08/09/2010 00h02
QUANDO O SILÊNCIO...
Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), Fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Silêncio dos nossos olhos.Não há maior amor (a partir da trad. Il n'y a pas de plus grand amour, Lattès 1997, p. 24) Os contemplativos e os ascetas de todos os tempos e de todas as religiões sempre procuraram a Deus no silêncio, na solidão dos desertos, das florestas, das montanhas. O próprio Jesus viveu quarenta dias em absoluta solidão, passando longas horas num coração a coração com o Pai, no silêncio da noite. Nós próprios somos chamados a retirar-nos a espaços para um silêncio mais profundo, para um isolamento com Deus; a estar a sós com Ele, não com os nossos livros, os nossos pensamentos, as nossas recordações, mas num despojamento perfeito; a permanecer na Sua presença – silenciosos, vazios, imóveis, expectantes. Não podemos encontrar a Deus no barulho, na agitação. Veja-se na natureza: as árvores, as flores e a erva dos campos crescem em silêncio; as estrelas, a lua, o sol movem-se em silêncio. O essencial não é o que possamos dizer mas o que Deus nos diz e o que Ele diz a outros através de nós. Ele escuta-nos no silêncio; no silêncio fala às nossas almas. No silêncio é-nos dado o privilégio de escutar a Sua voz: Silêncio dos nossos ouvidos. Silêncio das nossas bocas. Silêncio dos nossos espíritos. No silêncio do coração, Deus falará. Paz e Bem! Publicado por Frei Fernando Maria em 08/09/2010 às 00h02
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