Somos herdeiros do Reino de Deus e de Sua Justiça e por esse motivo, somos tentados por todos os lados a perdermos essa herança eterna. "Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro”. (Sl 43,23) (Rm 8,36).

Por isso, lembremos sempre da misericórdia do Senhor pois: "Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela". (1Cor 10,13). Porque, “ainda não tendes resistido até o sangue, na luta contra o pecado". (Hb 12,4)

"Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma”. (Tg 1,2-3)

“Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam”. (Tg 1,12).

Paz e Bem!

Quando vivemos a intimidade com Deus na oração, experimentamos as graças que ad-vêm dessa intimidade. São elas: retidão, sabedoria, paz, harmonia, comunhão, alegria e a certeza de que o plano da salvação se realiza em nosso viver.

A vida é um é uma escola e nela somos aprendizes de santos; então, se faz necessário que esse aprendizado se dê com o único Pedagogo capaz de nos levar à Plenitude Celeste. E ele nos exorta: "Pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou". (Jo 6,38)

A vida de Cristo nos ensina que é pela obediência à Vontade do Pai, que entramos, por meio da porta estreita dos Mandamentos, no Reino dos Céus. "E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz". (Fl 2,8).

"Nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade". (Hb 5,7) "Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos".

Portanto, devemos pôr sempre nossa vida em Deus para permanecermos Nele e assim sermos livres. Porque a verdadeira liberdade consiste em nossa união com Aquele que nos resgatou das trevas para sua luz admirável; do pecado para o estado de graça; da morte para vida; do inferno de nós mesmos, para o paraíso do Seu Sagrado Coração.

Paz e Bem!

"Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus: tempo para nascer, e tempo para morrer; tempo para plantar, e tempo para arrancar o que foi plantado;" (Ecl 3,1-2)

O tempo para nós se apresenta como duas realidades distintas: o tempo em si e o tempo que temos; nem sempre temos todo tempo, como costumamos dizer. Outros não têm tempo pra nada e por isso mesmo nada realizam de bom, vivem na inércia.

"Na qualidade de colaboradores seus, exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação". (2Cor 6,1-2)

Conhecemos a nossa realidade, porém, além do tempo existe uma realidade para nós desconhecida e que a viveremos assim que vencermos a morte. Com a morte perdemos o tempo, mas ganhamos a eternidade, essa realidade nova e tão esperada. Nós que viviamos na carne e naturalmente, após nossa páscoa, viveremos segundo "as coisas do alto" como diz São Paulo.

Agora vemos tudo por meio da fé, então, veremos face a face como Deus é, e isso quando acabar o nosso tempo; porque nossas cortinas temporais serão fechadas independentemente do nosso querer, porém, vivendo a fé apressaremos a vinda de Jesus naquele momento, pois, para os que morrem Ele já vem imediatamente e assim se dá o julgamento pessoal: "Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo," (Hb 9,27).

Para os que se salvem essa vinda é Plenitude ou o cumprimento de todas as promessas do Senhor; mas para os que se perdem, esse momento não será nada agradável, porque cada um colherá os frutos que plantou.

"Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé". (Gl 6,7-10)

Aproveitemos bem o nosso tempo.

Paz e Bem!

Aprendi, com a vida em Deus, a aceitar-me como sou e oferecer-me todo inteiro ao Senhor para que Ele faça de mim o que lhe aprouver. Ás vezes minhas falhas e pecados tentam me impedir de cumprir tudo o que Deus quer para a minha vida.

Sinto em mim a dor do pecado, que me fragiliza, deixando a insegurança, o vazio e a exposição ao mal. Mas não aceito o pecado nem as falhas que comento, porém, procuro por meio do arrependimento sincero, atrair sobre mim a misericórdia infinita do Senhor que me faz forte e capaz de vencer a mim mesmo, nesta guerra da carne contra o espírito. Ai de nossa humanidade se não fosse o perdão obtido por Cristo na Cruz.

O que dizer diante da impotência humana frente ao mau que causamos a nós mesmos quando pecamos?

“Ninguém, quando for tentado, diga: É Deus quem me tenta. Deus é inacessível ao mal e não tenta a ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia. A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Não vos iludais, pois, irmãos meus muito amados”. (Tg 1,13-16).

“Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam”. (Tg 1,12).

Paz e Bem!

Frequentemente, por tendência nossa, medimos tudo; até nossas orações de pedidos a Deus carrega essa marca registrada nossa. Aprendemos a conviver com o limite e assim dizemos a Deus: Senhor, preciso disso e disso...e o pior é que quando não recebemos o que pedimos, às vezes, ficamos desapontados, desanimados, mesmo sem conhecermos os desígnios de Deus a nosso respeito.

Ora, em Deus não existe limites e nas virtudes que Ele nos concede também não. Por exemplo, a respeito do amor a Deus, Jesus ensina: "Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito (Dt 6,5)". (Mt 22,37). Mesma coisa com relação ao perdão: São Pedro perguntou a Jesus: "Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?" (Mt 18,21)

Resposta do Senhor:"Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete". (Mt 18,22) Ou seja, Jesus, arrancou Pedro do limite, mostrando-nos assim, que quando vivemos as virtudes, não podemos limitá-las.

Quando vivemos segundo o Espírito do Senhor, Ele nos faz experimentar, já aqui na terra, o que será a nossa vida na Glória de Deus. "O fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei". Isto é, não há limite: "Pois os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências".

Logo: "Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito". isto é, sem limites na vivência da Vontade de Deus.

Paz e Bem!