A realidade da morte é uma experiência que transpõe os limites de nossa natureza; e tudo o que vai além de nosso limite ou nos põe medo ou nos dá um novo vigor, dependendo do que cultivamos com os parâmetros de nossa existência.

Quem vive a fé sob a ação do Espírito Santo, cultiva os valores eternos, sente-se fortalecido em suas convicções, sabe louvar por tudo e ver a mão de Deus lhe conduzindo à plenitude do Seu Querer Eterno.

Sabemos, por experiência própria, que não passamos de um sopro natural e por mais que nos esforcemos, tudo o que somos ou temos é um nada diante da morte que nos espreita. Ninguém é seguro de si e por si mesmo; se temos vida é porque ela é um presente de Deus e é assim que devemos vive-la.

“Somos o que somos aos olhos de Deus e nada mais”, dizia são Francisco. O valor da vida está nela mesma, ser “imagem e semelhança de Deus”, fruto do Seu Amor Infinito, mas é preciso o nosso sim bendito para que ela seja a dádiva perfeita que o Senhor quer.

Paz e Bem!

O perdão para quem perdoa é fonte de libertação e cura que jorra para a vida eterna; pra quem é perdoado, ele é porta aberta para o Reino dos Céus.

O perdão é também um escudo de proteção contra as tentações de julgamento e condenação dos outros; é remédio que dissipa a calúnia, mentiras, cólera, espírito de partido ou vanglória; por ele nos defendemos dos ataques do mal; nos firmamos no amor de Deus e aos irmãos.

Quem muito fala sem querer ouvir as razões alheias e sem ter um discernimento claro sobre a situação, termina pecando gravemente por excesso de palavras, insensatez e orgulho.

O perdão começa e termina pelo não julgamento que consiste em mantermos a atitude angelical da alma em comunhão com a vontade do Senhor que nos perdoa sempre e quer que perdoemos uns aos outros como ele nos ensina com a própria vida.

Quem age com ignorância peca pela falta de caridade e pela dureza de coração.

Paz e Bem!

A alma em estado de graça é intocável pelo mal. Quem vive a reconciliação tem esse estado, experimenta a salvação, a comunhão perfeita do amor a Deus e aos irmãos a caminho do Reino dos Céus.

De fato, somos tentados a deixar o aconchego da fé, mas quem saborea os afetos do Senhor, não se deixa subornar pelas vis tentações do maligno; porque tudo o que nos é oferecido deste mundo não passa de sensações grosseiras e tormentos em comparação com o inefável do Espírito Santo de Deus agindo em nossa alma.

Ser conduzidos pelo Espírito Santo à unidade do amor perfeito, à intimidade da presença do Altíssimo e ouvir Dele os Mistérios da nossa redenção, é o que há de mais pleno que possa existir nesse nosso mundo natural.

Somos primícias do Reino, alimentados pelo Corpo e Sangue de Cristo Eucarístico; somos os Sacrários Vivos de Deus, Moradas do Senhor para o louvor de Sua Glória.

Paz e Bem!

Quem, por misericórdia, se coloca no lugar daquele que está em pecado mortal, começa a ver o estado de alma em que se encontra tal pecador e logo não dá atenção ao pecado, mas, por sua oração, afasta-o de sua vida.

A fragilidade humana tem sido a ruína de muitos, mas não podemos usá-la como desculpa para insistirmos nos mesmos erros. No entanto, também não podemos julgar ou condenar quem quer que seja, uma vez que não somos juízes, mas réus como os demais.

Porém, viver em pecado mortal, ou seja, contra os mandamentos da Lei de Deus, é fazer pacto com o maligno e ser importunado por ele, que não dá sossego algum a quem lhe serve pelo pecado.

Para evitar esse tipo de constrangimento e escravidão, precisamos discernir qual seja a vontade de Deus, o que é bom, que lhe agrada e o que é perfeito para nossa própria felicidade.

Paz e Bem!

A família é tão importante que Deus começou a história da humanidade formando uma e quando esta se dividiu pela ação do mal, tratou logo de resgatá-la enviando o Seu Filho amado, nascido de uma mulher pela graça do Espírito Santo.

"Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção". (Gl 4,4-5)

Logo, a filiação divina é um dom do Espírito Santo, conquistado para nós por Jesus em seu Sacrifício de Cruz. Por Ele fomos resgatados para o Pai e ainda por Ele recebemos a maternidade de Maria, mãe da nova humanidade redimida, formando assim a Sua família santa e eterna.

Sabemos que todos os males da humanidade passou e passa pela decadência da família humana; onde não há família, também não há harmonia, amor, compreensão, piedade, salvação, enfim, nada há.

Ser família una é o desejo de Deus desde o início da criação; não viver esse desejo do Senhor é perder-se para sempre, porque fora da Unidade divina só há o caos e nada mais.

Paz e Bem!