13/11/2010 12h13
ORAR SEMPRE
ORAR SEMPRE
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja Sermão 115, 1; PL 38, 655 (a partir da trad. de Delhougne, Les Pères commentent, p. 447) «Quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?» Haverá método mais eficaz para nos encorajar à oração do que a parábola do juiz iníquo que o Senhor nos contou? Evidentemente, o juiz iníquo nem temia a Deus nem respeitava os homens. Não experimentava qualquer benevolência pela viúva que a ele recorria e, no entanto, vencido pelo aborrecimento, acabou por a escutar. Se, portanto, ele atendeu esta mulher que o importunava com as suas súplicas, como não seremos nós atendidos por Aquele que nos encoraja a apresentar-Lhe as nossas? Foi por isso que o Senhor nos propôs esta comparação, conseguida por contraste, para nos dar a perceber que é preciso «orar sempre, sem desfalecer». E depois acrescentou: «Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?» Se a fé desaparecer, a oração extingue-se. Com efeito, quem poderia rezar para pedir aquilo em que não crê? Eis pois o que o Apóstolo Paulo diz, exortando-nos à oração: «Todo o que invocar o nome do Senhor será salvo». Depois, para mostrar que a fé é a fonte da oração e que o rio não pode correr se a fonte estiver seca, acrescenta : «Ora, como hão de invocar Aquele em Quem não acreditaram?» (Rom 10,13-14) Acreditemos, pois, para podermos orar e oremos para que a fé, que é o princípio da nossa oração, nunca nos venha a faltar. A fé expande a oração e a oração, ao expandir-se, obtém por seu turno o fortalecimento da fé. Paz e Bem! ©Evangelizo.org 2001-2010 Publicado por Frei Fernando Maria em 13/11/2010 às 12h13
|