FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
29/09/2008 01h30
«BENDIZEI AO SENHOR, TODOS OS SEUS ANJOS, SEMPRE DÓCEIS À SUA PALAVRA» (SL 103,20)

Muitas páginas da Sagrada Escritura atestam que os anjos existem... Mas é preciso saber que a palavra «anjo» designa a sua função: ser mensageiro. E chamam-se «arcanjos» os que anunciam os acontecimentos mais importantes. É assim que o arcanjo Gabriel é enviado à Virgem Maria; para esta função, para anunciar o maior de todos os acontecimentos, impunha-se enviar um anjo da mais elevada categoria...
 
Semelhantemente, quando se trata de estender um poder extraordinário, é Miguel que é o enviado. Com efeito, a sua ação como o seu nome, querem dizer: «Quem é como Deus?», fazem compreender aos homens que ninguém pode fazer o que pertence apenas a Deus realizar. O antigo inimigo, que desejou por orgulho fazer-se semelhante a Deus, dizia: «Subirei aos céus, estabelecerei o meu trono acima das estrelas de Deus, serei semelhante ao Altíssimo» (Is. 14,13).
 
Mas o Apocalipse diz-nos que no fim dos tempos, assim que ele for abandonado à sua própria força, antes de ser eliminado pelo suplício final, deverá combater contra o arcanjo Miguel: «Travou-se uma batalha no céu: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o Dragão. E o Dragão também combatia juntamente com os seus anjos. Mas não prevaleceram; o Dragão e os seus anjos foram precipitados na terra» (Ap 12, 7-9).
 
À Virgem Maria, foi pois Gabriel, cujo nome significa «Força de Deus», que foi enviado; não vinha ele anunciar aquele que quisera manifestar-se num condição humilde, para triunfar do orgulho do demônio?  Era pois pela «Força de Deus» que devia ser anunciado aquele que vinha como «o Senhor forte e poderoso, o Senhor herói nas batalhas» (Sl 24,8).
 
Quanto ao arcanjo Rafael, o seu nome significa «Deus cura». Com efeito, foi ele que libertou da escuridão os olhos de Tobias, tocando-os como um médico vindo do alto (Tb 12,14). Aquele que foi enviado para tratar o justo na sua enfermidade bem pode ser apelidado de «Deus cura». (S. Gregório o Grande (c. 540-604), papa e doutor da Igreja - Catequeses sobre o Evangelho, 34, 8-9).
 
Paz e Bem

 


Publicado por Frei Fernando Maria em 29/09/2008 às 01h30
 
27/09/2008 22h43
O ARREPENDIMENTO VERDADEIRO É QUE NOS LEVA À CONVERÇÃO

As portas estão abertas a todo aquele que, em sinceridade, com o coração, se voltar para Deus, e o Pai recebe com alegria um filho que verdadeiramente se arrependa. Qual é o sinal do arrependimento verdadeiro? Não voltar a cair em velhos erros e arrancar do coração, pela raiz, os pecados que nos punham em perigo de morte.
 
Quando estes estiverem apagados, Deus virá habitar-nos. Porque, como diz a Escritura, um pecador que se converte e se arrepende encontrará no Pai e nos anjos do céu uma imensa e incomparável alegria (Lc 15,10).
 
Eis por que o Senhor disse: «Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios » (Os 6, 6; Mt 9,13); « Não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim na sua conversão » (Ez 33,11). «Mesmo que os vossos pecados sejam como escarlate, tornar-se-ão brancos como a neve.  Mesmo que sejam vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã.» (Is 1, 18).
 
Só Deus, de fato, pode remir os pecados e não imputar erros, ainda que o Senhor Jesus nos exorte a perdoar, em cada dia, aos irmãos que se arrependem. E se nós, que somos maus, sabemos dar coisas boas aos outros (Mt 7,11), quanto não será capaz de dar «o Pai das misericórdias» (2 Cor 1,3)?
 
O Pai de toda a consolação, que é bom, cheio de compaixão, de misericórdia e de paciência por natureza, espera os que se convertem. E a verdadeira conversão supõe que deixemos de pecar e que não olhemos mais para trás [...]. Lamentemos amargamente, pois, os erros cometidos e peçamos ao Pai que os esqueça. Ele pode, na sua misericórdia, desfazer o que foi feito e, com o orvalho do Espírito, apagar as nossas faltas passadas.
 
Clemente de Alexandria (150 - c.215), teólogo

Homilia «Que rico será salvo?», 39-40

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 27/09/2008 às 22h43
 
22/09/2008 00h06
ESCUTA, ESCUTA...

"Escuta em silêncio. Porque o teu coração transborda com um milhão de coisas, tu não podes escutar nele a voz de Deus. Mas assim que te pões à escuta da voz de Deus no teu coração pacificado, ele enche-se de Deus. Isso requer muitos sacrifícios. Se pensamos que queremos rezar, temos de nos preparar para isso. Sem desfalecimento. Não são senão as primeiras etapas em direcção à oração, mas se não as concluímos com determinação, nunca alcançaremos a última etapa, a presença de Deus".

"É por isso que a aprendizagem deve ser feita desde o início: colocar-se à escuta da voz de Deus no seu coração; e, no silêncio do coração, Deus põe-se a falar. Depois, da plenitude do coração sobe o que a boca deve dizer. Aí opera-se a fusão. No silêncio do coração, Deus fala e tu só tens que escutar. Depois, uma vez que o teu coração entra em plenitude, porque ele se encontra repleto de Deus, repleto de amor, repleto de compaixão, repleto de fé, compete à tua boca pronunciar-se".

"Lembra-te, antes de falares, que é necessário escutar e só então, das profundezas de um coração aberto, podes falar e Deus entende-te". Bem aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
No Greater Love (trad. Não há amor maior)


Somente um coração que sabe escutar a Deus é que sabe também falar inspirado por Ele, visto que deixa-se inebriar por sua Sabedoria. Nada mais profundo nesta terra do que a escuta do Senhor e nada se compara às suas palavras eternas; pois elas são fonte de iluminação das almas santas.

Portanto, escuta, escuta e deixa-te tomar pelo alento eterno do Senhor que quer tão somente te santificar.

Paz e Bem!


Publicado por Frei Fernando Maria em 22/09/2008 às 00h06
 
09/09/2008 11h11
PRECISAMOS ENCONTRAR DEUS


 

“Precisamos encontrar Deus, e não é na agitação nem no barulho que o encontramos. Deus é o amigo do silêncio. Em que tamanho silêncio não crescem as árvores, as flores e a erva! Em que tamanho silêncio não se movem as estrelas, a lua e o sol! Não é nossa missão dar Deus aos pobres dos casebres? Não um Deus morto, mas um Deus vivo e que ama”.

 

 

 

“Quanto mais recebermos na oração silenciosa, mais podemos dar na nossa vida ativa. Precisamos de silêncio para sermos capazes de tocar as almas. O essencial não é o que dizemos, mas o que Deus nos diz e o que diz através de nós. Todas as palavras que dissermos serão vãs se não vierem do mais íntimo; as palavras que não transmitem a luz de Cristo aumentam as trevas”. Beata Teresa de Calcutá (1910-1997).

 

 

 

“Os nossos progressos na santidade dependem de Deus e de nós próprios, das graças de Deus e da própria vontade que temos de ser santos. Temos de assumir o compromisso vital de atingir a santidade. «Quero ser santo» significa: quero desligar-me de tudo o que não é Deus, quero despojar o coração de todas as coisas criadas, quero viver na pobreza e no despojamento, quero renunciar à minha vontade, às minhas inclinações, caprichos e gostos, e tornar-me o dócil servo da vontade de Deus”. Beata Teresa de Calcutá (1910-1997).

 

 

 

Eis o que é preciso fazer e viver para nos conformarmos a Cristo Jesus e assim assumirmos a nossa filiação divina desde já, pois, essa é a vontade do Senhor a nosso respeito. Quem encontra Deus no silêncio e vive na sua presença constantemente, experimenta o mais salutar dos prazeres: amar a Deus com toda a vida. Nada se compara a uma alma perfeitamente unida a Deus pelo amor e isso só é possível mediante a submissão a ele que nos amou primeiro.

 

 

 

O amor é o fundamento de toda a criação e tudo o que se faz na vida que não tenha o aval do amor, torna-se lixo imprestável, torna-se contradição, perversão, perdição e tudo o que não condiz com aquilo para o qual Deus nos criou. Portanto, no amor de Deus está a fonte da vida e quem se deixa amar por Ele, amando-o até o fim, deixa-se conduzir pelo Seu Espírito que nos eleva em santidade e justiça até atingirmos a perfeição do Seu Reino Eterno.

 

 

 

Paz e Bem!

 

 


Publicado por Frei Fernando Maria em 09/09/2008 às 11h11
 
07/08/2008 11h03
O MISTÉRIO DA INIQUIDADE
Nós, os filhos e filhas de Deus, estamos cercados por todos os lados pelo mistério da iniqüidade presente neste mundo, isso é inegável; não condenamos quem quer que seja por não viver a mesma dimensão de fé que vivemos, porém, não podemos fechar os olhos para esse mistério do mal que se alastra em nosso meio, como joio a atrapalhar o crescimento do trigo de nossa existência.
 
 

Eis o que S. Paulo escreveu sobre isto: “Porque o mistério da iniqüidade já está em ação, apenas esperando o desaparecimento daquele que o detém. Então o tal ímpio se manifestará. Mas o Senhor Jesus o destruirá com o sopro de sua boca e o aniquilará com o resplendor da sua vinda".

"A manifestação do ímpio será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda a sorte de portentos, sinais e prodígios enganadores. Ele usará de todas as seduções do mal com aqueles que se perdem, por não terem cultivado o amor à verdade que os teria podido salvar”. (2Tess 2,7-9).

 
 Caríssimos, urgentemente precisamos ficar atentos a tudo aquilo que tenta inibir a graça de Deus em nós; para isto precisamos ouvir o que o Senhor nos ensina, pois, quando ouvimos e praticamos os seus conselhos divinos, nos tornamos participantes diretos do seu Reino; porque fazer parte do Reino é viver o que é próprio do Reino e isso só é possível quando fazemos à vontade de Deus, expressa nos seus mandamentos e nas palavras e exemplo do Seu Filho Jesus.
 
 
 

Porque “Não são carnais as armas com que lutamos. São poderosas, em Deus, capazes de arrasar fortificações. Nós aniquilamos todo raciocínio e todo orgulho que se levanta contra o conhecimento de Deus, e cativamos todo pensamento e o reduzimos à obediência a Cristo. Estamos prontos também para castigar todos os desobedientes, assim que for perfeita a vossa obediência”. (2Cor 10,4-6).

 
 Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 07/08/2008 às 11h03



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