FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
09/05/2014 10h11
"QUEM COME MINHA CARNE E BEBE MEU SANGUE, PERMANECE EM MIM E EU NELE"

QUEM COME MINHA CARNE E BEBE MEU SANGUE, PERMANECE EM MIM E EU NELE

Catequeses da Igreja de Jerusalém aos novos batizados (séc. IV) N° 4; SC 126

«A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida»

«Tomai e comei, isto é o meu corpo. […] Tomai e bebei, este é o cálice do meu sangue» (Mt 26,26ss). Se o próprio Cristo declarou, a propósito do pão: «Isto é o meu corpo», quem se atreverá a hesitar? E se Ele próprio afirmou categoricamente: «Este é o cálice do meu sangue», quem poderá duvidar? […] É, pois com plena certeza que participamos no corpo e no sangue de Cristo. Pois, sob o aspecto do pão, é o corpo que te é dado; e sob o aspecto do vinho, é o sangue que te é dado, a fim de que, participando do corpo e do sangue, te tornes um só corpo e um só sangue com Cristo. […] Desta maneira, diz São Pedro, tornamo-nos «participantes da natureza divina» (2Ped 1,4).

Anteriormente, Cristo declarara, dirigindo-Se aos judeus: «Se não comerdes a minha carne e não beberdes o meu sangue, não tereis a vida em vós.» Mas eles, não compreendendo estas palavras espirituais, afastaram-se escandalizados. […] Na Antiga Aliança, também havia os pães da oferenda; mas agora já não há motivo para se oferecerem os pães da Antiga Aliança. Na Nova Aliança, há um «pão descido do céu» e um «cálice da salvação» (Jo 6,41; Sl 115,4). Pois, assim como o pão é bom para o corpo, assim o Verbo é conveniente para a alma.

Também o Santo Profeta David explica o poder da Eucaristia quando afirma: «Para mim preparais a mesa, à vista dos meus adversários» (Sl 22,5). […] De que fala ele aqui, senão dessa mesa misteriosa e mística que Deus nos preparou contra o nosso inimigo, o demônio? […] «E o cálice inebria-me como o melhor vinho» (v. 5, LXX). Neste versículo, refere-se ao cálice que Jesus tomou em suas mãos quando deu graças e disse: «Este é o cálice do meu sangue, derramado pela multidão em remissão dos pecados» (Mt 26,28). […] David também dizia a este propósito: «O vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe faz brilhar o rosto, e o pão, que lhe robustece as forças» (Sl 103,15). Robustece o teu coração tomando este pão como alimento espiritual, e alegra o coração e a alma.

Paz e Bem!


Publicado por Frei Fernando Maria em 09/05/2014 às 10h11

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