Praticar a fé é vive-la, não como algo mágico ou milagroso, mas como um dom que cultivamos dia a dia e nesse cultivo experimentamos a revelação da vontade de Pai à nosso respeito; vontade essa que traduzimos em doação, justiça, verdade, humildade, amor incondicional, obediência a toda prova.

Viver a fé ainda é praticar o Evangelho, “pois ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê, porque nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé e conduz à fé, como está escrito: "Eis que sucumbe o que não tem a alma íntegra, mas o justo vive por sua fidelidade".

A isso tudo chamamos de sintonia, intimidade, providência, relação filial, caminho de perfeição, graça santificante, porque nos deixamos conduzir pelo Espírito Santo. Em suma, viver a fé significa justificação eterna, porque "A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê".

Paz e Bem!
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O ser humano foi criado com um destino único e certo, o Reino de Deus; criado para receber o amor e as graças que o Senhor dispõe a nosso favor. Mas nós não somos as únicas criaturas, por isso, nosso vínculo com o Criador dever ser o mais estreito possível, para assim, permanecermos na amizade e harmonia entre nós e toda criação, dentro do propósito divino, a salvação.

Jesus viveu todas as dimensões do humano, exceto o pecado, porém, não foi isento das tentações do prazer, ter e poder. Sofreu, como nós, as investidas do mal e nos deu o exemplo de como vencer as dificuldades por meio da fidelidade, obediência e amor ao Pai, acima de todas as coisas.

“Ninguém, quando for tentado, diga: É Deus quem me tenta. Deus é inacessível ao mal e não tenta a ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia. A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”.

“Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção e a morte; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna”.

Sejamos atentos àquilo que o Senhor nos ensina, para vivermos na plena comunhão dos bens eternos.

Paz e Bem!

As razões que nos levam a crer nascem da verdadeira comunhão com a vontade de Deus. Ninguém acredita, de fato, se não experimenta a graça como ela é. Acreditar é também provar, viver a dimensão da fé que move o coração e os nossos atos, levando-nos pelo ditoso caminho da salvação eterna.

A quaresma tem seus desafios que provocam em nós reações diversas, que quando bem orientadas, nos proporciona a conversão e purificação de nossa alma. Esses desafios diz respeito à fé e ao bom procedimento frente às fraquezas ou pecados de toda espécie que enfrentamos quase que todo tempo. Por isso, sejamos vigilantes para não tropeçarmos.

“Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam. Ninguém, quando for tentado, diga: É Deus quem me tenta. Deus é inacessível ao mal e não tenta a ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia. A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”.

“Não vos iludais, pois, irmãos meus muito amados. Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem mesmo aparência de instabilidade. Por sua vontade é que nos gerou pela palavra da verdade, a fim de que sejamos como que as primícias das suas criaturas”.

Paz e Bem!

Todo atleta que se predispõe a ganhar uma competição, se exercita incansavelmente até atingir o mais alto grau de preparação que o leva a ganha-la. Jesus nos ensina (Cf.Mt 6,1-7.16-18) que os exercícios espirituais da quaresma no seu discipulado que nos leva a atingir a perfeita comunhão com a vontade do Pai, são três: esmola, oração e jejum.

Estes exercícios, requer do discípulo certas atitudes da alma que o disciplina com a quietude necessária para atingir a perfeita comunhão com o seu Plano Salvífico: discrição, interioridade, reta intenção e perseverança.

A esmola ou ato caritativo, nos ajuda a distribuir a graça de Deus por aquilo que fazemos aos que necessitam dessa graça; não se trata de dar “algo” a alguém, mas de transmitir a graça tal como a recebemos e isso discretamente.

A oração, intimidade da alma que se “enamora” do seu Criador e se dispõe a receber Dele os afetos do seu coração misericordioso, por isso, nasce do silêncio que fala mais alto que as palavras ou as demonstrações externas.

O jejum ou mortificação, não é dieta ou regime, antes é um esforço espiritual para vencermos a nós mesmos, em nossos instintos ou desejos carnais, que tanto nos atormenta quando nos deixamos levar pela vontade própria, aliciada pela malícia.

Paz e Bem!

Somos talhados por Deus, como diamantes brutos, para brilharmos no esplendor de sua glória. Especialmente nesse tempo da quaresma, o Senhor poda nossos galhos secos, isto é, nossas manias, medos, arrogâncias, vaidades, impurezas e outros comportamentos inadequados com a prática da fé, para que vivamos segundo o modo de ser do Espírito Santo.

“Meu filho, ao entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação; humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade,
sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça”.

“Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação. Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele. Conserva o temor dele até na velhice”.

“Vós, que temeis o Senhor, esperai em sua misericórdia, não vos afasteis dele, para que não caiais; vós, que temeis o Senhor, tende confiança nele, a fim de que não se desvaneça vossa recompensa. Vós, que temeis o Senhor, esperai nele; sua misericórdia vos será fonte de alegria”.

“Vós, que temeis o Senhor, amai-o, e vossos corações se encherão de luz. Considerai, meus filhos, as gerações humanas: sabei que nenhum daqueles que confiavam no Senhor foi confundido”.

Porque "Ainda não tendes resistido até o sangue, na luta contra o pecado". (Hb 12,4) Portanto, esforcemo-nos para que vencendo a nós mesmos, cheguemos pela graça do Senhor, ao porto seguro de nossa salvação.

Paz e Bem!