Fazer aliança com Deus baseados em suas promessas é comprometer-se com Ele, por meio da fé e viver na certeza que Deus nunca falha. Como Abraão, somos “arameus” andantes que, seguindo as orientações do Senhor, chegaremos à terra prometida de sua glória.

Toda aliança requer, de ambas as partes, fidelidade aos compromissos assumidos. Da parte do Senhor temos a promessa da vida eterna pela ressurreição dos mortos e quem vive essa dimensão da fé, experimenta desde já os efeitos desta promessa por meio dos frutos do Espírito Santo.

Por outro lado, de nossa parte é requerido o amor e a fidelidade a toda prova, uma vez que, \"Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela\".

Resta-nos entregar ao Senhor nossa vida, como oferta de agradável louvor para que sejamos santificados por sua Vontade.

Paz e Bem!

Outro exercício da alma, em ascensão para Deus, é a vivência do perdão, como escudo de proteção; fruto de paz e harmonia interior no ser que se dispõe a amar sem medidas. Quem assim perdoa, está em constante comunhão com a vontade do Senhor; esvazia-se de si mesmo e é preenchido por sua misericórdia que transpõe os limites de nossa natureza.

Antes de tudo, perdoar é tirar o pecado e a indiferença dos outros , como também a imagem negativa deles de dentro do nosso coração, por meio da oração. Toda pessoa centrada em si mesmo só age a partir das fraquezas alheias; por outro lado, toda pessoa centrada em Deus, age sempre a partir da misericórdia que preenche a sua alma.

Por que temos que nos ligar nas ofensas dos outros ao invés de nos ligar, por meio da oração, na vontade do Senhor? Quem se liga em Deus permanece Nele e em paz; quem se liga nas mazelas dos ofensores fica com essas ofensas em sua alma e perde a alegria de viver por ficar ofendido.

Portanto, perdoar é viver em estado de graça permanente, cheios do Espírito Santo.

“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará”. (Mt 6,14-15)

Destarte, o perdão é uma necessidade da alma que quer a santificação que o Senhor nos oferece.

Paz e Bem!

Somos aprendizes e diariamente aperfeiçoamos esse aprendizado, seja pelo exercício da existência, o exemplo de outros, o sofrimento advindo ou pela inspiração divina. O fato é que, estamos sempre aprendendo lições de vida. Por isso, precisamos ter objetivos, um sentido existencial que mova o nosso coração motivando-nos para o bem viver.

Jesus nos ensina que o fundamento da vida é o amor a Deus acima de todas as coisas e aos outros como a nós mesmos. É nisto que consiste a vontade do Pai. Mas como amar em meio à violência e os distúrbios de toda espécie? A própria palavra AMAR já nos ensina isso, pois, o amor é o fundamento da vida.

Eu não amo o pecado dos outro nem o meu; amo porque Jesus me ensinou a amar sem medida, amo porque o amor me faz feliz, amo porque nasci para amar; amo enfim, porque quem ama permanece em Deus e Deus nele. Então amar é a única e mais poderosa atitude da alma que liberta, salva, cura e faz feliz a quem se exercita nessa virtude eterna.

Portanto, amemos plenamente por amor a Deus, e no final digamos: amei e quero sempre amar!

Paz e Bem

Estamos vivendo um tempo realmente propício para vencermos todos os males, psíquicos, morais, físicos e espirituais.

As práticas da quaresma, especialmente, jejum, oração e esmola, são meios que o Senhor nos concede para domarmos o nosso “eu” na luta contra o pecado. Quem trilha esse caminho, trilha também a via do discernimento, da superação, do vencimento das mazelas que nos afligem em nossa limitação.

“Com efeito, S.Paulo nos ensina: “Caríssimos, vós que sempre fostes obedientes, trabalhai na vossa salvação com temor e tremor. Porque é Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar”.

“Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, a ostentar a palavra da vida”. (Fil 2,12-16a).

Paz e Bem!

Praticar a fé é vive-la, não como algo mágico ou milagroso, mas como um dom que cultivamos dia a dia e nesse cultivo experimentamos a revelação da vontade de Pai à nosso respeito; vontade essa que traduzimos em doação, justiça, verdade, humildade, amor incondicional, obediência a toda prova.

Viver a fé ainda é praticar o Evangelho, “pois ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê, porque nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé e conduz à fé, como está escrito: "Eis que sucumbe o que não tem a alma íntegra, mas o justo vive por sua fidelidade".

A isso tudo chamamos de sintonia, intimidade, providência, relação filial, caminho de perfeição, graça santificante, porque nos deixamos conduzir pelo Espírito Santo. Em suma, viver a fé significa justificação eterna, porque "A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê".

Paz e Bem!
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