FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
04/12/2008 02h14
ESCUTAI O SENHOR, ELE NOS FALA POR SEU FILHO JESUS
S. João da Cruz (1524-1591), carmelita, doutor da Igreja

Conselhos e Máximas (n° 307-319 in trad. Oeuvres spirituelles, Seuil 1947, p. 1226)

Escutar para pôr em prática

O Pai celeste disse uma única palavra: é o Seu Filho. Disse-a eternamente e num eterno silêncio. É no silêncio da alma que Ele se faz ouvir.Falai pouco e não vos metais em assuntos sobre os quais não fostes interrogados.Não vos queixeis de ninguém; não façais perguntas ou, se for absolutamente necessário, que seja com poucas palavras.Procurai não contradizer ninguém e não vos permitais uma palavra que não seja pura.

Quando falardes, que seja de modo a não ofender ninguém e não digais senão coisas que possais dizer sem receio diante de toda a gente.Tende sempre paz interior assim como uma atenção amorosa para com Deus e, quando for necessário falar, que seja com a mesma calma e a mesma paz.Guardai para vós o que Deus vos diz e lembrai-vos desta palavra da Escritura: "O meu segredo é meu" (Is 24,16)... 

Para avançar na virtude, é importante calar-se e agir, porque falando as pessoas distraem-se, ao passo que, guardando o silêncio e trabalhando, as pessoas recolhem-se.A partir do momento em que aprendemos com alguém o que é preciso para o avanço espiritual, não é preciso pedir-lhe que diga mais nem que continue a falar, mas pôr mãos às obras, com seriedade e em silêncio, com zelo e humildade, com caridade e desprezo de si mesmo.
Antes de todas as coisas, é necessário e conveniente servir a Deus no silêncio das tendências desordenadas, bem como da língua, a fim de só ouvir palavras de amor.

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 04/12/2008 às 02h14
 
01/12/2008 20h26
A VIDA É UM DOM DE DEUS
PONHO DIANTE DE TI A VIDA E A MORTE. ESCOLHE, POIS, A VIDA (Deut 30,19)
 
A vida é um dom de Deus, pois, só Deus dá a vida porque Só Deus É, e ninguém mais a dá sem a Sua permissão; os homens podem até tirar a vida natural, mas jamais poderão dá-la sem o consentimento divino. É daí que nasce a responsabilidade para com a vida e tudo o que diz respeito a ela e à sua conservação como é a vontade de Deus: “Eu vim para que todos tenham vida e para que a tenham em abundância”. (Jo 10,10).
 
Ora, ignorando isto, os homens se arvoram em juízes ou mesmo deuses a ponto de dizer que “a mulher pode decidir sobre o próprio corpo”, isto é, se deixam uma criança que já foi concebida nascer ou ser sacrificada impiedosamente sem defesa alguma por meio do famigerado aborto; e quando alguém faz a defesa da vida desde sua concepção, estes são tidos por retrógrados ou estão defendendo as posições da Igreja Católica.
 
Na realidade o que estamos presenciando hoje em dia é uma mentalidade mórbida, como que anestesiada pelos meios de comunicação social, que carregados de mentes infernais, fomentam os mais estranhos comportamentos até mesmo da destruição de seres inocentes ainda no ventre ou em embriões congelados.
 
Só que muitos e muitos se esquecem da alma imortal que carregamos e que por isso mesmo haverá conseqüências sobre cada ato por nós praticados. Existe até um provérbio popular que diz: “Quem planta, há de colher, mais cedo ou mais tarde”. Também São Paulo nos ensina: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna”. (Gal 6,7-8).
 
“E acrescenta: Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé”. (Gal 6,9-10).
 
Logo, essa lembrança nos leva a praticar nossos atos conforme a vontade de Deus expressa nos seus mandamentos; pois, vivemos em uma sociedade que procura corromper a todo instante os mais sólidos valores familiares e cristãos; e se não tomarmos cuidado mergulharemos nesse mar de lama que está aí, tornando-nos pessoas indiferentes, hedonistas, egoístas, levianas e sem sentido pra vida.
 
Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 01/12/2008 às 20h26
 
21/11/2008 01h21
NÃO SABEIS QUE SOIS TEMPLOS DO ESPÍRITO SANTO?

Uma liturgia oriental
Oração para a bênção de uma igreja

Que o templo interior seja tão belo como o templo de pedras

Quando três se reúnem em teu nome (Mt 18,20), eles já formam uma igreja. Olha os milhares aqui reunidos: os seus corações prepararam um santuário antes que as nossas mãos construíssem este à glória do teu nome. Que o templo interior seja tão belo como o templo de pedras. Concede-nos habitar num como no outro; os nossos corações como estas pedras estão marcados com o teu nome.

A força todo-poderosa de Deus teria podido construir uma morada para si mesma de uma forma tão  fácil como a que usou para, com um gesto, dar existência ao universo. Mas Deus construiu o homem a fim de que o homem construísse moradas para ele. Bendita seja a sua clemência que nos amou tanto! Ele é infinito; nós somos limitados. Ele construiu para nós o mundo; nós construímos-lhe uma casa. É admirável que o homem possa construir uma morada ao Todo-poderoso presente em tudo, a quem ninguém saberá escapar.

Ele habita no meio de nós com ternura; ele atrai-nos com laços de amor; ele permanece no meio de nós e chama-nos para que tomemos o caminho do céu para habitarmos com ele. Ele deixa a sua morada e escolhe a Igreja para que nós abandonemos a nossa morada e escolhamos o paraíso. Deus habitou no meio dos homens para que os homens encontrem Deus.

Paz e Bem!


Publicado por Frei Fernando Maria em 21/11/2008 às 01h21
 
31/10/2008 11h33
O NOSSO DESTINO É O CÉU


"Quem descobre a eternidade também descobre a vocação irremediável para o céu". (Ana). A verdade é que temos necessidade de permanência: permanência no amor, na vida, na felicidade (comum aos que amam a Deus), etc. O fato é que, buscamos nas criaturas essa perenidade e nunca a encontramos porque elas necessitam dela tanto quanto nós.

 

Ora, nossa vida é um "caminhar" constante para Deus e é com Ele que viveremos para sempre, pois, Deus em sua Sabedoria, nos dá a encontrá-LO ainda aqui para que não nos percamos nesse percurso temporal que ainda nos resta, até que cheguemos à plenitude que Ele preparou para nós desde a eternidade que é Ele mesmo...

 

Portanto, o céu é o teu, é o meu, é o nosso destino final, para lá nos destinamos desde o dia em que Jesus abriu suas portas e nos convidou a entrarmos com Ele para o seu festim real. Quero, contigo e com todos os que comungam com o Senhor, continua essa nossa trajetória existencial sempre ouvido a voz desse nosso Condutor Eterno a nos levar para a vida que nada nem ninguém poderá nos tirar.

 

Paz e Bem!


Publicado por Frei Fernando Maria em 31/10/2008 às 11h33
 
18/10/2008 23h53
“AS PALAVRAS QUE VOS TENHO DITO SÃO ESPÍRITO E VIDA”.
Boa é toda a palavra de Cristo: ela tem uma missão e finalidade, ela não cai por terra. É impossível que em vez alguma tenha pronunciado palavras efêmeras, Ele, o Verbo de Deus, que por seu próprio desejo exprimiu os conselhos profundos e a vontade santa do Deus invisível. Toda a palavra de Cristo é boa.

Mesmo se os seus propósitos tiverem sido transmitidos por pessoas comuns, podemos estar certos de que nada do que nos foi conservado – sejam palavras dirigidas a um discípulo ou a um opositor, sejam conselhos, ou opiniões, sejam reprimendas, ou palavras de consolação, de persuasão ou de condenação – nada, em todas elas, terá uma significação puramente acidental, um alcance limitado ou parcial [...].

Pelo contrário, todas as palavras sagradas de Cristo, mesmo quando nos surgem revestidas de uma aparência temporária e dirigidas a um fim imediato - sendo difíceis portanto, porque há que nelas lograr perceber o que têm de momentâneo e de contingente - mesmo assim, elas nada perdem da sua força, a cada século que passa.

Pertencendo à Igreja, estão destinadas a durar para sempre nos céus  (cf. Mt 24,35); prolongam-se até è eternidade. São a nossa regra santa, justa e boa, palavras que são «farol para os meus passos e luz para os meus caminhos» (Sl 118,105), na mesma plenitude e de forma tão íntima, no nosso tempo, como quando pela primeira vez foram pronunciadas.

Tudo isto terá sido verdadeiro, mesmo aceitando-se ter sido obra humana a recolha destas migalhas da mesa de Cristo. Mas temos uma certeza muito maior, porque as recebemos não dos homens, mas de Deus (1Ts 2,13). O Espírito Santo, que veio glorificar Cristo e dar aos evangelistas a inspiração da escrita, não nos traçou um Evangelho estéril.

Louvado seja por ter escolhido e salvo para nós palavras que deveriam ser particularmente úteis aos tempos vindouros, as palavras que podiam servir de lei à Igreja, para a fé, para a moral e para a disciplina. Não uma lei escrita em tábuas de pedra (Ex 24,12), mas uma lei de fé e de amor, de espírito, e não de letras (Rm 7,6), uma lei para corações generosos que aceitam «viver da palavra», por mais modesta e humilde que seja, uma lei «que sai da boca de Deus» (Dt 8,3; Mt 4,4). (Cardeal John Henry Newman (1801-1890), padre, fundador de comunidade religiosa, teólogo - PPS, vol. 3, n.º 22 : «A parte escolhida por Maria»).

Paz e Bem!

 


Publicado por Frei Fernando Maria em 18/10/2008 às 23h53



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