FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
14/04/2010 10h48
VIR À LUZ
Santo Gregório Nazianzo (330-390), bispo e Doutor da Igreja
Hino 32; PG 37, 511-512

Vir à luz

Nós Te bem dizemos, Pai da Luz,
Cristo, Verbo de Deus, Esplendor do Pai,
Luz da Luz, e fonte de Luz,
Espírito de fogo, sopro do Filho e do Pai

Trindade Santa, Luz indivisa,
Tu dissipaste as trevas para criar
Um mundo luminoso, de ordem e beleza,
Feito à Tua semelhança.

De razão e de sabedoria iluminaste o homem,
Iluminaste-o com o selo da Tua Imagem,
De modo que, na Tua luz, veja a luz (Sl 36,10),
E todo ele se torne luz.    

Fizeste brilhar no céu inúmeras estrelas,
Ordenaste ao dia e à noite
que se entendessem e partilhassem o tempo
Alternadamente, pacificamente.

A noite põe termo ao trabalho do corpo cansado,
O dia chama às obras que Te agradam,
Ensina-nos a fugir das trevas, a apressar-nos
Para esse dia que não terá ocaso.

Paz e Bem!

    ©Evangelizo.org 2001-2010

Publicado por Frei Fernando Maria em 14/04/2010 às 10h48
 
13/04/2010 07h12
SIM, TU MESMO ESPÍRITO SANTO, VIDA ETERNA
Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa - Poesia Pentecostes 1942 (a partir da trad. Malgré la nuit, Ad solem 2002, p. 121)
 
«Não sabes de onde vem nem para onde vai»
 
Quem és, suave luz que me sacias
E que iluminas as trevas do meu coração?
Guias-me como a mão de uma mãe,
e se me soltasses
não mais poderia dar um só passo.
És o espaço
que envolve o meu ser e me protege.
Longe de Ti, naufragaria no abismo do nada
de onde me tiraste para me criar para a luz.
Tu, mais próximo de mim
do que eu própria,
mais intimo do que as profundezas da minha alma,
e contudo incompreensível e inefável,
para além de qualquer nome,
Espírito Santo, Amor Eterno!
 
Não és Tu o doce maná
que do coração do Filho
transborda para o meu,
o alimento dos anjos e dos bem-aventurados?
Aquele que Se elevou da morte à vida
também me despertou do sono da morte para uma vida nova.
E, dia após dia,
continua a dar-me uma nova vida,
de que um dia a plenitude me inundará por completo,
vida procedente da Tua vida, sim, Tu mesmo,
Espírito Santo, Vida Eterna!
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 13/04/2010 às 07h12
 
11/04/2010 12h15
RECEBEI O ESPÍRITO SANTO
Gregório de Narek (c. 944-c. 1010), monge e poeta arménio
Livro das orações, nº 33 (a partir da trad. SC 78, p. 206)
 
«Recebei o Espírito Santo»
 
Onipotente, Benfeitor, Amigo dos homens, Deus de todos,
Criador dos seres visíveis e invisíveis,
Tu que salvas e fortaleces,
Tu que curas e pacificas,
Espírito poderoso do Pai [...],
Tu participas no mesmo trono e na mesma glória,
e na ação criadora do Pai [...].
Por meio de Ti nos foi revelada
a Trindade das Pessoas,
na unidade da natureza da Divindade;
e Tu és uma destas Pessoas,
Tu, o Incompreensível. [...]
 
Moisés Te proclamou Espírito de Deus (Gn 1, 2):
a Ti, que planavas sobre as águas,
com proteção envolvente, temível e cheia de solicitude;
Tu abriste as asas como sinal de auxílio compadecido aos recém-nascidos,
revelando-nos assim o mistério da fonte batismal. [...]
Tu criaste, ó Onipotente, enquanto Senhor,
todas as naturezas de tudo quanto existe,
todos os seres a partir do nada.
 
Por Ti se renovam pela ressurreição
todos os seres por Ti criados,
nesse momento que é o último dia da vida nesta terra
e o primeiro dia da vida na Terra dos Vivos.
 
Aquele que tem a mesma natureza que Tu,
Aquele que é consubstancial ao Pai, o Filho Unigênito,
obedeceu-Te, na nossa natureza, como a Seu Pai,
unindo a Sua vontade à Tua.
Ele Te anunciou como Deus verdadeiro,
igual e consubstancial a Seu Pai omnipotente [...]
e calou aqueles que a Ti resistiam,
esses que combatiam Deus (cf Mt 12, 28),
perdoando embora àqueles que se Lhe opunham.
 
Ele é o Justo e o Imaculado, o Salvador de todos,
que foi entregue por causa dos nossos pecados,
e que ressuscitou para nossa justificação (Rom 4, 25).
A Ele a glória por Ti,
e a Ti o louvor pelo Pai omnipotente,
pelos séculos dos séculos. Amém.          
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 11/04/2010 às 12h15
 
10/04/2010 09h09
INSTRUÍDOS NA FÉ...
São João da Cruz (1542-1591), Carmelita, Doutor da Igreja
A Subida ao Carmelo 3,31 (a partir da trad. OC, Cerf 1990, p. 869 rev.)

«Censurou-lhes a incredulidade»

Quando há abundância de sinais e de testemunhos, é menos meritório acreditar. [...] É por isso que Deus só realiza obras maravilhosas quando elas são absolutamente necessárias para a fé dos homens. Por este motivo, e a fim de que os Seus discípulos não fossem privados do mérito da fé por terem tido experiência direta da Sua ressurreição, antes de lhes aparecer, dispôs as coisas de modo a que eles acreditassem sem O terem visto.

A Maria Madalena, começou por lhe mostrar o túmulo vazio; em seguida, instruiu-a por meio dos anjos, porque «a fé vem da pregação», como diz São Paulo (Rom 10, 17). O Senhor queria que ela cresse ouvindo e antes de ver; e, quando O viu, foi sob a aparência de um jardineiro, a fim de completar a sua instrução na fé.

Aos discípulos, começou por lhes enviar as santas mulheres, que lhes disseram que Ele tinha ressuscitado. Aos peregrinos de Emaús, começou por inflamar o coração na fé, antes de Se lhes revelar. Por fim, repreendeu os discípulos por não terem acreditado. E a Tomé, que tinha querido tocar-Lhe nas chagas, disse: «Bem-aventurados os que, sem terem visto, acreditam!» (Jo 20, 29).

Paz e Bem!

    ©Evangelizo.org 2001-2010

Publicado por Frei Fernando Maria em 10/04/2010 às 09h09
 
07/04/2010 17h29
"NÃO NOS ARDIA O CORAÇÃO?"
Cardeal John Henry Newman (1801-1892), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo - PPS 6, 10
 
«Não nos ardia o coração?»
 
Irmãos, compreendamos o que foram as aparições de Cristo aos Seus discípulos depois da ressurreição; elas são da maior importância, porque nos fazem ver que continua a ser possível uma comunhão deste gênero com Cristo: é este o gênero de contato com Cristo que hoje nos é dado. Neste período de quarenta dias que se seguiu à ressurreição, Jesus inaugurou uma nova relação com a Igreja, a Sua atual relação conosco, o gênero de presença que quis garantir-nos.
 
Após a Sua ressurreição, como estava Cristo presente na Sua Igreja? Ia e vinha livremente, sem nada que se Lhe opusesse, nem sequer as portas fechadas. Mas, quando Ele estava presente, os discípulos não se apercebiam imediatamente disso. [...] Os discípulos de Emaús só tiveram consciência da Sua presença quando, de repente, compreenderam a influência que Ele tinha exercido sobre eles: «Não nos ardia o coração?» [...]
 
Reparemos bem em que momento se lhes abriram os olhos [...]: no momento da fração do pão. É essa, com efeito, a atual disposição do Evangelho. Quando se recebe a graça de compreender a presença de Cristo, só se O reconhece mais tarde; atualmente, só pela fé se discerne a Sua presença. Em lugar da presença sensível, Ele deixou-nos o memorial da Sua redenção: torna-Se presente no sacramento. Quando foi que Ele Se manifestou? Quando, por assim dizer, fez com que os Seus passassem de uma visão sem verdadeiro conhecimento a um autêntico conhecimento na invisibilidade da fé.
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 07/04/2010 às 17h29



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