FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
25/02/2016 15h14
NEM SEMPRE...

NEM SEMPRE ENTEDEMOS OS PORQUÊS DA VIDA...

«Um pobre [...] jazia junto do seu portão»

Cristo disse: «Tive fome e destes-Me de comer» (Mt 25, 35). E não teve fome só de pão, mas também da estima acolhedora que nos permite sentirmo-nos amados, reconhecidos, sermos alguém aos olhos de outrem. Ele não foi desprovido só das suas vestes, mas também da dignidade e do respeito humano, pela grande injustiça que é cometida com o pobre, que é precisamente ser desprezado por ser pobre. Não só foi privado de um teto, mas também sofreu as privações por que passam os encarcerados, os rejeitados e os escorraçados, aqueles que vagueiam pelo mundo sem ter ninguém que trate deles.

Ao desceres a rua, sem outro propósito senão esse, talvez atentes no homem que está ali à esquina, e vás ao seu encontro. Talvez ele fique de pé atrás, mas tu colocas-te na sua frente. Tens de irradiar a presença que trazes dentro de ti com o amor e a atenção que dás ao homem a quem te diriges. E por quê? Porque, para ti, Ele é Jesus. Sim, é Jesus, mas não pode receber-te em sua casa — é por isso que tens de ser tu a dirigir-te a Ele. Ele está escondido ali, naquela pessoa. Jesus, oculto no mais pequenino dos irmãos (cf. Mt 25, 40), cheio de fome de pão, mas também de amor, de reconhecimento, de ser tido como alguém com valor.[1]

Paz e Bem!

 

 


[1] Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade - «Não há maior amor»


Publicado por Frei Fernando Maria em 25/02/2016 às 15h14

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