FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
12/06/2009 13h27
UM AMOR FIEL E EXCLUSIVO, ATÉ À MORTE...
Paulo VI, Papa entre 1963 e 1978
Humanae vitae, 8-9

«Deus criou o homem à Sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher» (Gn 1, 27)

«O amor conjugal exprime a sua verdadeira natureza e nobreza quando se considera a sua fonte suprema, Deus, que é Amor. [...] O matrimônio não é, portanto, fruto do acaso, ou produto de forças naturais inconscientes: é uma instituição sapiente do Criador, para realizar na humanidade o Seu desígnio de amor.

Mediante a doação pessoal recíproca, [...] os esposos tendem para a comunhão dos seus seres, com vista a um aperfeiçoamento mútuo pessoal, para colaborarem com Deus na geração e educação de novas vidas. Depois, para os batizados, o matrimônio revela a dignidade de sinal sacramental da graça, enquanto representa a união de Cristo com a Igreja (Ef 5, 32).

A esta luz, aparecem-nos claramente as notas características do amor conjugal. [...] É, antes de mais, um amor plenamente humano, quer dizer, ao mesmo tempo espiritual e sensível. Não é, portanto, um simples ímpeto do instinto ou do sentimentos; mas é também, e principalmente, um ato da vontade livre, destinado a manter-se e a crescer, mediante as alegrias e as dores da vida quotidiana, de tal modo que os esposos se tornem um só coração e uma só alma e alcancem a sua perfeição humana.

É, depois, um amor total, quer dizer, uma forma muito especial de amizade pessoal, em que os esposos generosamente compartilham todas as coisas, sem reservas indevidas e sem cálculos egoístas. Quem ama verdadeiramente o próprio consorte não o ama somente por aquilo que dele recebe, mas por ele mesmo, sentindo-se feliz por poder enriquecê-lo com o dom de si próprio.

É, ainda, um amor fiel e exclusivo, até à morte. Assim o concebem, efectivamente, o esposo e a esposa no dia em que assumem, livremente e com plena consciência, o compromisso do vínculo matrimonial. [...] É, finalmente, um amor fecundo, que não se esgota na comunhão entre os cônjuges, mas que está destinado a continuar-se, suscitando novas vidas.

Paz e Bem!

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Publicado por Frei Fernando Maria em 12/06/2009 às 13h27
 
11/06/2009 10h13
"ISTO É O MEU CORPO E SANGUE DA NOVA ALIANÇA"
Antigo hino para o sábado santo
Borgia, Frammenti eucaristici antichissimi, p. 46-50 (trad. Hamman, Prières des premiers chrétiens, DDB 1981, p. 162)
 
«Isto é o Meu sangue, o sangue da nova aliança, que será derramado por vós e por todos»
 
Hoje contemplamos Nosso Senhor Jesus Cristo no altar.
Hoje alimentamo-nos do carvão em fogo, à sombra do qual cantam os querubins.
Hoje ouvimos a voz forte e suave, que nos dizia:
 
Este corpo queima os espinhos dos pecados, ilumina as almas dos homens.
Este corpo foi tocado pela hemorroíssa, que ficou livre da sua enfermidade.
Ao ver este corpo, a filha da Cananéia ficou sarada.
A pecadora aproximou-se deste corpo com toda a alma
e ficou liberta do lodo dos seus pecados.
Este corpo foi tocado por Tomé,
que o reconheceu, exclamando: «Meu Senhor e meu Deus!»
Este corpo, grande e altíssimo, é o fundamento da nossa salvação.
 
Outrora, Aquele que é o Verbo e a Vida disse-nos:
«Este sangue foi derramado por vós, para remissão dos pecados».
Nós bebemos, bem-amados, o sangue santo e imortal.
Nós bebemos, bem-amados, o sangue que correu do lado do Senhor,
que sara todas as doenças, que liberta todas as almas.
Nós bebemos o sangue pelo qual fomos resgatados.
Fomos comprados e instruídos, fomos iluminados.
Reparei, irmãos, no corpo que comemos!
Reparai, filhos, no sangue que nos inebriou!
Reparai na aliança concluída com o nosso Deus,
e receai corar no dia terrível, no dia do juízo (cf 1Cor 11, 29).
 
Quem poderá glorificar o mistério da graça?
Fomos julgados dignos de participar do dom.
Perseveremos até ao fim, para O ouvirmos dizer,
na Sua voz feliz, na Sua voz suave e santa:
«Vinde benditos de Meu Pai,
recebei em herança o Reino que está preparado para vós» (Mt 25,34). [...]
 
Bem-amados,
celebramos as maravilhas do batismo de Jesus (cf Mc 10, 38),
a Sua sagrada e vivificante ressurreição,
pela qual foi dada a salvação ao mundo.
Todos esperamos a sua feliz realização,
na graça e na benevolência de Nosso Senhor Jesus Cristo:
a Ele a glória, a honra e a adoração.
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 11/06/2009 às 10h13
 
09/06/2009 22h56
VÓ SOIS O SAL DA TERRA...VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO...
Concílio Vaticano II
Decreto sobre o apostolado dos leigos, «Apostolicam Actuositatem», §§ 5-6

«Vós sois o sal da terra. [...] Vós sois a luz do mundo.»

A obra redentora de Cristo, que por natureza visa salvar os homens, compreende também a restauração de toda a ordem temporal. Daí que a missão da Igreja consista, não só em levar aos homens a mensagem e a graça de Cristo, mas também em penetrar e atuar com o espírito do Evangelho as realidades temporais.

Por este motivo os leigos, realizando esta missão da Igreja, exercem o seu apostolado tanto na Igreja como no mundo, tanto na ordem espiritual como na temporal. Estas ordens, embora distintas, estão de tal modo unidas no único desígnio divino, que o próprio Deus pretende reintegrar, em Cristo, o universo inteiro numa nova criatura, de um modo incoativo na terra, plenamente no último dia. O leigo, que é simultaneamente fiel e cidadão, deve sempre guiar-se, em ambas as ordens, por uma única consciência, a consciência cristã.

A missão da Igreja tem como fim a salvação dos homens, a alcançar pela fé em Cristo e pela Sua graça. Por este motivo, o apostolado da Igreja e de todos os seus membros ordena-se, antes de mais, a manifestar ao mundo, por palavras e obras, a mensagem de Cristo, e a comunicar a Sua graça. Isto realiza-se sobretudo por meio do ministério da palavra e dos sacramentos, especialmente confiado ao clero, mas no qual também os leigos têm um grande papel a desempenhar, para se tornarem «cooperadores da verdade» (3 Jo 8).

É sobretudo nesta ordem que o apostolado dos leigos e o ministério pastoral se completam mutuamente. Inúmeras oportunidades se oferecem aos leigos para exercerem o apostolado de evangelização e santificação. O próprio testemunho da vida cristã e as obras, feitas com espírito sobrenatural, têm eficácia para atrair os homens à fé e a Deus; diz o Senhor: «Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que vejam as vossas boas obras e dêem glória ao vosso Pai que está nos céus» (Mt 5, 16).

Paz e Bem!

    ©Evangelizo.org 2001-2009

Publicado por Frei Fernando Maria em 09/06/2009 às 22h56
 
08/06/2009 10h19
FELIZES...
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (norte de África) e Doutor da Igreja
Tratado sobre a virgindade, 27, 35 ; PL 40 , 411, 416 (Bouchet, Lectionnaire, pp. 510-511)

«Aprendei de Mim»

O que significa seguir, se não imitar? Prova disso é que Cristo sofreu por nós, deixando-nos um exemplo, como diz o Apóstolo, para que Lhe sigamos os passos (1P 2, 21).

Felizes os pobres em espírito.
Imitai Aquele que, sendo embora rico, Se fez pobre por vossa causa (2Co 8, 9).

Felizes os mansos.
Imitai Aquele que disse: aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração (Mt 11, 29).

Felizes os que choram.
Imitai Aquele que chorou sobre Jerusalém (Lc 19, 41).

Felizes os que têm fome e sede de justiça.
Imitai Aquele que disse: o Meu alimento é fazer a vontade dAquele que Me enviou (Jo 4, 34).

Felizes os misericordiosos.
Imitai Aquele que socorreu o homem que fora atacado pelos salteadores e que jazia à beira da estrada, desesperado e meio morto (Lc 10, 33).

Felizes os puros de coração.
Imitai Aquele que não teve pecado e em cujos lábios não se encontrou malícia  (1P 2, 22).

Felizes os pacificadores.
Imitai Aquele que disse acerca dos que O perseguiam: Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem (Lc 23, 24).

Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça.
Imitai Aquele que sofreu por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais os Seus passos.

Oração
Vejo-Te, ó bom Jesus, com os olhos da fé que abriste em mim, vejo-Te gritando e dizendo, como se pregasses ao gênero humano: «Vinde a Mim e aprendei de Mim».

Paz e Bem!

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Publicado por Frei Fernando Maria em 08/06/2009 às 10h19
 
06/06/2009 21h44
GLÓRIA AO PAI, E AO FILHO E AO ESPÍRITO SANTO
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo e mártir
Demonstração da pregação apostólica 6-8 (trad. Verbraken / Orval)


«Batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo»

Eis a regra da nossa fé, eis o fundamento do nosso edifício, eis aquilo que dá firmeza ao nosso comportamento. Em primeiro lugar: Deus Pai, incriado, ilimitado, invisível, Deus uno, criador do universo; é o primeiro artigo da nossa fé.

Segundo artigo: o Verbo de Deus, Filho de Deus, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que foi revelado aos profetas segundo o género das suas profecias e segundo os desígnios do Pai; por meio de Quem todas as coisas foram feitas; no final dos tempos, para recapitular todas as coisas, dignou-Se encarnar, aparecendo entre os humanos, visível, palpável, para destruir a morte, fazer surgir a vida e operar a reconciliação entre Deus e o homem.


Terceiro artigo: o Espírito Santo, por Quem os profetas profetizaram, os nossos pais conheceram as coisas de Deus e os justos foram conduzidos para a via da justiça; no final dos tempos, foi enviado aos homens de uma maneira nova, a fim de os renovar em toda a face da terra, para Deus.

É por isto que o batismo do nosso novo nascimento é colocado sob o sinal destes três artigos. Deus Pai concede-no-lo, com vista ao nosso novo nascimento em Seu Filho, pelo Espírito Santo. Porque aqueles que trazem em si o Espírito Santo são conduzidos ao Verbo, que é o Filho, o Filho condu-los ao Pai, e o Pai concede-lhes a imortalidade.

Sem o Espírito, é impossível ver o Verbo de Deus, e sem o Filho ninguém pode aproximar-se do Pai. Porque o conhecimento do Pai é o Filho; o conhecimento do Filho faz-se pelo Espírito Santo; e o Filho concede o Espírito segundo a complacência do Pai.


Paz e Bem!

    ©Evangelizo.org 2001-2009
 

Publicado por Frei Fernando Maria em 06/06/2009 às 21h44



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