02/08/2010 22h51
NA CRIAÇÃO VISÍVEL, OPERA-SE UM TRABALHO INVISÍVEL
Santo Hilário (c. 315-367), Bispo de Poitiers e Doutor da Igreja Comentário sobre o Evangelho de Mateus, 14, 12 (a partir da trad. Matthieu commenté, DDB 1985, p. 100 rev.) «Ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção» Após ter tomado os cinco pães, o Senhor ergueu o Seu olhar para o céu para honrar Aquele de Quem Ele próprio tem o ser. Não necessitava de olhar o Pai com os Seus olhos humanos; mas quis fazer compreender aos que estavam presentes que tinha recebido a capacidade de realizar um ato que exigia tão grande poder. Seguidamente, dá os pães aos Seus discípulos. Não é por multiplicação que os cinco pães se transformam em muitos mais. Os pedaços sucedem-se e enganam quem os parte; é como se tivessem sido partidos anteriormente! A matéria continua a estender-se. [...] Ou seja, a graça suponhe a natureza, pois, o milagre consiste na partilha do que se tem; quem dá do que tem, vê sua dádiva multiplicada muito além do que se espera. Por conseguinte não vos surpreenda que as fontes corram, que haja cachos nas cepas da vinha, que riachos de vinho escorram desses cachos. Os recursos da terra sucedem-se ao longo do ano, de acordo com um ritmo indestrutível. Uma tal multiplicação de pães revela a ação do autor do universo. Normalmente, Ele impõe um limite a semelhante crescimento, pois conhece a fundo as leis da matéria. Na criação visível, opera-se um trabalho invisível. O mistério da ação presente é obra do Senhor dos mistérios celestiais. O poder D'Aquele que age excede toda a natureza, e o método deste Poder ultrapassa a compreensão do fato. Só permanece a admiração por esse poder. Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2010 Publicado por Frei Fernando Maria em 02/08/2010 às 22h51
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