FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
19/07/2010 10h12
OS SINAIS DE DEUS
OS SINAIS DE DEUS
 
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 3, PL 52, 303-306, CCL 24, 211-215 (a partir da trad. de Thèmes et figures, DDB 1984, p. 117)
 
O sinal de Jonas
 
Eis que a fuga do profeta Jonas para longe de Deus (Jn 1, 3) se transforma numa imagem profética, e o que é apresentado como um naufrágio funesto se torna o sinal da ressurreição do Senhor. O próprio texto da história de Jonas mostra-nos bem como este prefigura plenamente a imagem do Salvador. Está escrito que Jonas «fugiu da presença do Senhor». Não fugiu o próprio Senhor da condição e do aspecto da divindade, para tomar a condição e o rosto humanos?
 
Assim o diz o Apóstolo Paulo: «Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus; no entanto, esvaziou-se a Si mesmo, tomando a condição de servo» (Fil 2, 6-7). O Senhor revestiu-Se da condição de servo. Para passar despercebido no mundo, para sair vitorioso sobre o demônio, fugiu de Si mesmo para junto dos homens. [...] Deus está em todo o lado: é impossível fugir-Lhe. Para conseguir «fugir da presença do Senhor», não para um lugar determinado mas, de certa maneira, através da aparência, Cristo refugiou-Se na imagem da nossa servidão, totalmente assumida.
 
A narrativa prossegue: «desceu a Jafa, onde encontrou um navio que partia para Társis». Eis agora Aquele que desceu: «Ninguém subiu ao Céu a não ser Aquele que desceu do Céu» (Jo 3, 13). O Senhor desceu do céu à terra, Deus desceu à altura do homem, a omnipotência desceu à nossa servidão. Mas Jonas, que desceu em direção ao navio, teve de subir para nele viajar. Da mesma forma, Cristo, descido ao mundo, subiu, pelas Suas virtudes e milagres, para o navio da Sua Igreja.
                  
 Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 19/07/2010 às 10h12

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