FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
04/04/2007 10h10
A CRUZ
A cruz que Jesus carregou, demonstra que ninguém vem a esse mundo sem a sua cruz, mesmo sendo o mais justo e santo dos homens. Nenhum ser humano escapa dos infortúnios ou provações comum à nossa natureza mortal; essa é uma realidade constatada pela experiência humana em todas as áreas de nossa existência.

Sofrimentos são os mais diversos, sejam eles causados por nós mesmos ou por outrem; sejam aqueles inerentes à própria natureza. O fato é que, onde quer que exista um ser humano, existe também a marca registrada da cruz.

Isso não quer dizer que não podemos ser felizes por causa desta constatação, contudo, podemos afirmar que a felicidade aqui vivida é apenas uma sombra da verdadeira felicidade que o Senhor reserva para nós no Seu Reino.

A Cruz de Jesus é para nós sinônimo de amor acima de tudo, obediência até as últimas conseqüências, autenticidade, transparência, confiança, entrega, intimidade e muitas outras virtudes que nos elevam acima dos sofrimentos e cruzes que se nos apresenta ao longo da vida.

Carregar com Cristo a cruz de cada dia, é segui-lo em meio a esse mundo contraditório, é viver transparentemente com os olhos fixos nele, “autor e consumador de nossa fé”; é ser fiel à vontade do Pai custe o que custar, mesmo que seja a própria vida, contanto que se realize o plano da salvação e que Deus seja glorificado em todo o nosso viver.

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 04/04/2007 às 10h10
 
02/04/2007 23h46
A VERDADEIRA SABEDORIA
A prudência nos ensina que a vida é uma herança eterna e felizes são aqueles que não vivem para si mesmos, mas para Deus; tudo passa com o tempo e com ele nós também passamos; saber ouvir e interpretar os sinais dos tempos, não segundo os próprios critérios ou interesses, mas segundo a verdade que é Cristo e o seu amor que se imola para fazer a vontade do Pai pela cruz, é o que constitui a verdadeira sabedoria.

Quem vive segundo o Espírito de Deus nunca emite opiniões a partir de si mesmo, porque sabe que as palavras ditas já são eternas, sejam elas verdadeiras ou falsas.

Desse modo, viver a filiação divina é sentir-se filho e acolher os filhos pródigos sem ciúmes ou raivas; aliviando-os de suas dores, alegrando-se com eles na festa preparada pelo Pai por sua volta ao Reino.

Nunca nos esqueçamos que por maior que seja o nosso esforço para fazermos o bem, sem a graça de Deus, esse bem não é nada. "Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. Não provém das obras, para que ninguém se glorie. Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos". (Ef 2,8-10)

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 02/04/2007 às 23h46
 
29/03/2007 10h48
VIVER SEGUNDO O ESPÍRITO DE DEUS
Ao criar o homem, Deus o criou em estado de graça, gozando da verdadeira liberdade; a tudo via com transparência e por isso nomeava todos os seres, porque gozava da amizade do Senhor.

Porém, quando perdeu o estado de graça, por causa do pecado, esse mesmo homem deixou de comungar com o seu Criador e passou a viver limitado pela opressão que o pecado lhe impunha. Ainda hoje vivemos esse drama terrível.

Todavia, "De agora em diante, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo. A lei do Espírito de Vida nos libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte”.

“Deus, enviando, por causa do pecado, o seu próprio Filho numa carne semelhante à do pecado, condenou o pecado na carne, a fim de que a justiça, prescrita pela lei, fosse realizada em nós, que vivemos não segundo a carne, mas segundo o espírito".

“Ora, a aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do espírito é a vida e a paz. Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus". (Rm 8, 1-8) Só gozam do seu favor por causa da vida que receberam, mas se permanecerem no pecado, perderão também esse dom.

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 29/03/2007 às 10h48
 
27/03/2007 11h38
SOB TUA PROTEÇÃO, SENHOR!
Bem-aventurados são aqueles e aquelas que recebem as graças prometidas por viverem buscando em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça. Aqui, somos como o filho pródigo da parábola; cansados da nossa maneira de viver longe do Senhor, voltamos à Ele profundamente arrependidos desejando que somente a Sua Vontade se cumpra doravante.

Como é bom saber que nada somos, nada temos e nada levaremos desse mundo, a não ser as virtudes cultivadas como vontade de Deus. Quem vive assim, sabe o que significa ser guardado pelo poder do Senhor que preserva os seus dos males presentes e futuro.

Deste modo, o justo é protegido pela justiça praticada; o inocente é liberto pela inocência oferecida; pela pureza do corpo e da alma que o torna íntegro; pela verdade vivida e semeada; pela fidelidade a toda prova; pela honestidade que o faz transparente; enfim, pela simplicidade, humildade e amor, frutos da verdadeira liberdade traduzida em doação incondicional a serviço da santidade de todos.

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 27/03/2007 às 11h38
 
26/03/2007 06h59
CARTA DE UM CONFRADE QUE ESTAVA PRESTES A DEIXAR A ORDEM FRANCISCANA...
Oi frei. Quero que você me perdoe. Parece até uma ironia. Ontem você recebe uma minha mensagem e hoje outra. É verdade, eu enviei uma poesia, na qual eu deixava quase que como um testamento, um motivo, para abandonar aquele que é meu sonho, ou melhor, meu único.

O fato é que precipitei, quis resolver minhas dificuldades fugindo delas, sei que não é assim. Devo encarar a vida de frente. Eu não estou passando por bons momentos e tomei aquela iniciativa.

Quero agora me redimir e peço que não leve em consideração aquela poesia.Eu sempre preguei que a vida pode ser melhor, que um erro pode ser superado, que uma dificuldade pode também ser. Que o amanhã será melhor, do que o hoje que temos. “A diferença é que a diversidade pode fazer a diferença”, me explico.

Com certeza eu estava disposto a partir e, mais uma vez, abandonar meu sonho, aquele que é meu único sonho, aquilo que me faz acordar e perceber que vale a pena viver, que vale a pena acreditar num ideal.
Eu não vim aqui para brincar, quando sai de casa eu tinha em mente um desejo profundo de servir a Deus, as pessoas e a igreja, na Ordem franciscana, e levar adiante o desejo de são Francisco. De fazer o bem, de levar o evangelho e de ser sinal de Deus para o mundo e para os homens.

Não nego, com ao passar dos anos isso foi se perdendo, o sentido foi se esgotando “porque o sentido tem sentido enquanto dou sentido ao próprio sentido”. E quando isso foge aos olhos do coração, não diz muita coisa e mudamos a direção da nossa vida, foi o que eu quis fazer.

A minha família estava sabendo.O seminário já estava sabendo, já tinha me despedido de cada um dos frades, as coisas estavam arrumadas. Em duas horas eu partiria, o frei Janusz já me aguardava para me levar para casa. A tristeza me invadia.

O frei Adriano me chamou no quarto e me perguntou: você vai mesmo embora? Vai largar para trás seu ideal? Tudo aquilo que você projetou? O que realmente te trouxe aqui? Foi Deus ou uma dificuldade? Foi uma conversa demorada, nunca chorei tanto na minha vida. Pude perceber como eu estava perturbado, confuso e o frei me fez pensar mais uma vez, o sentido de recomeçar.

Re-começar não é voltar à casa da família, lá é tudo muito bom. Recomeçar é voltar de onde se veio, é resgatar o significado de nossa existência. Do que nos impulsiona a viver, lutar para que sejamos felizes sendo o que somos e fazemos, como instrumentos nas mãos de Deus. Eu perguntei se ele, o frei Adriano se comprometeria a me ajudar. Ele disse que sim, agora pergunto a você: quer me ajudar? Você pode me ajudar?

Eu sai do quarto dele e fale ao frei Janusz, frei me dê mais uma chance de mudar. Eu quero ser frade é tudo que quero, outra coisa não almejo, por outra coisa não suspiro, é isto que me faz feliz, isso me impulsiona a viver, eu não seria feliz distante daqui. É a única coisa que quero pra mim.

“É do inferno que se vê o paraíso”, quando estamos com sede, descobrimos o valor que a água tem. O sabor da comida quem dá é a nossa fome. Foi isso que descobri quando estava me despedindo e via que outro lugar não me faria ser tão feliz.

Desculpe os transtornos e peço que me ajudem a ajudá-los nessa tão grande aventura de levar o ideal de são Francisco ao mundo e ser sinal de Deus para os homens.

É POSSÍVEL RECOMEÇAR SEMPRE QUANDO SE TEM COMO OBJETIVO O REINO DE DEUS...A VIDA SEM UM IDEAL, PERDE O SENTIDO!

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 26/03/2007 às 06h59



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