04/12/2012 11h41
LOUVAI O SENHOR, PORQUE ELE É BOM...
LOVAI O SENHOR, PORQUE ELE É BOM A ORAÇÃO DA IGREJA Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa. «Louvai a Deus no Seu santuário. [...] Tudo o que respira louve o Senhor!» (Sl 150, 1;6) Já na Antiga Aliança havia uma certa compreensão do carácter eucarístico da oração. A prodigiosa construção da Tenda da Aliança (cf. Ex 25ss), tal como mais tarde a do Templo de Salomão (cf. 1Rs 5-6), é imagem de toda a Criação agrupando-se em torno do seu Senhor para O adorar e servir. [...] Da mesma forma que, segundo a narração da Criação, o céu foi desdobrado como um toldo (cf. Sl 104 [103],2), assim também a Tenda foi constituída por painéis de tecido; do mesmo modo que as águas que estavam sob o firmamento foram separadas das que estavam por cima (cf. Gn 1,7). Assim também o véu do Templo separava o Santo dos Santos dos espaços envolventes. [...] O candelabro de sete braços era igualmente símbolo dos luzeiros do céu, tal como cordeiros e pássaros representavam a abundância de seres vivos que habitam as águas, os solos e os ares. E do mesmo modo que a terra foi confiada ao homem (cf. Gn 1, 28), cabia ao Sumo Sacerdote permanecer no Santuário (Lv 21,10ss). [...] Em lugar do Templo de Salomão, Cristo edificou um templo de pedras vivas (cf. 1Pe 2,5), a comunhão dos santos, no centro do qual Ele permanece como Sumo Sacerdote eterno e sobre cujo altar é Ele próprio o sacrifício oferecido eternamente. E desta liturgia é participante toda a Criação: os frutos da terra, a ela associados em misteriosa oferenda, assim como as flores, as lâmpadas, as tapeçarias e o reposteiro do templo, o sacerdote consagrado, a unção e a bênção da casa de Deus. Nem sequer os querubins estão ausentes, eles cujas figuras esculpidas montavam guarda ao Santo dos Santos: agora são os monges que, semelhantes aos anjos, não cessam de louvar a Deus dia e noite, na terra como no céu. [...] Os seus cânticos de louvor convidam desde a aurora toda a Criação a enaltecer em uníssono o Senhor: montanhas e colinas, rios e cursos de água, mares e terra firme e tudo o que aí habita, nuvens e ventos, chuva e neve, todos os povos da terra, homens de todas as raças e condições, habitantes do Céu, todos os Santos e Anjos de Deus (cf. Dn 3, 57-90). [...] Devemos associar-nos, na nossa liturgia, a este louvor eterno de Deus. Nós, quem? Não apenas os religiosos regulares [...], mas todo o povo cristão. Paz e Bem! Publicado por Frei Fernando Maria em 04/12/2012 às 11h41
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