FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
07/10/2011 06h55
NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, ROGAI POR NÓS...

 

NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, ROGAI POR NÓS...

Esta comemoração foi instituída pelo Papa São Pio V no aniversário da vitória obtida pelos cristãos na batalha naval de Lepanto e atribuída ao auxílio da Santa Mãe de Deus, invocada com a oração do Rosário(1571). A celebração deste dia é um convite a todos os fiéis para que meditemos mistérios de Cristo, em companhia da Virgem Maria, que foi associada de modo muito especial à Encarnação, à Paixão e à Ressurreição do Filho de Deus.

 

E MARIA TROUXE PARA NÓS EM PROFUSÃO...

Dos Sermões de São Bernardo, abade - (Sermo de Aquaeductu: Opera omnia, Edit. Cisterc. 5[1968],282-283) - (Séc.XII)

É preciso meditar sobre os mistérios da salvação. O santo, que nascer de ti, será chamado Filho de Deus (cf. Lc 1,35), fonte de sabedoria, o Verbo do Pai nas alturas! Este Verbo, através de ti, Virgem santa, se fará carne, de modo que aquele que diz: Eu no Pai e o Pai em mim (Jo 10,38), dirá também: Eu saí do Pai e vim (Jo 16,28).

No princípio, diz João, era o Verbo. Já borbulha a fonte, mas por enquanto apenas em si mesma. Depois, e o Verbo era com Deus (Jo 1,1), habitando na luz inacessível. O Senhor dizia anteriormente: Eu tenho pensamentos de paz e não de aflição (cf. Jr 29,11). Mas teu pensamento está dentro de ti, ó Deus, e não sabemos o que pensas; pois quem conheceu a mente do Senhor ou quem foi seu conselheiro? (cf. Rm 11,34).

Desceu, por isto, o pensamento da paz para a obra da paz: O Verbo se fez carne e já habita em nós (Jo 1,14). Habita totalmente pela fé em nossos corações, habita em nossa memória, habita no pensamento e chega a descer até a imaginação. Que poderia antes o homem pensar sobre Deus, a não ser talvez fabricando um ídolo no coração? Era incompreensível e inacessível, invisível e inteiramente impensável; agora, porém, quis ser compreendido, quis ser visto, quis ser pensado.

De que modo, perguntas? Por certo, reclinado no presépio, deitado ao colo da Virgem, pregando no monte, pernoitando em oração; ou pendente da cruz, pálido na morte, livre entre os mortos e dominando o inferno; ou ainda ressurgindo ao terceiro dia, mostrando aos apóstolos as marcas dos cravos, sinais da vitória, e, por último, diante deles subindo ao mais alto do céu.

O que não se poderá pensar verdadeira, piedosa e santamente disto tudo? Se penso algo destas realidades, penso em Deus e em tudo ele é o meu Deus. Meditar assim considero sabedoria, e tenho por prudência renovar a lembrança da suavidade que, em essência tão preciosa, a descendência sacerdotal produziu copiosamente, e que, haurindo do alto, Maria trouxe para nós em profusão.

Paz e Bem!


Publicado por Frei Fernando Maria em 07/10/2011 às 06h55
 
05/10/2011 00h12
CONVIVÊNCIA DIVINA...

 

CONVIVÊNCIA DIVINA

São Tomás Moro (1478-1535), estadista inglês, mártir

Do Tratado Como Receber o Sagrado Corpo de Nosso Senhor

«Marta recebeu-O em sua casa. [...] Maria [...] escutava a Sua palavra»

Depois de recebermos Nosso Senhor na Eucaristia e O termos presente no nosso corpo, não havemos de O deixar só e de nos ocuparmos doutras coisas sem fazer mais caso d'Ele [...], mas de ter n'Ele todo o nosso sentido. Dirijamo-nos a Ele com ferventes preces e convivamos com Ele em fervente meditação. Digamos como o profeta: «Escutarei o que diz o Senhor dentro de mim» (Sl 85(84),9). Assim, [...] se Lhe dermos toda a nossa atenção, Ele não deixará de pronunciar, no mais íntimo do nosso ser, esta ou aquela palavra e com ela nos proporcionar grande conforto espiritual e proveito para a nossa alma.

Sejamos, ao mesmo tempo, Marta e Maria. Como Marta, façamos de tal sorte que toda a nossa atividade exterior a Ele se restrinja e consista em acolhê-Lo como devemos: primeiro a Ele, e em seguida a cada um dos que O acompanham — a todos aqueles que não são apenas Seus discípulos, mas Ele próprio: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,40). [...] 

Esforcemo-nos, pois, por conservar o nosso Hóspede. Digamos-Lhe, como os dois discípulos ao entrar no povoado de Emaús, «Fica conosco, [Senhor]» (Lc 24,29). Então, com toda a certeza, não Se afastará mais de nós, a não ser que O rejeitemos com a nossa própria ingratidão.

Paz e Bem!

         ©Evangelizo.org 2001-2010


Publicado por Frei Fernando Maria em 05/10/2011 às 00h12
 
26/09/2011 09h26
O QUE NOS UNE É BEM MAIS FORTE DO QUE O QUE NOS DIVIDE

 

O QUE NOS UNE É BEM MAIS FORTE DO QUE O QUE DIVIDE

Concílio Vaticano II - Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo, « Gaudium et spes », § 92

«Quem não é contra vós é por vós»

Em virtude da sua missão de iluminar o mundo inteiro com a mensagem de Cristo e de reunir sob um só Espírito todos os homens, de qualquer nação, raça ou cultura, a Igreja constitui um sinal daquela fraternidade que torna possível e fortalece o diálogo sincero.

Isto exige, em primeiro lugar, que, reconhecendo toda a legítima diversidade, promovamos na própria Igreja a mútua estima, respeito e concórdia, em ordem a estabelecer entre todos os que formam o Povo de Deus, pastores ou fiéis, um diálogo cada vez mais fecundo. Porque o que une entre si os fiéis é bem mais forte do que o que os divide: haja unidade no necessário, liberdade no que é duvidoso, e em tudo caridade.

 

Abraçamos também em espírito os irmãos que ainda não vivem em plena comunhão conosco, e as suas comunidades, com os quais estamos unidos na confissão do Pai, Filho e Espírito Santo [...]. Voltamos também o nosso pensamento para todos os que reconhecem Deus e guardam nas suas tradições preciosos elementos religiosos e humanos, desejando que um diálogo franco nos leve a todos a receber com fidelidade os impulsos do Espírito e a segui-los com entusiasmo.

Pela nossa parte, o desejo de um tal diálogo, guiado apenas pelo amor pela verdade e com a necessária prudência, não exclui ninguém; nem aqueles que cultivam os altos valores do espírito humano, sem ainda conhecerem o seu Autor; nem aqueles que se opõem à Igreja, e de várias maneiras a perseguem. Como Deus Pai é o princípio e o fim de todos eles, todos somos chamados a ser irmãos. Por isso, chamados pela mesma vocação humana e divina, podemos e devemos cooperar pacificamente, sem violência nem engano, na edificação do mundo na verdadeira paz.

Paz e Bem!

         ©Evangelizo.org 2001-2010

 

 

 


Publicado por Frei Fernando Maria em 26/09/2011 às 09h26
 
19/09/2011 09h56
EU SOU A LUZ DO MUNDO...

 

EU SOU A LUZ DO MUNDO...

São Máximo o Confessor (c. 580-662), monge e teólogo - Pergunta 63 a Talássio; PG 90, 667ss.

«Uma lâmpada para os meus passos é a Tua palavra, uma luz no meu caminho» (Sl 118,105)

A lâmpada no lampadário é Nosso Senhor Jesus Cristo, a verdadeira luz do Pai «que ilumina todo o homem que vem a este mundo» (Jo 1,9). Dito de outra forma, é a Sabedoria e a Palavra do Pai; tendo aceitado a nossa carne, tornou-Se realmente e foi chamado a «luz» do mundo. É celebrado e exaltado na Igreja pela nossa fé e pela nossa piedade. Torna-Se assim visível para todas as nações e brilha para «todos os da casa», isto é, para o mundo inteiro, de acordo com as Suas palavras: «Não se acende uma candeia para a pôr debaixo de um vaso mas no candelabro onde brilhe para todos os da casa» (Mt 5,15).

Como se vê, Cristo designa-Se a Si mesmo como lâmpada. Sendo Deus por natureza, tornou-Se carne no plano da salvação, uma luz escondida na carne como debaixo de um vaso. [...] Era nisto que David pensava quando dizia: «Uma lâmpada para os meus passos é a Tua palavra, uma luz no meu caminho» (Sl 118,105). Porque faz desaparecer as trevas da ignorância e do mal entre os homens, o meu Salvador e Deus é chamado lâmpada na Sagrada Escritura. Porque é o único a poder aniquilar as trevas da ignorância e a dissipar a escuridão do pecado, tornou-Se para todos caminho de salvação. Conduz para junto do Pai aqueles que, pelo conhecimento e pela virtude, avançam com Ele pelo caminho dos mandamentos como por um caminho de justiça.

O lampadário é a Santa Igreja porque o Verbo de Deus brilha por causa da sua pregação. É deste modo que os raios da sua verdade podem iluminar o mundo inteiro. [...] Mas com uma condição: não a esconder sob a letra da lei. Todo aquele que fica preso apenas à letra da Escritura vive segundo a carne: põe a lâmpada debaixo do vaso. Pelo contrário, colocada no lampadário, a Igreja ilumina todos os homens.

Paz e Bem!

 

         ©Evangelizo.org 2001-2010


Publicado por Frei Fernando Maria em 19/09/2011 às 09h56
 
16/09/2011 15h46
A PRESENÇA FEMININA NOS ESCRITOS DE PAULO

 

A PRESENÇA FEMININA NOS ESCRITOS DE PAULO

Papa Bento XVI - Audiência geral de 14/02/07 (trad. © Libreria Editrice Vaticana) (rev.)

Acompanhavam-No os Doze e algumas mulheres

Também no âmbito da Igreja primitiva a presença feminina não é de modo algum secundária. [...] Devemos a São Paulo uma mais ampla documentação sobre a dignidade e sobre o papel eclesial da mulher. Ele parte do princípio fundamental segundo o qual, para os batizados, não só «não há judeu nem grego, não há escravo nem livre», mas também «não há homem nem mulher». O motivo é que «todos somos um só em Cristo Jesus» (Gal 3,28), ou seja, estamos todos irmanados pela mesma dignidade de fundo, embora cada um tenha funções específicas (Cf 1 Cor 12,27-30). O Apóstolo admite como algo normal que na comunidade cristã a mulher possa «profetizar» (1 Cor 11,5), isto é, pronunciar-se abertamente sob o influxo do Espírito, contanto que isto seja para a edificação da comunidade e feito de modo digno. [...]

Já encontramos a figura de Prisca ou Priscila, esposa de Áquila, que em dois casos é surpreendentemente mencionada antes do marido (Cf At 18,18; Rom 16,3); de qualquer maneira, ambos são explicitamente qualificados por Paulo como seus «colaboradores» (Rom 16,3). [...] É necessário reconhecer também que a breve Carta a Filemon é na realidade endereçada por Paulo também a uma mulher chamada «Ápia» (Cf Film 1,2). [...] Na comunidade de Colossos, ela devia ocupar um lugar de relevo; de qualquer forma, é a única mulher mencionada por Paulo entre os destinatários de uma carta sua.

Noutro lugar, o Apóstolo menciona uma certa «Febe», qualificada como diákonos da Igreja de Cêncreas (Cf Rom 16,1-2). [...] Embora o título não tenha, naquele tempo, um específico valor ministerial de tipo hierárquico, ele expressa um autêntico exercício de responsabilidade desta mulher em favor daquela comunidade cristã. [...] No mesmo contexto epistolar, o Apóstolo recorda com traços de delicadeza outros nomes de mulheres: uma certa Maria, depois Trifena, Trifosa e a «querida» Pérside, além de Júlia (Rom 16, 6.12a.12b.15). [...] Depois, na Igreja de Filipos, deviam distinguir-se duas mulheres chamadas «Evódia e Síntique» (Fil 4,2): a exortação que Paulo faz à concórdia recíproca deixa entender que as duas mulheres tinham uma função importante no interior daquela comunidade. Em síntese, a história do cristianismo teria tido um desenvolvimento muito diferente, se não fosse o generoso contributo de muitas mulheres.

Paz e Bem!

         ©Evangelizo.org 2001-2010


Publicado por Frei Fernando Maria em 16/09/2011 às 15h46



Página 63 de 197 « 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 » «anterior próxima»

Site do Escritor criado por Recanto das Letras