FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
28/08/2009 08h45
CHEGANDO À PLENITUDE DO TEMPO...
 
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e Doutor da Igreja
Sermão 1 para o Advento (a partir da trad. cf. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 6, p. 137)
 
A meio da noite
 
Quando veio o Salvador? Não veio no princípio dos tempos, nem no meio, mas no fim. E teve uma razão para isto. Muito sabiamente, a Sabedoria divina, ciente de que os filhos de Adão são dados à ingratidão, considerou que só devia valer-lhes com o seu socorro quando estivessem na maior necessidade.
 
E já, em verdade, a noite ia caindo e o dia estava no ocaso, «o sol da justiça» tinha pouco a pouco desaparecido (Lc 24, 29; Ml 3, 20); já espalhava sobre a terra um luar incerto e um fraco calor, apenas. De fato, a luz do conhecimento de Deus minguara muito e o calor da caridade esfriaria, na seqüência de uma crescente iniqüidade (Mt 24, 12). Os anjos já não apareciam, já não havia oráculos de profetas; tinham desaparecido, acabado, como que vencidos perante o extremo endurecimento dos homens e a sua obstinação.
 
Foi nesse momento que o Filho afirmou: «Então eu digo: Estou aqui!» (Sl 39, 8). Sim, na hora em que um silêncio profundo tudo envolvia, e a noite ia a meio do seu curso, a Tua Palavra toda-poderosa, Senhor, desceu do céu, do Seu trono real (Sb 18, 14). Tal como disse o apóstolo Paulo: «Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o Seu Filho» (Gal 4, 4).
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 28/08/2009 às 08h45

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