáveis» (v.8-11). Não se assemelhará aos hipócritas que mostram «um ar sombrio [...], que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam» (Mt 6,16). Paz e Bem! Publicado por Frei Fernando Maria em 04/03/2009 às 00h24
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