![]() 15/04/2009 10h28
O CAMINHO DE EMAÚS...
São Gregório Magno (c. 540-604), Papa, Doutor da Igreja Homilia 23 sobre o Evangelho (a partir da trad. Barroux rev.) «Os seus olhos, porém, estavam impedidos de O reconhecer» Acabais de o ouvir, irmãos caríssimos: dois discípulos de Jesus caminhavam na estrada e, não acreditando que era Ele, d'Ele falavam, porém. O Senhor apareceu-lhes, sem contudo Se lhes mostrar sob uma forma por que O pudessem reconhecer. O Senhor realizou portanto no exterior, aos olhos do corpo, o que neles se cumpria no interior, aos olhos do coração. No seu próprio interior, os discípulos amavam e duvidavam em simultâneo; no exterior, o Senhor estava presente sem no entanto manifestar Quem era. Áqueles que d' Ele falavam, oferecia a Sua presença; mas aos que duvidavam d'Ele, escondia o aspecto habitual, que lhes teria permitido reconhecê-Lo. Trocou algumas palavras com eles, reprovou-lhes a lentidão em compreender, explicou-lhes os mistérios da Sagrada Escritura que Lhe diziam respeito. E, no entanto, no coração deles continuava a ser um estranho, por falta de fé; fez então menção de seguir para diante [...]. A Verdade, que é simples, nada fez com duplicidade, mas manifestou-Se simplesmente aos discípulos no Seu corpo tal como estava no espírito deles. Com esta prova, o Senhor queria ver se os que ainda não O amavam como Deus eram ao menos capazes de O amar como viajante. A Verdade caminhava com eles; não podiam pois continuar estranhos ao amor; ofereceram-Lhe hospitalidade, propondo-Lhe que pernoitasse com eles, como se costuma fazer aos viajantes. Por que dizemos então que eles Lho propuseram, quando está escrito: «Insistiram com Ele»? Este exemplo mostra-nos bem que não devemos apenas oferecer hospitalidade aos viajantes, mas fazê-lo com insistência. Os discípulos puseram a mesa, ofereceram da sua ceia; e, não tendo reconhecido a Deus quando da Sua explicação da Sagrada Escritura, eis que O reconhecem agora, na fracção do pão. Não foi pois ao escutar os mandamentos de Deus que ficaram iluminados, mas ao pô-los em prática. Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2009 Publicado por Frei Fernando Maria em 15/04/2009 às 10h28
13/04/2009 21h30
O SEPULCRO ESTÁ VAZIO...
Papa Bento XVI - Homilia (trad. © L'Osservatore Romano rev.) «Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus» (Jo 20, 17) Na atmosfera da alegria pascal, a liturgia conduz-nos ao sepulcro onde, como nos conta São Mateus, Maria de Magdala e a outra Maria, conduzidas pelo amor que tinham por Jesus, tinham ido visitar o seu túmulo. O evangelista narra que Ele veio ao encontro delas e que lhes disse: «Não temais, ide anunciar aos meus irmãos que devem ir até à Galileia; lá me verão.» Foi realmente uma alegria indescritível que elas demonstraram ao rever o Senhor e, cheias de entusiasmo, foram a correr participar o acontecimento aos discípulos. A ressurreição repete-nos a nós também, como a estas mulheres que permaneceram junto de Jesus durante a Sua paixão, que não tenhamos medo de nos tornarmos mensageiros para anunciar a ressurreição. Aquele que encontra Jesus ressuscitado e que se entrega a Ele docilmente não tem nada a temer. Tal é a mensagem que os cristãos são chamados a difundir até aos confins da terra. A fé cristã, como sabemos, nasce, não da aceitação de uma doutrina, mas do encontro com uma pessoa, com Cristo morto e ressuscitado. Na nossa existência quotidiana, temos diversas ocasiões de comunicar a nossa fé aos outros de uma maneira simples e convicta, de tal forma que a fé possa nascer neles devido à nossa atitude. Paz e Bem! Publicado por Frei Fernando Maria em 13/04/2009 às 21h30
12/04/2009 00h17
"ESTE É O DIA QUE O SENHOR FEZ PARA NÓS...
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo CC Sermão 53, sobre o salmo 117 ; PL 57, 361 (trad. coll. Migne n° 65, p. 126) «Este é o dia que o Senhor fez, exultemos e cantemos de alegria» «Este é o dia que o Senhor fez, exultemos e cantemos de alegria» (Sl 117, 24). Não é por acaso, meus irmãos, que lemos hoje este salmo em que o profeta nos convida à alegria, em que o santo David convida toda a criação a celebrar este dia; porque hoje a ressurreição de Cristo abriu a mansão dos mortos, os novos baptizados da Igreja rejuvenesceram a terra, o Espírito Santo mostrou o céu. O inferno, aberto, devolve os seus mortos; a terra, rejuvenescida, faz eclodir os ressuscitados; e o céu abre-se em toda a sua grandeza para acolher aqueles que a ele ascendem. O ladrão subiu ao paraíso (Lc 23, 43); os corpos dos santos entram na cidade santa (Mt 27, 53). [...] À ressurreição de Cristo, todos os elementos se elevam, com uma espécie de impulso, até às alturas. O inferno entrega aos anjos aqueles que mantinha presos, a terra envia para o céu aqueles que cobria, o céu apresenta ao Senhor aqueles que acolheu. [...] A ressurreição de Cristo é vida para os defuntos, perdão para os pecadores, glória para os santos. Assim, o grande David convida toda a criação a festejar a ressurreição de Cristo, incita-a a exultar de alegria neste dia que o Senhor fez. Dir-me-eis talvez [...] que o céu e o inferno não foram estabelecidos no dia deste mundo; como podemos então pedir aos elementos que celebrem um dia com o qual nada têm de comum? O certo é que este dia que o Senhor fez tudo penetra, tudo contém, abraçando o céu, a terra e o inferno! A luz que é Cristo não foi detida pelas paredes, não foi abalada pelos elementos, não foi ensombrada pelas trevas. A luz de Cristo é um dia sem noite, um dia sem fim. Por toda a parte resplandece, por toda a parte brilha, em toda a parte permanece. PAZ E BEM! Publicado por Frei Fernando Maria em 12/04/2009 às 00h17
09/04/2009 22h53
MORRER NÃO É O FIM...
Morrer não é o fim, mas o começo da verdadeira vida, pois, em seu amor de Pai, Deus nos criou dotados de uma alma eterna e com todas as possibilidades da salvação, contanto que correspondamos à sua bondade com nossa própria vida. Aqui o Senhor nos dispôs para vivermos em comunhão com Ele e entre nós e assim testemunharmos a unidade que revela sua atuação na obra da criação. À medida que vivemos segundo os seus Mandamentos e as virtudes que nos deu, sentimos de imediato os efeitos da sua presença e com isso Ele nos convida a amarmos sem medidas porque o amor é a Virtude por excelência que nos identifica como seus filhos e filhas. Mas chegará um tempo em que as criaturas por não mais amarem o seu Criador e não amarem a si mesmas, se autodestruirão; porque a única força criativa é o amor; enquanto que o ódio é um veneno espiritual mortal que cega as criaturas fazendo-as praticar toda espécie de maldades, tornado-as insuportáveis. Porém, aqueles que resistirem, por meio da piedade e santidade de vida, às forças do mal, tornar-se-ão mártires do Reino dos Céus pela fidelidade e obediência a Deus que os ama com eterno amor. Feliz Páscoa! PAZ E BEM! Publicado por Frei Fernando Maria em 09/04/2009 às 22h53
08/04/2009 11h22
PALAVRAS DE SANTA EXORTAÇÃO DE SÃO FRANCISCO AOS FRADES
Irmãos diletíssimos e filhos eternamente benditos, ouvi-me, ouvi a voz do vosso Pai: Grandes coisas prometemos: maiores nos foram prometidas. Observemos aquelas: suspiremos por estas. Breve é o prazer: a pena, perpétua. Pequeno é o sofrimento: mas a glória, infinita. Muitos são os chamados: poucos os escolhidos. Para todos há retribuição! Irmãos, enquanto tivermos tempo, façamos o bem. (2Cel 191). Paz e Bem! Publicado por Frei Fernando Maria em 08/04/2009 às 11h22
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