FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
07/04/2010 17h29
"NÃO NOS ARDIA O CORAÇÃO?"
Cardeal John Henry Newman (1801-1892), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo - PPS 6, 10
 
«Não nos ardia o coração?»
 
Irmãos, compreendamos o que foram as aparições de Cristo aos Seus discípulos depois da ressurreição; elas são da maior importância, porque nos fazem ver que continua a ser possível uma comunhão deste gênero com Cristo: é este o gênero de contato com Cristo que hoje nos é dado. Neste período de quarenta dias que se seguiu à ressurreição, Jesus inaugurou uma nova relação com a Igreja, a Sua atual relação conosco, o gênero de presença que quis garantir-nos.
 
Após a Sua ressurreição, como estava Cristo presente na Sua Igreja? Ia e vinha livremente, sem nada que se Lhe opusesse, nem sequer as portas fechadas. Mas, quando Ele estava presente, os discípulos não se apercebiam imediatamente disso. [...] Os discípulos de Emaús só tiveram consciência da Sua presença quando, de repente, compreenderam a influência que Ele tinha exercido sobre eles: «Não nos ardia o coração?» [...]
 
Reparemos bem em que momento se lhes abriram os olhos [...]: no momento da fração do pão. É essa, com efeito, a atual disposição do Evangelho. Quando se recebe a graça de compreender a presença de Cristo, só se O reconhece mais tarde; atualmente, só pela fé se discerne a Sua presença. Em lugar da presença sensível, Ele deixou-nos o memorial da Sua redenção: torna-Se presente no sacramento. Quando foi que Ele Se manifestou? Quando, por assim dizer, fez com que os Seus passassem de uma visão sem verdadeiro conhecimento a um autêntico conhecimento na invisibilidade da fé.
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 07/04/2010 às 17h29

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