27/10/2013 13h32
RECUSEMOS O ORGULHO POR MEIO DE NOSSA ORAÇÃO
RECUSEMOS O ORGULHO POR MEIO DE NOSSA ORAÇÃO...
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja - Discursos sobre os salmos, Sl 85, 2-3
«Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.» «Inclinai, Senhor, os vossos ouvidos, respondei-me» (Sl 85,1). O Senhor não inclina o ouvido para o rico, mas para o pobre e indigente, para o que é humilde e confessa as suas faltas, para o que implora misericórdia e não para o que se sente saciado, se engrandece, se auto elogia como se nada lhe faltasse e diz: «Dou-Te graças por não ser como este cobrador de impostos.» Enquanto este fariseu rico exaltava os seus méritos, o pobre publicano confessava seus pecados. […] Todos os que recusam o orgulho são pobres perante Deus e sabemos que Ele inclina o seu ouvido para os pobres e para os indigentes; para os que reconhecem que a sua esperança não pode assentar no ouro, nem no dinheiro, nem nesses bens que se possuem em abundância, mas temporariamente. […] Quando alguém despreza em si mesmo tudo aquilo que o orgulho inflama é um pobre de Deus. Deus inclina para ele o seu ouvido, porque conhece os sofrimentos do seu coração […] Aprendei, pois, a ser pobres e indigentes, tendo ou não algum bem neste mundo. Pode encontrar-se um mendigo orgulhoso e um rico trespassado do sentimento da sua própria miséria. «Deus resiste aos orgulhosos», quer se cubram de seda ou de farrapos; «e concede a sua graça aos humildes» (Tg 4,6; Pr 3,34), possuam ou não bens deste mundo. Deus considera o interior: é isso que Ele pesa e examina; tu não vês a balança de Deus, mas Ele põe no prato da balança os teus sentimentos, os teus projetos, os teus pensamentos. […] Se ao teu redor ou em ti há alguma coisa que te leva à autossuficiência, rejeita-a. Que Deus seja toda a tua segurança. Sê um pobre de Deus, para que Ele te preencha de Si mesmo. Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2013
Publicado por Frei Fernando Maria em 27/10/2013 às 13h32
26/10/2013 11h49
HÁ UMA MORTE QUE DÁ VIDA; E UMA MORTE QUE DÁ A MORTE...
HÁ UMA MORTE QUE DÁ VIDA; E UMA MORTE QUE DÁ A MORTE... São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja 20º sermão sobre a Paixão; SC 74bis «Se não vos converterdes» Esforcemo-nos por ser associados à Paixão de Cristo e por passar da morte à vida enquanto ainda estamos neste corpo. Porque passar por uma conversão, seja ela qual for, passar de um estado a outro, significa para todo o homem o fim de qualquer coisa – deixar de ser o que era – e o começo de outra – passar a ser o que não era. Mas é importante saber para que se morre e para que se vive, porque há uma morte que dá vida e uma morte que dá a morte. E é precisamente neste mundo efémero que se obtém uma ou outra: da qualidade dos nossos atos neste mundo depende a diferença das retribuições eternas. Morramos, pois, para o demônio e vivamos para Deus; morramos para o pecado, para ressuscitar para a justiça; que o ser antigo desapareça, para se elevar o novo ser, [nascido da conversão]. Dado que, segundo a palavra da Verdade, «ninguém pode servir a dois senhores» (Mt 6,24), tomemos por senhor, não aquele que faz tropeçar os que estão de pé para os levar à ruina, mas Aquele que levanta os caídos para os conduzir à glória. Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2013
Publicado por Frei Fernando Maria em 26/10/2013 às 11h49
05/10/2013 07h41
ABRI AS PORTAS À CRISTO...
ABRI AS PORTAS À CRISTO: POIS, OUVI-LO É TER A CERTEZA DO ENCONTRO E DA PERMANENCIA NELE...
Beato João Paulo II (1920-2005), papa Encíclica «Redemptoris missio», §§ 38-39 (trad.©Libreria Editrice Vaticana)
«Quem vos ouve é a Mim que ouve, e quem vos rejeita é a Mim que rejeita» A época em que vivemos é, ao mesmo tempo, dramática e fascinante. Se, por um lado, parece que os homens vão no encalço da prosperidade material, mergulhando cada vez mais no consumismo materialista, por outro lado, manifesta-se a angustiante procura de sentido, a necessidade de vida interior, o desejo de aprender novas formas e meios de concentração e de oração. Não só nas culturas densas de religiosidade, mas também nas sociedades secularizadas, procura-se a dimensão espiritual da vida como antídoto à desumanização. […] A Igreja tem em Cristo, que se proclamou «o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14, 6), um imenso património espiritual para oferecer à humanidade. […] A Igreja deve ser fiel a Cristo, já que é o seu Corpo e continua a sua missão. É necessário que ela «caminhe pela mesma via de Cristo, via de pobreza, obediência, serviço e imolação própria até à morte, da qual Ele saiu vitorioso pela sua ressurreição» (Vat II, «Ad gentes» 5). A Igreja tem, portanto, o dever de fazer todo o possível para cumprir a sua missão no mundo e alcançar todos os povos; e tem também o direito, que lhe foi dado por Deus, de levar a termo o seu plano. A liberdade religiosa, por vezes ainda limitada e cerceada, é a premissa e a garantia de todas as liberdades que asseguram o bem comum das pessoas e dos povos. É de se auspiciar que a autêntica liberdade religiosa seja concedida a todos, em qualquer lugar, […] tratando-se de um direito inalienável de toda a pessoa humana. Por outro lado, a Igreja dirige-se ao homem no pleno respeito da sua liberdade (cf Vat II, «Dignitatis humanae», 3-4; Paulo VI, «Evangelii nuntiandi», 79-80; João Paulo II, «Redemptor hominis», 12); a missão não restringe a liberdade, pelo contrário, favorece-a. A Igreja propõe, não impõe nada; respeita as pessoas e as culturas, detendo-se diante do sacrário da consciência. Aos que se opõem com os mais diversos pretextos à atividade missionária, a Igreja repete: Abri as portas a Cristo! Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2013 Publicado por Frei Fernando Maria em 05/10/2013 às 07h41
03/10/2013 08h41
A ORAÇÃO É VIA DE PERFEIÇÃO QUE DEVEMOS TRILHAR SEMPRE...
Bento XVI, papa de 2005 a 2013 Mensagem para a jornada mundial de oração pelas vocações, 07/05/2006
«Rogai, portanto, ao dono da messe» Relembrados da recomendação de Jesus: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos! Orai para que o dono da messe mande trabalhadores para a sua messe!» (Mt 9,37). Advertimos vivamente para a necessidade de rezar pelas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. Não surpreende que, onde se reza com fervor, as vocações floresçam. A santidade da Igreja depende essencialmente da união com Cristo e da abertura ao mistério da graça que opera nos corações dos crentes. Gostaria, portanto, de convidar todos os fiéis a cultivar uma íntima relação com Cristo, Mestre e Pastor do seu povo, imitando Maria, que guardava no seu coração os divinos mistérios e os meditava assiduamente (cf Lc 2,19). Juntamente com Ela, que tem um lugar central no mistério da Igreja, rezamos: Ó Pai, fazei com que surjam, entre os cristãos, numerosas e santas vocações ao sacerdócio, que mantenham viva a fé e conservem uma memória cheia de gratidão do vosso Filho Jesus, pela pregação da sua palavra e pela administração dos sacramentos com os quais renovais continuamente os vossos fiéis. Dai-nos santos ministros do vosso altar, que sejam atentos e fervorosos guardiões da Eucaristia, o sacramento do supremo dom de Cristo para a redenção do mundo. Chamai ministros da vossa misericórdia, os quais, através do sacramento da Reconciliação, difundam a alegria do vosso perdão. Fazei, ó Pai, que a Igreja acolha com alegria as numerosas inspirações do Espírito do vosso Filho e, dócil aos seus ensinamentos, cuide das vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada. Ajudai os bispos, os sacerdotes, os diáconos, as pessoas consagradas e todos os batizados em Cristo, para que cumpram fielmente a sua missão ao serviço do Evangelho. Nós vo-lo pedimos por Cristo, nosso Senhor. Amém. Maria, Rainha dos Apóstolos, rogai por nós. Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2013 Publicado por Frei Fernando Maria em 03/10/2013 às 08h41
02/10/2013 08h52
ANJOS SÃO MENSAGEIROS DE DEUS A SERVIÇO DE NOSSA SALVAÇÃO
OS SANTOS ANJOS ESTÃO CONOSCO, E NÓS, POR NOSSA VEZ, ESTEJAMOS COM ELES LOUVANDO E BENDIZENDO O SENHOR Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra - Sermão «The Invisible World», PPS, t. 4, n°13
«Os seus anjos, no Céu, veem constantemente a face de meu Pai»
Os anjos ocupam-se ativamente dos membros da Igreja; pois «não são, todos eles, espíritos encarregados de um ministério, enviados ao serviço daqueles que hão de herdar a salvação?» (Heb 1,14). Não há cristão, por mais humilde que seja, que não tenha anjos para o servir, se viver de fé e de amor. Por muito que sejam grandes, gloriosos e puros, tão maravilhosos que a sua simples visão nos deitaria por terra, como aconteceu com o profeta Daniel (10,9) […], os anjos «são servos como nós» (Ap 19,10) e nossos companheiros de trabalho. Velam por nós e defendem até o mais humilde de entre nós, se estivermos em Cristo. Eles fazem parte do nosso mundo invisível, como é manifesto pela visão que teve o patriarca Jacob (cf Gn 28,10ss) […], que desconhecia que ali, onde se tinha deitado para dormir, houvesse algo maravilhoso! Era um lugar como todos os outros, um sítio solitário e incómodo […]; e, no entanto, a realidade era bem diferente! Jacob só via o mundo visível, não via o mundo invisível, mas o mundo invisível estava lá; e, como Jacob não se apercebeu da sua presença, esta teve de lhe ser revelada de forma sobrenatural. Viu-a no sonho: «Viu uma escada apoiada na terra cuja extremidade tocava o céu; e, ao longo desta escada, subiam e desciam mensageiros de Deus. Por cima dela estava o Senhor.» Tratava-se do outro mundo; as pessoas falam dele como se não existisse agora, mas somente depois da morte. Não, ele existe agora, ainda que nós não o vejamos; está entre nós, ao nosso redor. Foi isto que foi revelado a Jacob: os anjos estavam à sua volta, ainda que ele não o soubesse. E o que Jacob viu no seu sonho, outros também o viram […] e ouviram, como os pastores no Natal. Esses espíritos bem-aventurados louvam a Deus dia e noite, e nós, no nosso estado, podemos imitá-los. Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2013 Publicado por Frei Fernando Maria em 02/10/2013 às 08h52
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