FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
13/01/2012 11h10
"OS TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS"

 

“OS TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS”

«Vendo Jesus a fé daqueles homens, disse ao paralítico: 'Os teus pecados estão perdoados'». Como é grande o Senhor! Por causa de uns, perdoa aos outros; de uns recebe a oração, a outros perdoa os pecados. Por que razão, ó homem, não poderá o teu semelhante interceder por ti, quando é um servo que do Senhor alcança e obtém, pela súplica insistente, a graça?

Quem julga, pois, que aprenda a perdoar; e quem estiver doente, a suplicar. E se não esperais o perdão imediato das faltas graves, recorrei a intercessores, recorrei à Igreja, que rezará por vós, e, em consideração a ela, o Senhor vos concederá o perdão que podia ter-vos recusado. Não negamos a realidade histórica da cura do paralítico, apenas queremos aqui realçar sobretudo a sua cura interior, por causa dos pecados que lhe foram perdoados. [...]

O Senhor quer salvar os pecadores e demonstra a Sua divindade através do conhecimento que tem dos corações e dos prodígios das Suas acções: «Que é mais fácil? Dizer ao paralítico 'Os teus pecados estão perdoados', ou dizer 'Levanta-te, pega no teu catre e anda'?» E assim faz-lhes ver a imagem completa da Ressurreição, uma vez que, ao curar as feridas do corpo e da alma [...], é o homem todo que fica curado.

Paz e Bem!

Fonte: Santo Ambrósio (c.340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja - Comentário ao Evangelho de Lucas V, 11-13

 

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Publicado por Frei Fernando Maria em 13/01/2012 às 11h10
 
12/01/2012 12h05
"FOI PARA DESTRUIR AS OBRAS DO DIABO QUE APARECEU O FILHO DE DEUS" (1Jo 3,8).

 

«FOI PARA DESTRUIR AS OBRAS DO DIABO QUE APARECEU O FILHO DE DEUS» (1 JO 3,8).

Por detrás da opção de desobediência dos nossos primeiros pais, há uma voz sedutora, oposta a Deus (Gn 3,1-5), a qual, por inveja, os faz cair na morte (Sb 2,24). A Escritura e a Tradição da Igreja veem neste ser um anjo decaído, chamado Satanás ou Diabo (Jo 8,44; Ap 12,9). Segundo o ensinamento da Igreja, ele foi primeiro um anjo bom, criado por Deus. «O Diabo e os outros demônios foram por Deus criados naturalmente bons; mas eles, por si, é que se fizeram maus» (Concílio de Latrão).

A Escritura fala dum pecado destes anjos (2Pe 2,4). A queda consiste na livre opção destes espíritos criados, que radical e irrevogavelmente recusaram Deus e o Seu Reino. Encontramos um reflexo desta rebelião nas palavras do tentador aos nossos primeiros pais: «Sereis como Deus» (Gn 3,5). O Diabo é «pecador desde o princípio» (1 Jo 3, 8), «pai da mentira» (Jo 8,44). É o carácter irrevogável da sua opção, e não uma falha da infinita misericórdia de Deus, que faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado. «Não há arrependimento para eles depois da queda, tal como não há arrependimento para os homens depois da morte» (São João Damasceno).

A Escritura atesta a influência nefasta daquele a que Jesus chama «assassino desde o princípio» (Jo 8,44), e que chegou ao ponto de tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai (Mt 4,1-11). «Foi para destruir as obras do Diabo que apareceu o Filho de Deus» (1 Jo 3,8). Dessas obras, a mais grave em consequências foi a mentirosa sedução que induziu o homem a desobedecer a Deus.

No entanto, o poder de Satanás não é infinito. Satanás é uma simples criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas criatura: impotente para impedir a edificação do Reino de Deus.

Paz e Bem!

Fonte: Catecismo da Igreja Católica §§ 391-395

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Publicado por Frei Fernando Maria em 12/01/2012 às 12h05
 
10/01/2012 12h03
A INATA CAPACIDADE DE AMAR

 

A INATA CAPACIDADE DE AMAR

O amor de Deus não é matéria de ensino nem de prescrições. Não aprendemos de outrem a alegrar-nos com a luz, ou a desejar a vida, ou a amar os pais ou educadores. Assim – ou melhor, com muito mais razão –, não se encontra o amor de Deus na disciplina exterior. Mas, quando é criado, o ser vivo, isto é, o homem, a força da razão foi, como semente, inserida nele, uma força que contém em si a capacidade e a inclinação de amar. Logo que entra na escola dos divinos preceitos, o homem toma conhecimento desta força, apresando-se em cultivá-la com ardor, nutri-la com sabedoria e levá-la à perfeição, com o auxílio de Deus.

Sendo assim, queremos provar vosso empenho em atingir este objetivo. Pela graça de Deus e contando com as vossas preces, nós nos esforçaremos, segundo a capacidade dada pelo Espírito Santo, por suscitar a centelha do amor divino escondida em vós. Antes de mais nada, nós dele recebemos antecipadamente a força e a capacidade de pôr em prática todos os mandamentos que Deus nos deu. Por isso, não nos aflijamos como se nos fosse exigido algo de incomum, nem nos tornemos vaidosos pensando que damos mais do que havíamos recebido. Se usarmos bem destas forças, levaremos uma vida virtuosa; no entanto, mal empregadas, cairemos no pecado.

Ora, o pecado se define como o mau uso, o uso contrário à vontade de Deus daquilo que ele nos deu para o bem. Por outro lado, a virtude, como Deus a quer, é o desenvolvimento destas faculdades que brotam da consciência reta, segundo o preceito do Senhor.

O mesmo diremos da caridade. Ao recebermos o mandamento de amar a Deus, já possuímos capacidade de amar, plantada em nós desde a primeira criação. Não há necessidade de provas externas: cada qual por si e em si mesmo pode descobri-la. De fato, nós desejamos, naturalmente, as coisas boas e belas, embora, à primeira vista, algumas pareçam boas e belas a uns e não a outros. Amamos também, sem ser necessário que nos ensinem nossos parentes e amigos e temos espontaneamente grande amizade por nossos benfeitores.

O que haverá, pergunto então, de mais admirável do que a beleza divina? Que coisa pode haver mais suave e deliciosa do que a meditação da magnificência de Deus? Que desejo será mais veemente e violento do que aquele inserido por Deus na alma liberta de toda impureza e que lhe faz dizer do fundo do coração: Estou ferida de amor? É na verdade totalmente indescritível o fulgor da beleza de Deus.

Paz e Bem!

Fonte: Da Regra mais longa, de São Basílio Magno, bispo - (Resp. 2,1: PG 31,908-910) (Séc.IV).


Publicado por Frei Fernando Maria em 10/01/2012 às 12h03
 
09/01/2012 12h14
O BATISMO DE CRISTO E O NOSSO BATISMO

O BATISMO DE CRISTO E O NOSSO BATISMO

Cristo é iluminado no batismo, recebemos com ele a luz; Cristo é batizado, desçamos com ele às águas para com ele subirmos.

João batiza e Jesus se aproxima; talvez para santificar igualmente aquele que o batiza e, sem dúvida, para sepultar nas águas o velho Adão. Antes de nós, e por nossa causa, ele que é Espírito e carne santificou as águas do Jordão, para assim nos iniciar nos sacramentos mediante o Espírito e a água.

João reluta, Jesus insiste. Eu é que devo ser batizado por ti (cf. Mt 3,14), diz a lâmpada ao Sol, a voz à Palavra, o amigo ao Esposo, diz o maior entre todos os nascidos de mulher ao Primogênito de toda criatura, aquele que estremecera de alegria no seio materno ao que fora adorado no seio de sua Mãe, o que era e seria precursor ao que já tinha vindo e de novo há de vir.  Eu é que devo ser batizado por ti. Podia ainda acrescentar: e por causa de ti. Pois sabia que ia receber o batismo de sangue ou que, como Pedro, não lhe seriam apenas lavados os pés.  

Jesus sai das águas, elevando consigo o mundo que estava submerso, e vê abrirem-se os céus de par em par, que Adão tinha fechado para si e sua posteridade, assim como o paraíso lhe fora fechado por uma espada de fogo.

O Espírito, acorrendo àquele que lhe é igual, dá testemunho da sua divindade. Vem do céu uma voz, pois também vinha do céu aquele de quem se dava testemunho. E ao mostrar-se na forma corporal de uma pomba, o Espírito glorifica o corpo de Cristo, já que este, por sua união com a divindade, é o corpo de Deus. De modo semelhante, muitos séculos antes, uma pomba anunciara o fim do dilúvio.  Veneremos hoje o batismo de Cristo e celebremos dignamente esta festa.

Permanecei inteiramente puros e purificai-vos sempre mais. Nada agrada tanto a Deus quanto o arrependimento e a salvação do homem, para quem se destinam todas as suas palavras e mistérios. Sede como luzes no mundo, isto é, como uma força vivificante para os outros homens. Permanecendo como luzes perfeitas diante da grande luz, sereis inundados pelo esplendor dessa luz que brilha no céu e iluminados com maior pureza e fulgor pela Trindade. Dela acabastes de receber, embora não em plenitude, o único raio que procede da única Divindade, em Jesus Cristo, nosso Senhor, a quem pertencem a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amém.

Paz e Bem!

Fonte: Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo - (Oratio in sancta Lumina, 14-16. 20:PG 36, 350-351. 354. 358-359) (Séc. IV)


Publicado por Frei Fernando Maria em 09/01/2012 às 12h14
 
07/01/2012 12h13
"TUDO É POSSÍVEL AO QUE CRÊ..."

 

"TUDO É POSSÍVEL AO QUE CRÊ..."

Santo Efraim (c. 306-373), diácono na Síria, doutor da Igreja - Comentário ao Diatessaron, 5, 6ss.; SC 121

«Jesus realizou o primeiro dos Seus sinais miraculosos» (Jo 2, 11)

Porque terá Nosso Senhor, como primeiro sinal, transformado a água em vinho? Foi para demonstrar como Deus, que transforma a natureza do interior dos vasilhames, opera também a Sua transformação no seio da Virgem. De igual modo, como milagre máximo, Jesus abriu um túmulo a fim de manifestar a Sua independência em relação à ávida morte, que tudo engole.

Para autenticar e confirmar a dupla perturbação da natureza que são o Seu nascimento e a Sua ressurreição, Jesus transforma a água em vinho, sem em nada modificar as vasilhas de pedra. Eis aqui o símbolo do Seu próprio corpo, milagrosamente concebido e maravilhosamente criado numa virgem, sem intervenção de homem. [...]

Contrariamente ao que é habitual, as vasilhas deram ao mundo um vinho novo, sem que nunca houvesse, posteriormente, repetição de tal maravilha. Assim também a Virgem concebeu e deu ao mundo a Emanuel (Is 7, 14), não voltando a conceber. O milagre das vasilhas de pedra é este: a pequenez torna-se grandeza, a parcimónia transmuta-se em superabundância, a água da fonte em vinho doce. [...] Em Maria, contrariamente, a grandeza e a glória da divindade mudam de aspecto, antes tomando uma aparência de fragilidade e de ignomínia.

Aquelas vasilhas serviam para os ritos de purificação dos judeus; nelas, verte nosso Senhor a Sua doutrina: manifesta que veio segundo a Lei e os profetas, mas para tudo mudar através dos Seus ensinamentos, tal como a água se transformou em vinho. [...] «É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo» (Jo 1,17). O esposo que morava em Caná convidou o Esposo que veio do céu; e o Senhor, preparado para estas núpcias, respondeu ao seu convite. Os que estavam sentados à mesa convidaram Aquele que instala os mundos em Seu Reino, e Ele enviou-lhes um presente de núpcias que os fez exultar. [...] Não tinham vinho que chegasse, mesmo do de menor qualidade; Ele deu-lhes então um pouco da Sua riqueza: em resposta ao convite, Ele convidou-os para as Suas próprias núpcias.

Paz e Bem!

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Publicado por Frei Fernando Maria em 07/01/2012 às 12h13



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