FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
21/09/2009 11h02
SÃO MATEUS
Rupert de Deutz (v. 1075-1130), monge beneditino
As Obras do Espírito Santo, IV, 14 (a partir da trad. SC 165, p. 183 rev.)
 
O cobrador de impostos foi libertado para o Reino de Deus
 
Mateus, o publicano, recebeu por alimento «o pão da vida e da inteligência» (Sir 15, 3); e dessa mesma inteligência, fez em sua casa um grande banquete para o Senhor Jesus, pois tinha recebido uma graça abundante, em conformidade com o seu nome [que quer dizer «dom do Senhor»]. Um presságio desse banquete de graças havia sido preparado por Deus: tendo sido chamado enquanto estava no seu posto de cobrança, seguiu a Cristo e «ofereceu-Lhe, em sua casa, um grande banquete» (Lc 5, 29). Ofereceu-Lhe, portanto, um banquete dos grandes – um banquete real, diríamos.
 
Mateus é de fato o evangelista que nos mostra Cristo Rei através da Sua família e dos Seus atos. Logo no início da obra, declara que se trata do livro da «Genealogia de Jesus Cristo, filho de David» (Mt 1, 1). Em seguida, comenta como o recém-nascido é adorado pelos magos como rei dos judeus; depois, tecendo o resto da narração com régios feitos e parábolas do reino, termina por fim com as próprias palavras de um Rei que já está coroado pela glória da ressurreição: «Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra» (28, 18).
 
Se examinarmos bem o conjunto da sua redação, reconheceremos que toda ela respira os mistérios do Reino de Deus. Nada de espantoso há nisto; Mateus tinha sido publicano, lembrava-se de ter sido chamado do serviço público do reino de pecado para a liberdade do Reino de Deus, do Reino de justiça. Como homem verdadeiramente grato para com o grande Rei que o tinha libertado, serviu com fidelidade as leis do Seu Reino.
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 21/09/2009 às 11h02

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