FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
14/05/2009 09h04
"DEI-VOS A CONHECER TUDO O QUE OUVI DE MEU PAI"
Tertuliano (c. 155-c. 220), teólogo De praescriptione, 20-21; CCL 1, 201-203 (trad. Orval)
 
«Dei-vos a conhecer tudo o que ouvi de Meu Pai»
 
Entre os seus discípulos, Cristo escolheu alguns, aos quais Se ligou mais intimamente para os enviar a pregar entre todos os povos. Quando um deles se separou dos restantes, recomendou aos outros onze, quando do Seu regresso ao Pai após a Sua Ressurreição, que fossem ensinar todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28, 19).
 
Imediatamente, os apóstolos – cujo nome significa «enviados» – escolheram Matias como duodécimo para o lugar de Judas, de acordo com a profecia contida no salmo de David (108, 8). Receberam, com a prometida pujança do Espírito Santo, o dom dos milagres e das línguas. Primeiro na Judéia, deram testemunho da fé em Jesus Cristo e instituíram igrejas. De lá, partiram pelo mundo fora, para espalhar entre as nações os mesmos ensinamentos e a mesma fé. [...]
 
Qual terá sido a pregação dos apóstolos? Que revelação lhes terá feito Cristo? Diria que só devemos procurar sabê-lo por meio das igrejas que os próprios apóstolos fundaram pessoalmente através da pregação, tanto de viva voz, como pelos seus escritos. Se isto é verdade, é incontestável que toda a doutrina que se atribui a estas igrejas apostólicas, mães e fontes da fé, deve ser considerada como verdadeira porque contém o que as igrejas receberam dos apóstolos, os apóstolos de Cristo, e Cristo de Deus.
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 14/05/2009 às 09h04
 
12/05/2009 12h44
"DOU-VOS A MINHA PAZ"
Bem-aventurado João XXIII (1881-1963), Papa
Encíclica «Pacem in Terris», §§ 164-170


«Dou-vos a Minha paz»

Cada cristão deve ser na sociedade humana uma centelha de luz, um foco de amor, um fermento para toda a massa (Mt 5, 14; 13, 33). Tanto mais o será, quanto mais na intimidade de si mesmo viver unido com Deus. Em última análise, só haverá paz na sociedade humana, se ela estiver presente em cada um dos seus membros, se em cada um se instaurar a ordem querida por Deus. [...]

Este intento é tão nobre e elevado, que homem algum, embora louvavelmente animado de toda a boa vontade, o poderá levar a efeito só com as próprias forças. Para que a sociedade humana seja espelho o mais fiel possível do Reino de Deus, é grandemente necessário o auxílio do alto.

É natural, pois, que nestes dias sagrados, elevemos suplicante prece a Quem com a Sua dolorosa paixão e morte venceu o pecado, factor de dissensões, misérias e desequilíbrios. [...] Porque Ele é a nossa paz. [...] Veio e anunciou paz a vós que estavam longe, e a paz aos que estavam perto (Ef. 2, 14-17). Nos ritos litúrgicos destes dias  de Páscoa ressoa a mesma mensagem: Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitado, de pé no meio dos seus discípulos, disse: «Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha paz. Não é como a dá o mundo que Eu vo-la dou» (Jo 14, 27).

Esta paz, peçamo-la com ardentes preces ao Redentor divino que no-la trouxe. Afaste Ele dos corações dos homens quanto pode pôr em perigo a paz, e os transforme a todos em testemunhas da verdade, da justiça e do amor fraterno. Ilumine com Sua luz a mente dos responsáveis dos povos, para que, juntamente com o justo bem-estar dos próprios concidadãos, lhes garantam o belíssimo dom da paz.

Inflame Cristo a vontade de todos os seres humanos, para abaterem as barreiras que dividem, para corroborarem os vínculos da caridade mútua, para se compreenderem os outros, para perdoarem aos que lhes tiverem feito injúrias. Sob a inspiração da Sua graça, tornem-se todos os povos irmãos e floresça neles e reine para sempre essa tão suspirada paz.

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Publicado por Frei Fernando Maria em 12/05/2009 às 12h44
 
09/05/2009 21h16
"EU SOU A VIDEIRA E VÓS OS RAMOS"
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de João, 80, 1; 81, 1.3-4; CCL 36, 527-531.

«Eu sou a videira e vós os ramos»

Na passagem do Evangelho em que Nosso Senhor diz que é a videira e os Seus discípulos os ramos, Ele fala enquanto cabeça da Igreja e nós os seus membros (Ef 5, 25), enquanto «mediador entre Deus e os homens» (1 Tim 2, 5). Com efeito, a videira e os ramos têm a mesma natureza; eis a razão por que Aquele que era Deus, de uma natureza diferente da nossa, Se fez Homem: a fim de que n'Ele a natureza humana fosse como uma videira da qual nós pudéssemos ser os ramos. [...]

Ele dizia aos discípulos: «Permanecei em Mim, que Eu permaneço em vós». Eles não permaneciam n'Ele da mesma maneira que Ele permanecia neles. Esta união recíproca não Lhe traz qualquer lucro; para eles é que constitui uma vantagem. Os ramos estão estreitamente unidos à videira mas não lhe comunicam nada; é dela que recebem o princípio da vida. A videira, pelo contrário, está unida aos ramos para lhes comunicar a sua seiva vivificante, sem receber nada deles. É assim que Cristo permanece nos Seus discípulos. [...]

Se Cristo não tivesse sido homem, não podido ter sido a videira; no entanto, se não fosse igualmente Deus, não concederia esta graça aos ramos. Porque não podemos viver sem esta graça e porque a morte está ao alcance do nosso livre arbítrio, Nosso Senhor acrescenta: «Se alguém não permanece em Mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem» (Jo 15, 6). É por isso que, se a madeira da videira deixa de ter valor quando não permanece unida à videira, é tanto mais gloriosa quando o está.

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Publicado por Frei Fernando Maria em 09/05/2009 às 21h16
 
09/05/2009 11h03
A ORAÇÃO DO SENHOR
São Cipriano (c. 200-258), Bispo de Cartago e mártir
A Oração do Senhor, 2-3 (trad. DDB 1982, p. 41 rev.; cf. breviário)


Rezemo-la como o Mestre nos ensinou...

Entre recomendações salutares e preceitos divinos através dos quais proveu à salvação do Seu povo, o Senhor deu-nos ainda o modelo de oração; Ele próprio nos ensinou o que devemos pedir nas nossas preces. Ele, que nos dá a vida, também nos ensina a rezar, com aquela mesma bondade que O levou a conceder-nos tantos outros benefícios.

Assim, quando falamos ao Pai através da oração que o Senhor nos ensinou, somos mais facilmente escutados. Ele previra que viria a hora em que: «os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade» (Jo 4, 23) e cumpriu o que anunciara. Santificados pelo Espírito e pela verdade que vêm Dele, podemos igualmente, graças ao que nos ensinou, adorar em espírito e verdade.

Uma vez que foi graças a Cristo que recebemos o Espírito que oração poderia ser mais espiritual do que aquela que Ele nos deu? Que oração pode ser mais verdadeira do que aquela que saiu da boca do Filho, que é a própria Verdade?

Por isso, irmãos bem-amados, rezemo-la como o Mestre no-la ensinou. Clamar a Deus com palavras Dele é súplica que Lhe é amável e filial; é fazer-Lhe chegar aos ouvidos a oração de Cristo. Que o Pai reconheça a voz do Filho quando Lhe dirigimos o nosso pedido. Que Aquele que vive no nosso coração seja também a nossa voz.

Ele é nosso advogado junto do Pai: intercede pelos nossos pecados quando nós, pecadores, lhe pedimos perdão pelas nossas faltas. Pronunciemos, então, as palavras do nosso advogado, porque é Ele quem nos diz: «Se pedirdes alguma coisa ao Pai em Meu nome, Ele vo-la dará» (Jo 16, 23).

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Publicado por Frei Fernando Maria em 09/05/2009 às 11h03
 
08/05/2009 10h18
“NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS”
 
São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo e Doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de João, 9 ; PG 74, 182-183 (trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 373)

 
«A fim de que, onde Eu estou, vós estejais também»
 
«Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, como teria dito Eu que vos vou preparar um lugar?» [...] Se as moradas do Pai não fossem numerosas, o Senhor teria dito que falava como precursor, a fim de preparar as moradas dos santos. Mas Ele sabia que já estavam preparadas muitas moradas, à espera da chegada dos amigos de Deus.
 
Apresenta, pois, outra justificação para a Sua partida: preparar o caminho da nossa ascensão para esses lugares do céu abrindo-nos uma passagem para lá chegarmos, quando anteriormente esta rota  era impraticável para nós. Porque o céu estava absolutamente encerrado para os homens, e nunca ser algum de carne tinha penetrado neste santíssimo e puríssimo domínio dos anjos.
 
Cristo inaugurou este caminho para as alturas. Oferecendo-Se a Si mesmo a Deus Pai como primícias dos que dormem nos túmulos da terra, permitiu à carne ascender ao céu e foi o primeiro homem a aparecer aos habitantes lá do alto. Os anjos não conheciam o augusto e grandioso mistério de uma entronização celeste da carne. Foi com espanto e admiração que assistiram a esta ascensão de Cristo. Quase perplexos por tão inaudito espectáculo, exclamaram: «Quem é Esse, que vem de Edom?» (Is 63, 1), ou seja, da terra.
 
Assim, pois, Nosso Senhor Jesus Cristo abriu-nos um caminho novo e vivo (Heb 10, 20). «Cristo não entrou num santuário feito por mão de homem, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para Se apresentar agora diante de Deus por nós» (Heb 9, 24).
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 08/05/2009 às 10h18



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