FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
14/10/2014 07h59
À VÓS, Ó DEUS, VOS DOU TODO O MEU CORAÇÃO!

À VÓS, Ó DEUS, VOS DOU TODO O MEU CORAÇÃO!

Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787), bispo, doutor da Igreja - 6º Discurso para a novena de Natal

Um coração que verdadeiramente se dá a Deus...

Compreendamos bem isto, o nosso coração pertencerá completamente a Deus a partir do dia em que por Ele renunciarmos a todas as nossas vontades, a partir do dia em que apenas quisermos o que Ele quer. Este Deus, de resto, só quer o nosso bem e a nossa felicidade. «Cristo morreu», diz o apóstolo Paulo, «para ser o Senhor dos vivos e dos mortos. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; e se morremos, é para o Senhor que morremos. Ou seja, quer vivamos quer morramos, é ao Senhor que pertencemos» (Rom 14, 8-9). Jesus quis morrer por nós; que mais podia Ele ter feito para conquistar o nosso amor e Se tornar o único Dono do nosso coração? Cabe-nos, portanto, doravante, mostrar ao céu e à Terra, com a nossa vida e com a nossa morte, que já não nos pertencemos a nós, mas que somos inteiramente posse do nosso Deus, dele apenas.

O quanto Deus deseja ver um coração que verdadeiramente se dá por completo a Ele! Com que amor ardente não o amará! Quantos sinais de ternura não lhe prodigalizará, já aqui, nesta vida na Terra! Quantos bens, quanta felicidade, quanta glória não lhe preparará nos céus! […]

Almas fiéis! Caminhemos ao encontro de Jesus; se Ele tem a felicidade de nos possuir, temos nós a de O possuir a Ele: a troca é muito mais vantajosa para nós do que para Ele. «Teresa», disse um dia o Senhor a esta santa [de Ávila], «não tinhas sido, até aqui, completamente minha; agora que és integralmente minha, fica a saber que Eu sou teu completamente.» […] Deus arde de um desejo extremo de Se unir a nós; mas é preciso que também nós zelemos no cuidado de nos unirmos a Deus.

Paz e Bem!


Publicado por Frei Fernando Maria em 14/10/2014 às 07h59
 
12/09/2014 10h34
"ENTÃO VERÁS..."

ENTÃO VERÁS”...

Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja - Sermão 3, 2.4-5 (Breviário, 09/06)

Fazei resplandecer, Senhor, o dia luminoso da vossa ciência e dissipai as trevas noturnas da nossa alma, para que seja iluminada e Vos sirva renovada e pura. O nascer do sol assinala aos mortais o começo das suas labutas; adornai, Senhor, a morada da nossa alma, para que nela permaneça o esplendor daquele dia que não tem fim.

Fazei, Senhor, que cheguemos a contemplar em nós mesmos a vida da ressurreição, e que nada consiga apartar o nosso espírito das vossas alegrias. Imprimi, Senhor, em nossos corações o sinal daquele dia que não se rege pelo movimento do sol, infundindo-nos uma constante orientação para Vós.

Todos os dias Vos abraçamos nos sacramentos e Vos recebemos no nossos corpos; tornai-nos dignos de sentir em nós mesmos a ressurreição que esperamos. Com a graça do batismo conservamos escondido no nosso corpo o tesouro que nos destes, esse tesouro que aumenta na mesa dos vossos sacramentos; fazei-nos viver sempre na alegria da vossa graça.

Nós Vos pedimos que, através daquela beleza espiritual que a vossa vontade imortal faz resplandecer, mesmo nas criaturas mortais, nos leveis a compreender retamente a beleza da nossa própria dignidade. […]

A vossa ressurreição, ó Jesus, faça crescer em nós o homem espiritual e os sinais dos vossos sacramentos no-lo revelem como num espelho, para o conhecermos cada vez melhor. […] Concedei, Senhor, que caminhemos velozmente para a nossa pátria celeste e, como Moisés no alto do monte, a possamos desde já contemplar através da Revelação.

Paz e Bem!


Publicado por Frei Fernando Maria em 12/09/2014 às 10h34
 
26/08/2014 09h29
A SANTIDADE DA IGREJA É OBRA DAS MÃOS DE DEUS, PORQUE DEUS É SANTO...

A SANTIDADE DA IGREJA É OBRA DIVINA, PORQUE DEUS É SANTO...

Papa Francisco

Audiência geral de 02/10/2013 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)

Cristo chama todos os homens à santidade

No «Credo», depois de professar: «Creio na Igreja una», acrescentamos o adjetivo «santa»; isto é, afirmamos a santidade da Igreja, uma característica presente desde o início na consciência dos primeiros cristãos, que se chamavam simplesmente «santos» (cf At 9,13.32.41; Rm 8,27; 1Cor 6,1), pois tinham a certeza de que é a obra de Deus, o Espírito Santo, que santifica a Igreja.

Mas em que sentido é a Igreja santa, se vemos que a Igreja histórica, no seu caminho ao longo dos séculos, enfrentou tantas dificuldades, problemas, momentos obscuros? Como pode ser santa uma Igreja feita de seres humanos, pecadores? Homens pecadores, mulheres pecadoras, sacerdotes pecadores, religiosas pecadoras, bispos pecadores, cardeais pecadores, um Papa pecador? Todos. Como pode ser santa uma Igreja assim?

Para responder a esta pergunta, gostaria de me deixar guiar por um trecho da carta de São Paulo aos cristãos de Éfeso. O Apóstolo, tendo como exemplo as relações familiares, afirma que «Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela, para santificá-la» (5,25-26). Cristo amou a Igreja, entregando-Se totalmente na cruz. E isto significa que a Igreja é santa porque procede de Deus, que é santo, que lhe é fiel e que não a abandona ao poder da morte e do mal (cf Mt 16,18). É santa porque Jesus Cristo, o Santo de Deus (cf Mc 1,24), Se une a ela de modo indissolúvel (cf Mt 28,20); é santa porque se deixa guiar pelo Espírito Santo, que purifica, transforma e renova. Não é santa pelos nossos méritos, mas porque Deus a torna santa, porque é fruto do Espírito Santo e dos seus dons. Não somos nós que a santificamos. É Deus, o Espírito Santo que, no seu amor, santifica a Igreja.

Paz e Bem!


Publicado por Frei Fernando Maria em 26/08/2014 às 09h29
 
22/08/2014 09h25
O AMOR DO SENHOR É O ÚNICO TUDO QUE PRECISAMOS...

O AMOR DO SENHOR É O ÚNICO TUDO QUE PRECISAMOS...

São Francisco de Assis (1182-1226), fundador da Ordem dos Frades Menores - Primeira regra, § 23

«Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração»

Amemos todos o Senhor nosso Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com todo o nosso espírito, com todo o nosso poder e coragem, com toda a nossa inteligência, com todas as forças, com todo o nosso esforço, com todo o nosso afeto, com as nossas entranhas, com todo o nosso desejo, com toda a nossa vontade. Ele deu-nos e continua a dar-nos o corpo, a alma e a vida; Ele criou-nos e resgatou-nos; salvar-nos-á apenas por sua misericórdia; apesar das nossas fraquezas e das nossas misérias, das nossas vilanias e das nossas vergonhas, das nossas ingratidões e da nossa maldade, Ele só nos fez e faz o bem.

Não tenhamos, portanto, outro desejo, nem outra vontade, outro prazer e outra alegria que não seja o nosso Criador, Redentor e Salvador, o único verdadeiro Deus que é o bem pleno, inteiro, total, verdadeiro e soberano; o único que é bom, misericordioso e amável, indulgente e manso; só Ele é santo, justo, verdadeiro e reto; só Ele é benevolente, inocente e puro; dele, por Ele e nele reside todo o perdão, toda a graça e toda a glória para todos os penitentes e justos da terra e para todos os bem-aventurados que rejubilam com Ele no céu.

Portanto, a partir de agora, já não haja obstáculos, nem barreiras, nem filtros! Em todos os lados e lugares, a todas as horas e em todos os tempos, todos os dias e sem interrupção, creiamos todos com uma fé humilde e verdadeira, preservemo-la no nosso coração, saibamos amar, honrar, adorar, servir, louvar e bendizer, glorificar e celebrar, enaltecer e agradecer ao altíssimo soberano Deus eterno, Trindade e unidade, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Paz e Bem!


Publicado por Frei Fernando Maria em 22/08/2014 às 09h25
 
14/08/2014 13h01
QUERES VIVER EM PAZ?

QUERES VIVER EM PAZ? ENTÃO, PERDOA SEMPRE, ASSIM ESTARÁS LIVRE DE TODO MAL...

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, depois bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja - Homilias sobre o evangelho de Mateus, nº 61

Cristo pede-nos duas coisas: que condenemos os nossos pecados e perdoemos os dos outros; e que façamos a primeira por causa da segunda, que nos será então mais fácil, pois aquele que pensa sobre os seus pecados será menos severo para com os seus companheiros de miséria. E que não perdoemos apenas com a boca, mas do fundo do coração, para não voltarmos contra nós próprios o ferro com que pensamos trespassar os outros. Que mal pode fazer-te o teu inimigo, em comparação com o que podes fazer a ti próprio com o teu azedume? […]

Considera, pois, quantas vantagens retiras duma ofensa acolhida com humildade e mansidão. Desse modo, em primeiro lugar — e é o mais importante —, mereces o perdão dos teus pecados. Seguidamente, exercitas a paciência e a coragem. Em terceiro lugar adquires a mansidão e a caridade, pois aquele que é incapaz de se zangar com os que lhe fizeram mal, será ainda mais caridoso com os que o amam. Em quarto lugar, arrancas totalmente a cólera do teu coração, o que é um bem incomparável; evidentemente, aquele que liberta a sua alma da cólera também se desembaraça da tristeza: não desperdiçará a sua vida em tristezas e vãs inquietações. É que nós punimo-nos a nós próprios quando odiamos os outros; só fazemos bem a nós próprios quando os amamos. Além disso, todos te respeitarão, mesmo os teus inimigos, ainda que sejam os demônios. Melhor ainda, se assim te comportares, até deixarás de ter inimigos.

Paz e Bem!


Publicado por Frei Fernando Maria em 14/08/2014 às 13h01



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