FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
26/04/2009 12h49
"SOU EU MESMO".
São Gregório Magno (c. 540-604), papa e Doutor da Igreja
Homilias sobre os Evangelhos, n°26; PL 76,1197 (trad. Barroux rev.; cf. Delhougne, p. 204).

 
«Sou Eu mesmo. Tocai-me»
 
Como é que o corpo do Senhor, uma vez ressuscitado, continuou a ser um corpo verdadeiro, podendo, ao mesmo tempo, entrar no local onde os discípulos se encontravam, apesar de as portas estarem fechadas? Devemos estar cientes de que a ação divina não teria nada de admirável se a razão humana a pudesse compreender e que a fé não teria mérito se o intelecto lhe fornecesse provas experimentais.
 
Sendo, por si mesmas, incompreensíveis, tais obras do nosso Redentor devem ser meditadas à luz das outras ações do Senhor, de tal forma que sejamos levados a acreditar nestes Seus feitos maravilhosos por força daqueles que ainda o são mais.
 
Porque o corpo do Senhor, que se juntou aos discípulos não obstante estarem as portas fechadas, é o mesmo que a Natividade tornou visível aos homens, ao sair do seio fechado da Virgem. Por isso, não vale a pena ficarmos admirados de que o nosso Redentor, após ressuscitado para a vida eterna, tenha entrado, estando embora as portas fechadas, porque, tendo vindo ao mundo para morrer, saiu do seio da Virgem, sem o abrir.

E, como a fé daqueles que O viam permanecia hesitante, o Senhor fê-los tocar essa carne que Ele fizera atravessar portas fechadas [...]. Ora, aquilo que podemos tocar é necessariamente corruptível, e o que não é corruptível é intocável. Porém, após a Sua ressurreição, o nosso Redentor deu-nos a possibilidade de ver, de uma forma maravilhosa e incompreensível, um corpo, a um tempo, incorruptível e palpável.

 
Mostrando-o incorruptível, convidava-nos à recompensa; dando-o a tocar, confirmava-nos na fé. Assim, fez com que O víssemos tão incorruptível como palpável, para manifestar, firmemente, que o Seu corpo ressuscitado continuava a ter a mesma natureza, mas tinha sido elevado a uma glória absolutamente diferente.
 
Paz e Bem!
 
©Evangelizo.org 2001-2009
 


Publicado por Frei Fernando Maria em 26/04/2009 às 12h49
 
24/04/2009 08h43
O MILAGRE DOS PÃES
Santo Efrém (c. 306-373), diácono na Síria, Doutor da Igreja
Diatesseron, 12, 4-5, 11 (trad. SC 121, pp. 214ss.)


«Encheram doze cestos com os pedaços que sobejaram»

Num abrir e fechar de olhos, o Senhor multiplicou um pouco de pão. Aquilo que os homens fazem em dez meses de trabalho, os seus dez dedos fizeram num instante. [...] Todavia, não foi pelo Seu poder que Ele mediu o alcance do milagre, mas pela fome  dos que ali estavam. Se o milagre tivesse sido avaliado pela medida do Seu poder, teria sido impossível avaliá-lo; medido pela fome daqueles milhares de homens, o milagre excedeu os doze cestos. A capacidade dos artesãos não excede a dos clientes, é-lhes impossível corresponder a tudo o que lhes é pedido. As realizações de Deus, pelo contrário, superam todo o desejo. [...]

Saciados no deserto como outrora os israelitas pela oração de Moisés, eles exclamaram: «Este é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!» Faziam alusão às palavras de Moisés: «O Senhor vos suscitará um profeta», não um qualquer, mas «um profeta como eu» (Dt 18, 15), que vos saciará de pão no deserto. Como eu, caminhou sobre o mar, apareceu na nuvem luminosa (Mt 17, 5), libertou o Seu povo. Ele entregou Maria a João, como Moisés entregou o seu rebanho a Josué. [...]

Mas o pão de Moisés não era perfeito; foi dado unicamente aos israelitas. Querendo significar que o Seu dom é superior ao de Moisés e o apelo às nações mais perfeito, nosso Senhor disse: «se alguém comer deste pão, viverá eternamente», porque «o pão de Deus desceu do Céu» e foi dado ao mundo inteiro (Jo 6, 51).

Paz e Bem!

    ©Evangelizo.org 2001-2009
 

Publicado por Frei Fernando Maria em 24/04/2009 às 08h43
 
20/04/2009 18h58
RECEBEI O ESPÍRITO SANTO
Missal Romano
Oração para a bênção da água baptismal durante a Vigília Pascal

Renascer da água e do espírito

Senhor Nosso Deus: pelo Vosso poder invisível, realizais maravilhas nos Vossos sacramentos. Ao longo dos tempos, preparastes a água para manifestar a graça do Batismo. Logo no princípio do mundo, o Vosso Espírito pairava sobre as águas, prefigurando o seu poder de santificar.

Nas águas do dilúvio, destes-nos uma imagem do Batismo, sacramento da vida nova, porque as águas significam ao mesmo tempo o fim do pecado e o princípio da santidade. Aos filhos de Abraão fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho, para que esse povo, liberto da escravidão, fosse a imagem do povo santo dos baptizados.

O Vosso Filho, Jesus Cristo, ao ser baptizado por João Baptista nas águas do Jordão, recebeu a unção do Espírito Santo; suspenso na cruz, do Seu lado aberto fez brotar sangue e água e, depois de ressuscitado, ordenou aos Seus discípulos: «Ide e ensinai todos os povos e baptizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19).

Olhai agora, Senhor, para a Vossa Igreja e dignai-Vos abrir para Ela a fonte do batismo. Receba esta água, pelo Espírito Santo, a graça do Vosso Unigénito, para que o homem, criado à Vossa imagem, no sacramento do baptismo seja purificado das velhas impurezas e ressuscite homem novo pela água e pelo Espírito Santo.

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 20/04/2009 às 18h58
 
17/04/2009 12h26
VOLTA AO NOSSO EU ORIGINAL...
Deus quando nos criou, nos fez potencialmente felizes, plenos de seus dons e frutos, para o louvor de sua glória e realização de nosso ser. Mas, após a queda (o pecado), sofremos as conseqüências de nossos atos, que, na maioria das vezes, são práticas onde buscamos apenas satisfações meramente instintivas. Porém, em sua bondade infinita, o Senhor nos perdoa e nos dá a sua paz na medida de nosso arrependimento e desprendimento do pecado.
 
Vivemos num mundo hedonista e consumista onde a medida do ter, do poder e do prazer nunca enche; mas, ao que parece, quanto mais se consome e se busca o ter e o prazer indiscriminadamente, mais aumenta o vazio existencial deixando um rastro de doenças psicossomáticas, tais como: insônia, depressão, fobias, manias, tédios, ansiedades, inseguranças etc. E qual a solução pra tudo isso? A fé.
 
Crer significa aderir, pertencer, viver intensamente de acordo com a vontade de Deus. Quem vive a fé e da fé, experimenta “as coisas do alto”, isto é, os frutos do Espírito Santo que nos tornam pessoas realizadas, verdadeiros filhos e filhas de Deus; é a volta ao nosso “eu” original, à interação-comunhão com o amor do Senhor expresso em toda a criação.
 
Paz e Bem!


Publicado por Frei Fernando Maria em 17/04/2009 às 12h26
 
16/04/2009 10h12
CAMINHOS PARA ENTRAR NA VIDA ETERNA

São João Crisóstomo (cerca 345-407), bispo de Antioquia e de Constantinopla, doutor da Igreja
 
Quereis que vos indique os caminhos da conversão? São numerosos, variados e diferentes, mas todos conduzem ao céu. O primeiro caminho da conversão é a condenação das nossas faltas. "Aviva a tua memória, entremos em juízo; fala para te justificares!" (Is 43,26). E é por isso que o profeta dizia: "Eu disse: «confessarei os meus erros ao Senhor» e Vós perdoastes a culpa do meu pecado" (Sl 31,5). Condena, pois, tu próprio, as faltas que cometeste, e isso será suficiente para que o Senhor te atenda. Com efeito, aquele que condena as suas faltas, tem a vantagem de recear tornar a cair nelas...
 
Há um segundo caminho, não inferior ao referido, que é o de não guardar rancor aos nossos inimigos, de dominar a nossa cólera para perdoar as ofensas dos nossos companheiros, porque é assim que obteremos o perdão das que nós cometemos contra o Mestre; é a segunda maneira de obter a purificação das nossas faltas. "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós" (Mt 6,14).
 
Queres conhecer o terceiro caminho da conversão? É a oração fervorosa e perseverante que tu farás do fundo do coração. O quarto caminho é a esmola; ela tem uma força considerável e indizível. Em seguida, a modéstia e a humildade não são meios inferiores para destruir os pecados pela raiz. Temos como prova disso o publicano que não podia proclamar as suas boas ações, mas que as substituiu todas pela oferta da sua humildade e entregou assim o pesado fardo das suas faltas (Lc 18,9s).
 
Acabamos de indicar cinco caminhos de conversão... Não fiques, pois, inativo, mas em cada dia utiliza-os.
 
PAZ E BEM!


Publicado por Frei Fernando Maria em 16/04/2009 às 10h12



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