FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
13/05/2010 10h22
ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS
ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS
 
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja - Sermão Maio, 98, 1, 2: PLS 2, 494-495
 
Já estamos com Ele
 
Hoje, Nosso Senhor Jesus Cristo elevou-Se ao céu; que o nosso coração se eleve com Ele. Ouçamos o que nos diz o apóstolo Paulo: «Portanto, já que fostes ressuscitados com Cristo, procurai as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus» (Col 3, 1).
 
Assim como Jesus Se elevou sem com isso Se afastar de nós, do mesmo modo nós estamos já com Ele apesar de a Sua promessa ainda não se ter realizado na nossa carne. Ele já foi elevado acima dos céus; contudo, sofre na terra todas as penas que nós, os Seus membros, sentimos. Disso deu testemunho quando exclamou do alto: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?» (Act 9, 4), e ainda: «Tive fome, e destes-Me de comer» (Mt 25, 35). Por que não trabalhamos na terra de modo a descansarmos, pela fé, pela esperança e pela caridade que nos unem a Ele, desde já com Ele no céu?
 
Ele, que está lá, está também conosco, e nós, que estamos aqui, estamos também com Ele. Ele pode fazê-lo devido à Sua divindade, ao Seu poder, ao Seu amor; e nós, se não o podemos fazer pela divindade, podemos fazê-lo pelo amor. Ele não abandonou o céu quando desceu até nós, e não nos abandonou quando subiu ao céu. [...] Permanece conosco, mesmo estando no alto, pois prometeu-no-lo antes da Sua Ascensão, dizendo: «Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20).
 
Paz e Bem!
 
         ©Evangelizo.org 2001-2010

Publicado por Frei Fernando Maria em 13/05/2010 às 10h22
 
11/05/2010 09h31
A ALEGRIA FRANCISCANA
A ALEGRIA FRANCISCANA
 
«Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a Minha alegria.»
 
São Francisco afirmava: «Contra todas as maquinações e ardis do inimigo, a minha melhor defesa continua a ser o espírito da alegria. O diabo nunca fica tão contente como quando consegue arrebatar a alegria à alma de um servo de Deus. Ele tem sempre uma reserva de poeira que sopra na consciência através de qualquer orifício, para tornar opaco o que é límpido; mas em vão tenta introduzir o seu veneno mortal num coração repleto de alegria. Os demônios não podem nada contra um servo de Cristo que encontram repleto de santa alegria; enquanto uma alma desgostosa, melancólica e deprimida se deixa facilmente submergir pela tristeza ou absorver por prazeres enganosos.»
 
Eis por que ele mesmo se esforçava por manter sempre o coração alegre, por conservar esse óleo da alegria com o qual a sua alma tinha sido ungida (Sl 44, 8). Tinha grande cuidado em evitar a tristeza, a pior das doenças, e, quando sentia que ela se começava a infiltrar na sua alma, recorria imediatamente à oração. «À primeira perturbação, dizia ele, o servo de Deus deve levantar-se, pôr-se em oração e permanecer diante do Pai até que Ele lhe faça recuperar a alegria própria daquele que foi salvo» (Sl 50,14). [...]
 
Com os meus próprios olhos o vi eu por vezes apanhar do chão um pedaço de madeira, colocá-lo sobre o braço esquerdo e raspá-lo com um pau como se tocasse com o arco na viola; assim, fazia de conta que acompanhava [com música] os louvores que cantava ao Senhor em francês.
 
Paz e Bem!
 
Fonte: Tomás de Celano (c. 1190-c. 1260), biógrafo de São Francisco e de Santa Clara - Vita Secunda de São Francisco, §§ 125 e 127 (a partir da trad. de Debonnets et Vorreux, Documents, p.430).

Publicado por Frei Fernando Maria em 11/05/2010 às 09h31
 
10/05/2010 11h45
VINDE ESPÍRITO SANTO...
QUANDO VIER O PARÁCLITO, O ESPÍRITO DA VERDADE...
ENSINA-VOS-A TUDO A MEU RESPEITO...
 
Paulo VI, Papa de 1963 a 1978
Exortação apostólica «Evangelii nuntiandi», cap. 7, § 75 - Copyright © Libreria Editrice Vaticana
 
«Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, [...] Ele dará testemunho a Meu favor>>.
 
Repleta do conforto do Espírito Santo, a Igreja vai crescendo. Ele é a alma desta mesma Igreja. É Ele que faz com que os fiéis possam entender os ensinamentos de Jesus e o Seu mistério. Ele é Aquele que, hoje ainda, como nos inícios da Igreja, age em cada um dos evangelizadores que se deixa possuir e conduzir por Ele, e põe na sua boca as palavras que ele sozinho não poderia encontrar, ao mesmo tempo que predispõe a alma daqueles que escutam, a fim de a tornar aberta e acolhedora para a Boa Nova e para o reino anunciado.
 
As técnicas da evangelização são boas, obviamente; mas ainda as mais aperfeiçoadas não podem substituir a ação discreta do Espírito Santo. A preparação mais apurada do evangelizador nada faz sem Ele. De igual modo, a dialética mais convincente, sem Ele, permanece impotente em relação ao espírito dos homens. E ainda os mais bem elaborados esquemas com base sociológica e psicológica, sem Ele, em breve se demonstram desprovidos de valor.
 
Vivemos na Igreja um momento privilegiado do Espírito. Procura-se por toda a parte conhecê-Lo melhor, tal como a Escritura O revela. De bom grado as pessoas se colocam sob a Sua moção. Fazem-se assembleias em torno Dele. Aspira-se, enfim, a deixar-se conduzir por Ele. É um fato que o Espírito de Deus tem um lugar eminente em toda a vida da Igreja; mas é na missão evangelizadora da mesma Igreja que Ele mais age.
 
Não foi por acaso que o grande ponto de partida da evangelização sucedeu na manhã do Pentecostes, sob a inspiração do Espírito. Pode-se dizer que o Espírito Santo é o agente principal da evangelização [...]. Mas pode-se dizer igualmente que Ele é o termo da evangelização: de fato, é Ele que suscita a nova criação, a humanidade nova que a evangelização há de ter como objetivo, com a unidade na variedade que a mesma evangelização intenta promover na comunidade cristã. Através Dele, do Espírito Santo, o Evangelho penetra no coração do mundo, porque é Ele que faz discernir os sinais dos tempos - os sinais de Deus -, que a evangelização descobre e valoriza no interior da história (e da vida de cada um de nós).
 
Paz e Bem! 
 
         ©Evangelizo.org 2001-2010

Publicado por Frei Fernando Maria em 10/05/2010 às 11h45
 
07/05/2010 09h36
AMOR & UNIDADE
AMOR & UNIDADE
 
Doroteu de Gaza (c.500-?), monge na Palestina
Instruções, VI, 76-78 (a partir da trad. SC 92, p. 281-287)
 
Amar a Deus e ao próximo
 
Quanto mais unidos estamos ao próximo, mais unidos estamos a Deus. Vou dar-vos uma imagem retirada dos Padres para compreenderdes o sentido destas palavras. Pensai num círculo traçado no chão, isto é, numa linha feita com um compasso, a partir de um centro; ao meio do círculo chama-se justamente centro. Aplicai o vosso espírito ao que vos digo. Imaginai que este círculo é o mundo, que o centro é Deus, e os raios são as diferentes vias ou maneiras de viver dos homens.
 
Quando os santos, desejando aproximar-se de Deus, se dirigem para o meio do círculo, na medida em que penetram no seu interior, aproximam-se uns dos outros ao mesmo tempo que se aproximam de Deus. Quanto mais se aproximam de Deus, mais se aproximam uns dos outros; e, quanto mais se aproximam uns dos outros, mais se aproximam de Deus.
 
E compreendeis que o mesmo acontece em sentido inverso, quando as pessoas se afastam de Deus para se retirar para o exterior; é então evidente que, quanto mais se afastam de Deus, mais se afastam uns dos outros, e, quanto mais se afastam uns dos outros, mais se afastam também de Deus.
 
Tal é a natureza da caridade. Na medida em que estamos no exterior e não amamos a Deus, nessa medida, distanciamo-nos do próximo. Mas, se amamos a Deus, quanto mais nos aproximamos Dele pela caridade, tanto mais comunicamos a caridade ao próximo; e, quanto mais unidos estamos ao próximo, mais unidos estamos a Deus.
 
Paz e Bem!
        
©Evangelizo.org 2001-2010

Publicado por Frei Fernando Maria em 07/05/2010 às 09h36
 
05/05/2010 07h54
PARA QUE DÊS FRUTOS NO TEMPO CERTO
Bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Sahara - Meditações sobre os salmos, Sl 1

Dar fruto a seu tempo

«Feliz do homem que [...] medita na Lei do Senhor dia e noite. É como uma árvore plantada à beira das correntes, que dá o seu fruto na estação própria» (Sl 1, 1-3). Meu Deus, vós dizeis-me que eu serei feliz, feliz com a verdadeira felicidade, feliz no último dia [...], que, por mais miserável que seja, sou uma palmeira plantada à beira das águas vivas, das águas vivas da vontade divina, do amor divino, da graça [...], e que darei o meu fruto a seu tempo.

Dignai-Vos consolar-me; sinto-me sem fruto, sinto-me sem boas obras, digo a mim próprio: converti-me há onze anos, e que tenho feito? O que foram as obras dos santos e quais são as minhas? Vejo-me de mãos vazias de bem.

Dignai-Vos consolar-me: «Tu darás fruto no teu tempo», dizeis-me. [...] Qual é esse tempo? O tempo de todos nós é o dia do juízo final; e Vós prometeis-me que, se persistir na boa vontade e no combate, por mais pobre que me veja, terei frutos nessa hora derradeira.

Paz e Bem!

    ©Evangelizo.org 2001-2010

Publicado por Frei Fernando Maria em 05/05/2010 às 07h54



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