FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
01/08/2012 23h54
SERÁ QUE DEUS NÃO MERECE TODO O NOSSO AMOR?

 

SERÁ QUE DEUS NÃO MERECE TODO O NOSSO AMOR?

Toda santidade e perfeição consiste no amor a Jesus Cristo, nosso Deus, nosso sumo bem e nosso redentor. É a caridade que une e conserva todas as virtudes que tornam o homem perfeito. Será que Deus não merece todo o nosso amor? Ele nos amou desde toda a eternidade. “Lembra-te, ó homem, – assim nos fala – que fui eu o primeiro a te amar. Tu ainda não estavas no mundo, o mundo nem mesmo existia, e eu já te amava. Desde que sou Deus, eu te amo”.

Deus, sabendo que o homem se deixa cativar com os benefícios, quis atraí-lo ao seu amor por meio de seus dons. Eis por que disse: “Quero atrair os homens ao meu amor com os mesmos laços com que eles se deixam prender, isto é, com os laços do amor”. Tais precisamente têm sido todos os dons feitos por Deus ao homem. Deu-lhe uma alma dotada, à sua imagem, de memória, inteligência e vontade; deu-lhe um corpo provido de sentidos; para ele criou também o céu e a terra com toda a multidão de seres; por amor do homem criou tudo isso, para que todas as criaturas servissem ao homem e o homem, em agradecimento por tantos benefícios, o amasse.

Mas Deus não se contentou em dar-nos tão belas criaturas. Para conquistar todo o nosso amor, foi ao ponto de dar-se a si mesmo totalmente a nós. O Pai eterno chegou ao extremo de nos dar seu único Filho. Vendo-nos a todos mortos pelo pecado e privados de sua graça, que fez ele? Movido pelo imenso, ou melhor – como diz o Apóstolo – pelo seu demasiado amor, enviou seu amado Filho, para nos justificar e nos restituir a vida que havíamos perdido pelo pecado.

Ao dar-nos o Filho, a quem não poupou para nos poupar, deu-nos com ele todos os bens: a graça, a caridade e o paraíso. E porque todos estes bens são certamente menores do que o Filho, Deus, que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos daria tudo junto com ele? (Cf.Rm 8,32).

Paz e Bem!

Fonte: Das Obras de Santo Afonso Maria de Ligório, bispo

(Tract. De praxi amandi Iesum Christum, edit. latina, Romae 1909, pp.9-14) - (Séc.XVII)


Publicado por Frei Fernando Maria em 01/08/2012 às 23h54
 
28/07/2012 07h32
O TRIGO E O JOIO...

 

O TRIGO E O JOIO...

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra - Sermões pregados em várias ocasiões, n°9, 2.6

«Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa»

Há escândalos na Igreja, coisas repreensíveis e vergonhosas; nenhum católico poderá negá-lo. Ela sempre incorreu na censura e na vergonha de ser mãe de filhos indignos; ela tem filhos que são bons e tem muitos mais que são maus. [...] Deus poderia ter instituído uma Igreja pura; mas previu que o joio semeado pelo inimigo permaneceria com o trigo até à ceifa, até ao fim do mundo. Afirmou que a Sua Igreja seria semelhante a uma rede de pescador «que apanha toda a espécie de peixes», que apenas são separados à noite (Mt 13,47ss). Indo mais longe, declarou que os maus e os imperfeitos seriam em maior número que os bons, «porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos» (Mt 22,14); e o Seu apóstolo diz que «aqueles que foram reservados segundo a escolha da graça, foram salvos» (Rm 11,5). Percebe-se assim que, na história e na vida dos católicos, há sempre muito para servir os interesses dos contraditores. [...]

Mas não baixamos a cabeça com vergonha, escondendo o rosto entre as mãos: levantamos as mãos e o rosto em direcção ao Redentor. «Assim como os olhos dos servos se fixam na mão dos seus senhores [...], assim também os nossos olhos estão postos no Senhor nosso Deus, até que Ele tenha piedade de nós» (Sl 122,2). [...] Apelamos a Ti, justo juiz, pois és Tu que olhas para nós. Não fazemos caso dos homens enquanto Te tivermos [...], enquanto tivermos a Tua presença nas nossas assembleias, o Teu testemunho e a Tua aprovação no nosso coração.

Paz e Bem!

        ©Evangelizo.org 2001-2012

 

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“Então cada um receberá de Deus o louvor que merece.” (1Cor 4,5c).

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Publicado por Frei Fernando Maria em 28/07/2012 às 07h32
 
16/07/2012 09h34
NÃO ENGANAM O OLHO PURO E SIMPLES CAPAZ DE DISCERNIMENTO

 

NÃO ENGANAM O OLHO PURO E SIMPLES CAPAZ DE DISCERNIMENTO

 

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja - Explicação do Sermão da Montanha, c. 24, §§ 80-81

«Pelos seus frutos os conhecereis»

Perguntamo-nos quais os frutos para os quais o Senhor quer chamar a nossa atenção para reconhecermos a árvore. Alguns consideram como frutos a roupagem das ovelhas e assim os lobos podem enganá-los. Quero referir-me a jejuns, orações, esmolas e todas as obras que podem ser feitas por hipócritas. Caso contrário, Jesus não teria dito: «Guardai-vos de fazer as vossas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles» (Mt 6,1). [...]

Muitos dão aos pobres por ostentação e não por generosidade; muitos que rezam, ou melhor, que parecem rezar, não procuram Deus, mas sim a estima dos homens; muitos jejuam e exibem austeridade notável para atrair a admiração dos que veem a sua conduta. Todas essas obras são enganos. [...] O Senhor conclui que esses frutos não são suficientes para julgar a árvore. As mesmas ações feitas com uma intenção reta e verdadeira são a roupagem das autênticas ovelhas. [...]

O apóstolo Paulo diz-nos quais os frutos pelos quais reconheceremos a árvore ruim: «É fácil reconhecer as obras da carne: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, ciúmes, iras, discórdias, sectarismos, rivalidades, embriaguez, orgias e coisas semelhantes» (Gal 5,19-20). O mesmo apóstolo nos diz a seguir quais os frutos para reconhecer uma boa árvore: «Mas os frutos do Espírito são: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrolo» (v. 22-23).

É preciso saber que a palavra «alegria» é usada aqui no seu sentido literal; os homens maus em sentido literal ignoram a alegria, mas conhecem o prazer. [...] Este é o sentido próprio desta palavra que só os bons conhecem; «não há alegria para os ímpios, diz o Senhor» (Is. 48,22). Acontece o mesmo com a fé verdadeira. As virtudes enumeradas podem ser fingidas por maus e impostores, mas não enganam o olho puro e simples capaz de discernimento.

Paz e Bem!

        ©Evangelizo.org 2001-2012


Publicado por Frei Fernando Maria em 16/07/2012 às 09h34
 
08/07/2012 10h04
ORAÇÃO CONFIANTE À SÃO JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM MÃE, PAI ADOTIVO DE JESUS

 

ORAÇÃO CONFIANTE À SÃO JOSÉ, O CARPINTEIRO DE DEUS

Beato João XXIII (1881-1963), papa

Mensagem radiofónica de 01/05/1960

O Filho de Deus, carpinteiro na oficina de José

São José, guardião de Jesus, esposo castíssimo de Maria, que passaste a tua vida a cumprir o teu dever na perfeição, sustentando a Sagrada Família de Nazaré com o trabalho das tuas mãos, digna-te proteger aqueles que se voltam confiadamente para ti. Tu conheces as suas aspirações, as suas angústias, as suas esperanças; eles recorrem a ti porque sabem que em ti encontrarão alguém que os compreende e os protege. Também tu conheceste as provações, a fadiga, o cansaço; mas, mesmo no meio das preocupações da vida material, a tua alma, repleta da paz mais profunda, exultava com uma alegria inexprimível devido à intimidade com o Filho de Deus, confiado aos teus cuidados, e com Maria, Sua doce mãe.

Faz com que também aqueles que procuram a tua proteção compreendam que não estão sós no seu trabalho; que saibam descobrir Jesus a seu lado, acolhê-l'O com a graça, guardá-l'O fielmente como tu o fizeste. Faz com que em cada família, em cada oficina, em cada estaleiro, onde quer que trabalhe um cristão, todas as coisas sejam santificadas na caridade, na paciência, na justiça, na preocupação de fazer o bem, para que desçam sobre todos com abundância os dons do amor de Deus.

Paz e Bem!

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Publicado por Frei Fernando Maria em 08/07/2012 às 10h04
 
06/07/2012 10h28
"VAI, E NÃO TORNES A PECAR".

 

“VAI, E NÃO TORNES A PECAR”.

São Francisco de Assis (1182-1226), fundador dos frades menores - Carta a um superior da ordem franciscana

«Eu não vim chamar o justos, mas os pecadores»

Eis como saberei que amas o Senhor, e que me amas a mim, Seu e teu servo: se qualquer irmão, após ter pecado tanto quanto é possível pecar, pode encontrar o teu olhar, pedir o teu perdão, e partir perdoado. Se não te pedir perdão, pergunta-lhe tu se quer ser perdoado. E se, mesmo depois disso, voltar a pecar mil vezes contra ti, ama-o mais ainda do que me amas a mim, para o conduzir ao Senhor. Tem sempre piedade desses infelizes. [...]

Se um irmão, instigado pelo inimigo, cometer um pecado grave, será obrigado, por obediência, a recorrer ao seu responsável. Os irmãos que conhecerem a sua falta não o hão de afrontar nem acusar; testemunhar-lhe-ão, pelo contrário, muita bondade e calarão cuidadosamente o pecado do seu irmão, porque «não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes» (Mt 9,12). [...] E o seu superior agirá para com ele com tanta bondade como desejaria para si se se encontrasse em situação semelhante.

Se um irmão cair nalgum pecado venial, confessar-se-á a um dos seus irmãos padres. Se não houver padre, confessar-se-á ao seu irmão, enquanto espera encontrar um padre que o absolva canonicamente. Os irmãos não poderão ordenar outra penitência a não ser esta: «Vai, e não tornes a pecar!» (Jo 8,11).

Paz e Bem!

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Publicado por Frei Fernando Maria em 06/07/2012 às 10h28



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