FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
05/09/2009 18h31
"O FILHO DO HOMEM É SENHOR DO SÁBADO"
São Macário (?-405), monge no Egipto
Homilias espirituais, n° 35 (a partir da trad. coll. Spi. Or. n° 40, Bellefontaine, p. 302)
 
«O Filho do Homem é Senhor do sábado.»
 
Na Lei dada por Moisés, que era uma sombra do que estava para vir (Col 2, 17), Deus ordenava que todos descansassem e não fizessem nenhum trabalho ao dia de sábado. Tratava-se de um símbolo, de uma preparação para o verdadeiro sábado que o Senhor concede à alma. [...] Com efeito, Jesus chama o homem ao repouso, dizendo-lhe: «Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei de aliviar-vos» (Mt 11, 28).
 
E a todas as almas que têm confiança e se aproximam Dele, dá-lhes descanso, libertando-as de pensamentos dolorosos, desanimadores e impuros. Assim, deixam completamente de se entregar ao mal e celebram um sábado verdadeiro, delicioso e santo, uma festa do Espírito, numa alegria jubilosa inexprimível. Prestam a Deus um culto que Lhe é agradável porque procede de um coração puro: esse é o verdadeiro sábado santificado.
 
Supliquemos também nós ao Senhor que nos permita entrar no Seu repouso, que nos faça acabar com os pensamentos vergonhosos, maus ou vãos, a fim de que possamos celebrar a festa do Espírito Santo e servir a Deus com o coração puro. Bem-aventurados os que entram nesse repouso.
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 05/09/2009 às 18h31
 
03/09/2009 23h01
Ó SENHOR
Ó Senhor vinde em nosso auxílio e fortalecei a nossa vida de fé a fim de que possamos dar um testemunho autêntico da nossa comunhão convosco e podermos projetar no mundo o vosso reino de amor escondido em nossas almas.

Vinde Senhor nosso, ajudai-nos na vivência dos valores eternos sem com isso desprezarmos os valores terrenos, mas, ao contrário, colocá-los no seu devido lugar para vencermos todo ódio, injustiça, mentira e corrupção e fazermos desta terra uma réplica perfeita do Paraíso que nos espera em vossa glória.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho e nosso Salvador, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo e na presença da sempre Virgem Maria com todos os anjos, santos e santas.

Assim seja!

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 03/09/2009 às 23h01
 
03/09/2009 09h41
NÃO TENHAS RECEIO
Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, Doutor da Igreja
Sermões para o Domingo e as festas dos santos (a partir da trad. de Bayart, Eds. franciscanas 1944, p. 187 rev.)
 
«Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.»
 
«Porque Tu o dizes, lançarei as redes». É por indicação da graça celeste, por inspiração sobrenatural, que se deve lançar a rede da pregação. Senão é em vão que o pregador lança as linhas das suas palavras. A fé dos povos obtém-se, não através de discursos sabiamente compostos, mas pela graça da vocação divina. [...] Ó frutuosa humildade! Quando aqueles que até aí não tinham pescado nada confiam na palavra de Cristo, apanham uma multidão de peixes. [...]
 
«Porque Tu o dizes, lançarei as redes». Cada vez que por mim próprio as lancei, quis guardar o que me pertencia. Fui eu que pesquei e não Tu, foram as minhas palavras e não as Tuas. Por isso não pesquei nada. Ou, se pesquei qualquer coisa, não foi peixe, mas rãs, prontas a espalhar lisonjas sobre mim. [...]
 
«Porque Tu o dizes, lançarei as redes». Lançar a linha por ordem de Jesus é atribuir-Lhe tudo e não guardar nada para si mesmo: é viver em conformidade com o que se pesca. Nessa altura, apanhamos uma grande quantidade de peixes.
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 03/09/2009 às 09h41
 
02/09/2009 08h43
O DESERTO
Santo Eucher (? - c. 450), Bispo de Lião
O Elogio do Deserto (a partir da trad. da Irmã Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 2, p. 109)
 
«Saiu e retirou-Se para um lugar solitário»
 
Não poderemos nós com razão adiantar que o deserto é o templo sem limites do nosso Deus? Aquele que mora no silêncio deve certamente gostar de locais retirados. Foi aí que muitas vezes Se manifestou aos Seus santos; foi graças à solidão que Ele Se dignou vir ter com os homens.
 
Foi no deserto que Moisés, com a face banhada de luz, viu a Deus. [...] Lá foi-lhe permitido conversar familiarmente com o Senhor. Palavra puxa palavra, dialogou com o Senhor do universo como um homem costuma falar com o seu semelhante. Foi lá que recebeu a vara de prodigiosos poderes. Entrou no deserto como pastor de ovelhas, saiu dele como pastor de povos (Ex 3; 33, 11; 34).
 
Também o povo de Deus, quando foi resgatado do Egipto e libertado dos trabalhos forçados, foi conduzido a locais retirados, refugiando-se no isolamento. Sim, foi no deserto que se aproximou deste Deus que o arrancou à servidão. [...] E o Senhor fez-Se chefe do Seu povo, ao guiar os seus passos através do deserto. Pelo caminho, dia e noite, manifestava-Se numa coluna, numa chama ardente, numa nuvem relampejante, em sinais vindos do céu. [...] Os filhos de Israel puderam assim ver o trono de Deus e ouvir a Sua voz durante o tempo em que viveram na solidão do deserto. [...]
 
Será necessário acrescentar que só chegaram à terra dos seus sonhos após a permanência no deserto? Para que o povo entrasse um dia na posse da terra onde corria leite e mel, foi necessário primeiro passar por locais áridos e não cultivados. É sempre através dos acampamentos no deserto que nos encaminhamos para a verdadeira pátria. Quem quer «vir a contemplar a bondade do Senhor, na terra dos vivos» [Sl 27 (26), 13] vá habitar uma região inabitável. Quem quer tornar-se cidadão dos céus faça-se hóspede do deserto.
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 02/09/2009 às 08h43
 
01/09/2009 21h35
COMBATENDO CONTRA O MAL
 
Diádoco de Foticeia (c. 400-?), bispo
Cem Capítulos Sobre o Conhecimento, 78-80, da Filocalia (tradução a partir da de Bellefontaine 1987, t. 8, p. 159 rev.)
 
«Cala-te e sai desse homem!»
 
O Batismo, banho de santidade, lava as manchas do pecado, mas não altera a dualidade da nossa vontade e não impede que os espíritos do mal nos combatam ou nos enredem nas suas ilusões. [...] Mas a graça de Deus tem a sua morada na profundidade da alma, ou seja, no entendimento. Com efeito, diz-se que a filha do rei e as donzelas suas amigas «avançam com alegria e júbilo e entram com alegria no palácio real» (Sl 44, 16): entram para o interior, não se mostram aos demônios.
 
Por isso, quando nos recordamos de Deus com fervor, sentimos brotar o desejo do divino do fundo do nosso coração. Mas, nessa altura, os espíritos malignos atacam os sentidos corporais e aí se ocultam, aproveitando o relaxamento da carne. [...] Desta forma, o nosso interior, como diz o divino apóstolo Paulo, rejubila continuamente na lei do Espírito (Rom 7, 22), mas os sentidos desejam deixar-se levar pela propensão para os prazeres [...].
 
«A luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam» (Jo 1, 5) [...]: o Verbo de Deus, verdadeira Luz, no Seu incomensurável amor pelo Homem, considerou oportuno manifestar-Se à Criação em carne e osso, acendendo em nós a luz do Seu conhecimento divino. O espírito do mundo não acolheu o desígnio de Deus, isto é, não O reconheceu. [...]
 
No entanto, como maravilhoso teólogo, o evangelista João acrescenta: «O Verbo era a luz verdadeira que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não O reconheceu. Veio para o que era Seu e os Seus não O receberam. Mas, a quantos O receberam, aos que Nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus» (vv. 9-12). [...]
 
Quando diz que o mundo não recebeu a verdadeira Luz, o evangelista não se refere a Satanás, que lhe é estranho, visto que A rejeitou desde o início. Com esta afirmação, São João acusa justamente os homens que compreendem os poderes e as maravilhas de Deus mas, devido aos corações obscurecidos, não se querem aproximar da claridade do Seu conhecimento.
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 01/09/2009 às 21h35



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