FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
16/02/2012 11h43
PEDE A DEUS TUDO O QUE ELE QUER QUE LHE SEJA PEDIDO

 

PEDE A DEUS TUDO O QUE ELE QUER QUE LHE SEJA PEDIDO

«Jesus foi para um lugar solitário e ali Se pôs em oração»

Quando o Filho de Deus «levantando os olhos ao céu disse: 'Pai, glorifica o Teu Filho'» (Jo 17,1), ensinou-nos através desta ação que devemos levantar bem alto todos os nossos sentidos, as nossas mãos, as nossas faculdades, a nossa alma, e rezar n'Ele, com Ele e por Ele. Eis a obra melhor e mais santa que o Filho de Deus realizou na terra: adorar Seu bem amado Pai. Mas isto ultrapassa em muito qualquer raciocínio, e não conseguimos de maneira nenhuma alcançá-lo e compreendê-lo se não for no Espírito Santo. Santo Agostinho e Santo Anselmo dizem-nos que a oração é «uma elevação da alma para Deus». [...]

Eu digo-te apenas isto: liberta-te de ti mesmo e de todas as coisas criadas, e eleva plenamente a tua alma para Deus, acima de todas as criaturas, no abismo profundo. Mergulha o teu espírito no espírito de Deus com verdadeiro abandono [...], numa verdadeira união com Deus. [...] Pede a Deus tudo o que Ele quer que Lhe seja pedido, o que tu desejas e o que os homens desejam de ti. E acredita nisto: aquilo que uma pequena e insignificante moeda é, comparada com cem mil moedas de ouro, eis o que é toda a oração externa, comparada com esta oração que é uma verdadeira união com Deus, com esta fusão do espírito criado no espírito incriado de Deus. [...]

Se te pediram uma oração, é bom que a faças de maneira exterior, como te pediram e como tu te comprometeste a fazer. Mas ao fazê-lo leva a tua alma para as alturas e para o deserto interior, conduz para aí todo o teu rebanho como Moisés (Ex  3,1). [...] «Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade» (Jo 4,23). É nesta oração interior que se completam todas as práticas, todas as fórmulas e todos os tipos de oração que, desde Adão até agora, foram oferecidos, e que serão oferecidos até ao último dia. Tudo isto é levado à sua perfeição num instante, neste recolhimento verdadeiro e essencial.

Paz e Bem!

Fonte: Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo - Sermão 15, para a véspera dos Ramos...

         ©Evangelizo.org 2001-2011


Publicado por Frei Fernando Maria em 16/02/2012 às 11h43
 
11/02/2012 11h14
"EU SOU O PÃO DA VIDA". (Jo 6,35a).

 

“EU SOU O PÃO DA VIDA” (Jo 6,35a)

Os frutos da comunhão eucarística: Receber a Eucaristia na comunhão traz consigo, como fruto principal, a união íntima com Cristo Jesus. De fato, o Senhor diz: «Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em Mim e Eu nele» (Jo 6, 56). A vida em Cristo tem o seu fundamento no banquete eucarístico: «Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, também o que Me come viverá por Mim» (Jo 6, 57). [...]

O que o alimento material produz na nossa vida corporal, realiza-o a Comunhão, de modo admirável, na nossa vida espiritual. A comunhão da carne de Cristo Ressuscitado, «vivificada pelo Espírito Santo e vivificante», conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Batismo. Este crescimento da vida cristã precisa ser alimentado pela Comunhão eucarística, pão da nossa peregrinação, até à hora da morte, em que nos será dado como viático.

A Comunhão afasta-nos do pecado: O corpo de Cristo que recebemos na Comunhão é «entregue por nós» e o sangue que bebemos é «derramado pela multidão, para remissão dos pecados». É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem nos purificar, ao mesmo tempo, dos pecados cometidos, e nos preservar dos pecados futuros: «Sempre que O recebemos, anunciamos a morte do Senhor» (1 Co 11,26). Se anunciamos a morte do Senhor, anunciamos a remissão dos pecados. [...]

Tal como o alimento corporal serve para restaurar as forças perdidas, assim também a Eucaristia fortifica a caridade que, na vida quotidiana, tende a enfraquecer-se; e esta caridade vivificada apaga os pecados veniais. [...] Pela mesma caridade que acende em nós, a Eucaristia preserva-nos dos pecados mortais futuros.

Paz e Bem!

Fonte: Catecismo da Igreja Católica §§1391-1395

“Jesus replicou: Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede”. (Jo 6,35).

 

         ©Evangelizo.org 2001-2011


Publicado por Frei Fernando Maria em 11/02/2012 às 11h14
 
08/02/2012 14h33
"CRIA EM MIM, Ó DEUS, UM CORAÇÃO PURO" (Sl 50,12)

 

 

«CRIA EM MIM, Ó DEUS, UM CORAÇÃO PURO» (Sl 50,12)

 

«Felizes os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5,8). Com facilidade acreditamos que um coração purificado nos fará conhecer a alegria suprema. Mas tal purificação de coração parece tão ilusória como a subida aos céus. Que escada de Jaco (Gn 28,12), que carro de fogo semelhante ao que transportou o profeta Elias para o céu (2Rs 2,11) encontraremos nós que nos leve o coração até à beleza celeste e que no-lo liberte de todo o seu peso terreno? [...]

Não é sem dificuldade que alcançamos a virtude: quanto suor, quantas provações! Quanto esforço e sofrimento! As Escrituras lembram-nos muitas vezes: «como é estreita a porta e quão apertado é o caminho» que leva ao Reino, ao passo que «larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição», pelo pecado (Mt 7,13-14). E, no entanto, as mesmas Escrituras asseguram-nos de que podemos alcançar essa existência superior. [...] Como nos tornarmos puros? O Sermão da montanha ensina-nos em quase todos os passos. Lede os mandamentos nele expressos uns após outros, e descobrireis a verdadeira arte da purificação do coração. [...]

Ao mesmo tempo que Cristo nos promete a bem-aventurança, instrui-nos e forma-nos para o bom êxito desta promessa. Não é certamente sem dificuldades que se atinge a bem-aventurança. Mas compara bem tais dificuldades com a existência de que elas te afastam, e verás quão mais penoso é o pecado, se não no imediato, pelo menos na vida futura. [...] Infelizes aqueles cujo espírito se mantém, com obstinação, na impureza! Apenas verão a face do Adversário. Contrariamente, a existência de um justo ficará marcada pela efígie de Deus. [...].

Sabemos que traços reveste, por um lado, uma vida de pecado e, por outro, uma vida de justiça. Face à alternativa, temos a liberdade de escolher. Fujamos, portanto do rosto do demônio, arranquemos a sua máscara odiosa e, revestidos da imagem divina, purifiquemos o coração. Possuiremos assim a alegria e a imagem divina brilhará em nós, graças à nossa pureza em Cristo Jesus, Nosso Senhor.

Paz e Bem!

Fonte: São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge e bispo - Homilias sobre as Bem-aventuranças, n°6

         ©Evangelizo.org 2001-2011


Publicado por Frei Fernando Maria em 08/02/2012 às 14h33
 
05/02/2012 17h59
JESUS SE PÔS EM ORAÇÃO

 

«JESUS FOI PARA UM LUGAR SOLITÁRIO E ALI SE PÔS EM ORAÇÃO»

Quando o Filho de Deus «levantando os olhos ao céu disse: 'Pai, glorifica o Teu Filho'» (Jo 17,1), ensinou-nos através desta ação que devemos levantar bem alto todos os nossos sentidos, as nossas mãos, as nossas faculdades, a nossa alma, e rezar n'Ele, com Ele e por Ele. Eis a obra melhor e mais santa que o Filho de Deus realizou na terra: adorar Seu bem amado Pai. Mas isto ultrapassa em muito qualquer raciocínio, e não conseguimos de maneira nenhuma alcançá-lo e compreendê-lo se não for no Espírito Santo. Santo Agostinho e Santo Anselmo dizem-nos que a oração é «uma elevação da alma para Deus». [...]

Eu digo-te apenas isto: liberta-te de ti mesmo e de todas as coisas criadas, e eleva plenamente a tua alma para Deus, acima de todas as criaturas, no abismo profundo. Mergulha o teu espírito no espírito de Deus com verdadeiro abandono [...], numa verdadeira união com Deus. [...] Pede a Deus tudo o que Ele quer que Lhe seja pedido, o que tu desejas e o que os homens desejam de ti. E acredita nisto: aquilo que uma pequena e insignificante moeda é, comparada com cem mil moedas de ouro, eis o que é toda a oração externa, comparada com esta oração que é uma verdadeira união com Deus, com esta fusão do espírito criado no espírito incriado de Deus. [...]

Se te pediram uma oração, é bom que a faças de maneira exterior, como te pediram e como tu te comprometeste a fazer. Mas ao fazê-lo leva a tua alma para as alturas e para o deserto interior, conduz para aí todo o teu rebanho como Moisés (Ex  3,1). [...] «Os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade» (Jo 4,23). É nesta oração interior que se completam todas as práticas, todas as fórmulas e todos os tipos de oração que, desde Adão até agora, foram oferecidos, e que serão oferecidos até ao último dia. Tudo isto é levado à sua perfeição num instante, neste recolhimento verdadeiro e essencial.

Paz e Bem!

Fonte: Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo

Sermão 15, para a véspera dos Ramos

 

         ©Evangelizo.org 2001-2011


Publicado por Frei Fernando Maria em 05/02/2012 às 17h59
 
02/02/2012 17h48
O PAI DAS LUZES CONVIDA OS FILHOS DA LUZ (Cf. Lc 16,18)

 

 

O PAI DAS LUZES CONVIDA OS FILHOS DA LUZ (Cf. Lc 16,18)

O Pai das luzes convida os filhos da luz (cf Lc 16,18) a celebrar esta festa de luz: «Aqueles que O contemplam ficam radiantes, não ficarão de semblante abatido», diz o Salmo (34,6). Com efeito, «Aquele que habita numa luz inacessível» (1Tm 6,16) decidiu tornar-Se acessível; Ele abaixou-Se na nuvem da carne para que o fraco e o pequeno possam subir até Ele. Que descida misericordiosa! «Inclinou os céus», isto é, os cumes da divindade, e «desceu», tornando-Se presente na carne, «com densas nuvens debaixo dos Seus pés» (Sl 18,10). [...]

Obscuridade necessária para nos dar a luz! A luz verdadeira escondeu-Se na nuvem da carne, (cf Ex 13,21), nuvem obscura pela sua semelhança com a nossa «carne, idêntica à do pecado» (Rm 8,3). [...] Uma vez que a luz verdadeira fez da carne Seu esconderijo, nós, que somos seres de carne, aproximemo-nos do Verbo feito carne [...] para aprendermos a passar, pouco a pouco, da carne ao espírito.

Aproximemo-nos agora, pois hoje um novo sol brilha mais que o habitual. Até então tinha estado fechado em Belém, na estreiteza de um berço, e muito pouca gente O tinha conhecido; mas hoje, em Jerusalém, Ele apresenta-Se a um grande número, no Templo do Senhor. [...] Hoje o Sol eleva-Se para irradiar sobre o mundo inteiro. [...]

Se ao menos a minha alma pudesse arder com o desejo que inflamava Simeão, para que eu merecesse ser portador de uma tão grande luz! Mas, se a alma não for primeiro purificada dos seus pecados, não poderá ir ao encontro de Cristo «sobre as nuvens», da verdadeira liberdade (1Ts 4,17). [...] Só então poderá alegrar-se com Simeão na luz verdadeira e, como ele, partir em paz.

Paz e Bem!

Fonte: Adam de Perseigne (? -1221), abade cisterciense - Sermão 4 para a Purificação

         ©Evangelizo.org 2001-2011


Publicado por Frei Fernando Maria em 02/02/2012 às 17h48



Página 56 de 197 « 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 » «anterior próxima»

Site do Escritor criado por Recanto das Letras