FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
27/01/2012 11h45
SEMEANDO AS SEMENTES DO VERBO DE DEUS...

 

SEMEANDO AS SEMENTES DO VERBO DE DEUS...

Santo Ambrósio (v. 340-397), bispo de Milão e Doutor da Igreja

Comentário ao evangelho de Lucas, VII

Cristo semeado na terra

Foi num jardim que Cristo foi preso e sepultado; Ele cresceu neste jardim e até foi aí que ressuscitou. E assim se tornou uma árvore. [...] Vós também, semeai Cristo no vosso jardim. [...] Com Cristo moei o grão de mostarda, prensai-o e semeai a fé. A fé é prensada quando cremos em Cristo crucificado. Paulo semeava a fé quando dizia: «Quando eu fui ter convosco, irmãos, para vos anunciar o testemunho de Cristo, não fui com sublimidade de espírito ou de sabedoria. Julguei não dever saber coisa alguma entre vós a não ser Jesus Cristo, e Este crucificado» (1Co 2,1-2). [...]

Ora, nós semeamos a fé quando, apoiados no Evangelho ou nas leituras dos apóstolos e dos profetas, cremos na Paixão do Senhor; semeamos a fé quando a cobrimos com terra lavrada e tornada mais leve com a carne do Senhor. [...] Com efeito, quem crê que o Filho de Deus Se fez homem crê que Ele morreu por nós e crê que ressuscitou por nós. Assim sendo, semeio a fé quando planto a sepultura de Cristo no meio do meu jardim.

Quereis saber que Cristo é uma semente e que é Ele que é semeado? «Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto» (Jo 12,24). [...] Foi o próprio Cristo que o disse. Portanto, Ele é ao mesmo tempo semente de trigo porque «robustece o coração do homem» (Sl 103,15), e semente de mostarda porque aquece o coração do homem. [...] É grão de trigo quando se trata da Sua ressurreição, porque a palavra de Deus e a prova da sua ressurreição alimentam as almas, aumentam a esperança e fortalecem o amor – pois Cristo é «o pão de Deus que desce do céu» (Jo 6,33). E é grão de mostarda porque há mais amargura e azedume quando se fala da Paixão do Senhor.

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Publicado por Frei Fernando Maria em 27/01/2012 às 11h45
 
26/01/2012 16h24
A IGREJA É CHAMADA CATÓLICA OU UNIVERSAL PORQUE ESTÁ ESPALHADA POR TODO O MUNDO...

 

A IGREJA É CHAMADA CATÓLICA OU UNIVERSAL PORQUE ESTÁ ESPALHADA POR TODO O MUNDO...

São Cirilo de Jerusalém (313-350), Bispo de Jerusalém e Doutor da Igreja - 18.ª Catequese aos Iluminandos, 23-25

Timóteo e Tito levam por todo o mundo a fé dos Apóstolos

A Igreja é chamada católica ou universal porque está espalhada por todo o mundo, de uma à outra extremidade da terra, e porque universalmente e sem erro ensina toda a doutrina que os homens devem conhecer, sobre as coisas visíveis ou invisíveis, celestes ou terrestres. É chamada católica também porque conduz ao verdadeiro culto toda a classe de homens, autoridades e súditos, doutos e incultos. É católica finalmente porque cura e sara todo o gênero de pecados, tanto os da alma como os do corpo, e possui todo o gênero de virtudes, qualquer que seja o seu nome, em obras e palavras e nos mais diversos dons espirituais.

Com toda a propriedade é chamada Igreja, quer dizer, assembleia convocada, porque convoca e reúne a todos na unidade, tal como o Senhor determina no Levítico: «convoca toda a assembleia para a entrada da tenda da reunião» (8,3) [...]. E, no Deuteronômio, diz Deus a Moisés: «convoca o povo para junto de Mim, a fim de ouvirem as Minhas palavras» (4,10). [...] Também o Salmista proclama: «eu Te darei graças na solene assembleia, e Te louvarei no meio da multidão» (Salmo 35/34,18) [...].

Mas foi a partir das nações gentias que depois o Salvador instituiu uma segunda assembleia, a nossa Santa Igreja dos cristãos, acerca da qual disse a Pedro: «e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela» (Mt 16,18). [...] E logo que a primeira assembleia fundada na Judeia foi destruída, multiplicaram-se por toda a terra as Igrejas de Cristo. Delas falam os Salmos, que dizem: «Aleluia! Cantai ao Senhor um cântico novo, louvai-O na assembleia dos fiéis!» (149,1). [...] E é a respeito desta nova Igreja Santa e Católica que Paulo escreve a Timóteo: «quero que saibas como deves proceder na casa de Deus, esta Igreja do Deus vivo, coluna e sustentáculo da Verdade» (1Tm 3,15).

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Publicado por Frei Fernando Maria em 26/01/2012 às 16h24
 
24/01/2012 12h02
VIRGENS E MÃES

 

VIRGENS E MÃES

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja - Sobre a santa virgindade, cap. 5

«Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe»

As que se consagram inteiramente ao Senhor não devem afligir-se pelo fato de, guardando a sua virgindade como Maria, não se poderem tornar mães segundo a carne. [...] Aquele que é o fruto de uma única Virgem santa é a glória e a honra de todas as outras santas virgens, pois, tal como Maria, elas são mães de Cristo, se fizerem a vontade de Seu Pai.

A glória e a felicidade de Maria como Mãe de Cristo brilha, sobretudo, nas palavras do Senhor: «Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe.» Ele indica assim a paternidade espiritual que O liga ao povo que resgatou. Os Seus irmãos e irmãs são os santos homens e as santas mulheres que são co-herdeiros com Ele da Sua herança celeste (cf Rm 8,17).

Sua mãe é a totalidade da Igreja, pois é ela que, pela graça de Deus, dá à luz os membros de Cristo, isto é, àqueles que Lhe são fiéis. Sua mãe é ainda toda a alma santa que faz a vontade de Seu Pai e onde a caridade fecunda se manifesta naqueles que dá à luz por Ele, «até que Cristo Se forme entre vós» (Gl 4,19). [...]

Entre todas as mulheres, Maria é a única que é ao mesmo tempo virgem e mãe, não apenas pelo espírito, mas também com o corpo. Ela é Mãe segundo o espírito [...] dos membros de Cristo, isto é, de nós próprios, porque cooperou com a sua caridade para dar à luz, na Igreja, os fiéis, que são os membros desse Chefe divino, nossa cabeça (cf Ef 4,15-16), de Quem Ela é verdadeiramente Mãe segundo a carne.

Era preciso, com efeito, que o nosso Chefe nascesse segundo a carne duma virgem, para nos ensinar que os Seus membros deveriam nascer, segundo o espírito, doutra virgem, que é a Igreja. Maria é, assim, a única que é Mãe e Virgem ao mesmo tempo, tanto no corpo como no espírito. Mas também a totalidade da Igreja, nos seus santos que deverão possuir o Reino de Deus, é, segundo o espírito, mãe de Cristo e virgem de Cristo.

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Publicado por Frei Fernando Maria em 24/01/2012 às 12h02
 
20/01/2012 12h39
E ESCOLHEU AQUELES QUE ELE QUIS...

 

E ESCOLHEU AQUELES QUE ELE QUIS...

Concílio Vaticano II - Constituição Dogmática Lumen Gentium, sobre a Igreja, § 26

«Estabeleceu doze para estarem com Ele»: os Bispos, sucessores dos Apóstolos...

Revestido da plenitude do sacramento da Ordem, o Bispo é o «administrador da graça do supremo sacerdócio» [oração da sagração episcopal no rito bizantino], principalmente na Eucaristia, que ele mesmo oferece ou providencia para que seja oferecida, e pela qual vive e cresce a Igreja. Esta Igreja de Cristo está verdadeiramente presente em todas as legítimas comunidades locais de fiéis, as quais, aderindo aos seus pastores, são elas mesmas chamadas igrejas no Novo Testamento (Act 8,1; 14,22-23). Pois elas são, no local em que se encontram, o novo Povo chamado por Deus, no Espírito Santo e com plena segurança (1 Ts 1,5). Nelas se congregam os fiéis pela pregação do Evangelho de Cristo e se celebra o mistério da Ceia do Senhor «para que o corpo da inteira fraternidade seja unido por meio da carne e do sangue do Senhor» [oração moçárabe].

 

Em qualquer comunidade que participa do altar sob o ministério sagrado do Bispo, é manifestado o símbolo do amor e da «unidade do Corpo místico, sem o que não pode haver salvação» [S. Tomás de Aquino]. Nestas comunidades, embora muitas vezes pequenas e pobres, ou dispersas, está presente Cristo, por cujo poder se unifica a Igreja «una, santa, católica e apostólica» [Sto. Agostinho]. Pois «outra coisa não faz a participação no corpo e sangue de Cristo do que transformar-nos naquilo que recebemos» [S. Leão Magno] [...]

 

Deste modo, os Bispos, orando e trabalhando pelo povo, espalham multiforme e abundantemente a plenitude da santidade de Cristo. Pelo ministério da palavra, comunicam a força de Deus para a salvação dos que crêem (Rm 1,16) e, por meio dos sacramentos, cuja distribuição regular e frutuosa ordenam com a sua autoridade, santificam os fiéis.

 

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Publicado por Frei Fernando Maria em 20/01/2012 às 12h39
 
16/01/2012 11h20
QUEM ADERE ÀQUELE QUE NÃO MORRE, TORNA-SE IMORTAL

 

QUEM ADERE ÀQUELE QUE NÃO MORRE, TORNA-SE IMORTAL

Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do século II) , nº 2

 

[Pelo batismo] revesti-me do amor do Senhor (Ga 3,27) [...],

Ele abraça-me.

Não saberia amar o Senhor,

se Ele não me tivesse amado primeiro.

Quem pode compreender o amor,

a não ser aquele que é amado?

Abraço-me ao Amado e minha alma ama-O.

 

Onde fica o Seu repouso, aí estou eu (cf Ct 1,7).

Não serei jamais um estranho; o Altíssimo é misericordioso.

Estou unido a Ele, porque o Esposo encontrou aquele que ama.

 

Porque amo o Filho, torno-me filho.

Sim, quem adere Àquele que não morre, torna-se imortal.

Aquele que se maravilha com a Vida está também vivo.

 

Tal é o verdadeiro espírito do Senhor,

que ensina aos homens os Seus caminhos.

Sede sábios, compreendei e estai vigilantes. Aleluia!

 

Paz e Bem!

 

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Publicado por Frei Fernando Maria em 16/01/2012 às 11h20



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