FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
05/01/2011 10h13
GUIA-ME, SENHOR...
 Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo - «Lead, kindly Light», Verses on Various Occasions
 
«Ele veio até eles caminhando sobre o mar»
 
Guia, terna Luz, no meio destas trevas,
guia-me mais longe.
A noite é sombria, e eu estou longe da minha casa,
guia-me mais longe.
Guarda os meus passos:
que me importa ver o horizonte distante?
Um único passo me basta.
 
Nem sempre Te pedi como hoje
para seres assim Tu o meu Guia.
Gostava então de escolher e conhecer o meu caminho;
doravante sê o meu Guia.
Eu amava o brilho do dia; apesar dos meus medos...
O orgulho dominava a minha vida:
esquece todo esse passado.
 
Muitas vezes, estou certo, o Teu poder me abençoou,
apenas para ser meu Guia
por entre pântanos e marés, e rochas e torrentes, 
enquanto dura a noite.
E com a manhã sorrir-me-ão aqueles rostos
que sempre amei e que um dia perdi.
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 05/01/2011 às 10h13
 
04/01/2011 07h38
SEM O DIA DO SENHOR, NÃO PODEMOS VIVER
 Papa Bento XVI 
Homilia para o Congresso eucarístico italiano, 29/05/05 (trad. Osservatore Romano rev.; cf DC 2339, p. 634 © Libreria Editrice Vaticana) 

Jesus tomou, então, os cinco pães [...], pronunciou a bênção, partiu os pães e deu-os aos discípulos. 

«Sem o Domingo não podemos viver». No ano 304, quando o imperador Diocleciano proibiu os cristãos, sob pena de morte, de possuírem as Escrituras, de se reunirem aos domingos para celebrar a Eucaristia, [...] em Abitene, uma pequena localidade na atual Tunísia, 49 cristãos foram surpreendidos em um domingo enquanto, reunidos em casa de Octávio Félix, celebravam a Eucaristia [...]; foram presos e levados para Cartago para serem interrogados [...]. Um deles respondeu: «Sine dominico non possumus»: sem nos reunirmos em assembleia ao domingo para celebrar a Eucaristia, não podemos viver. Faltar-nos-iam as forças para enfrentar as dificuldades quotidianas sem sucumbir. [...]  

O Filho de Deus, tendo-Se feito carne, podia tornar-Se pão, e ser assim alimento do Seu povo, que está neste mundo a caminho da terra prometida do céu. Precisamos deste pão para enfrentar as fadigas e o cansaço da viagem. O Domingo, Dia do Senhor, é a ocasião propícia para haurir a força d'Ele, que é o Senhor da vida.

Por conseguinte, o preceito festivo não é um dever imposto do exterior, um peso sobre os nossos ombros. Ao contrário, participar na celebração dominical, alimentar-se do Pão eucarístico e experimentar a comunhão dos irmãos e irmãs em Cristo é uma necessidade para o cristão, é uma alegria. É assim que ele pode encontrar a energia necessária para o caminho que tem de percorrer todas as semanas. 

Paz e Bem!

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Publicado por Frei Fernando Maria em 04/01/2011 às 07h38
 
31/12/2010 11h41
É A VIDA QUE VENCE A MORTE
 São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 10, sobre o Natal do Senhor, PL 57, 24 (a partir da trad. Année en fêtes, Migne 2000, p. 78 rev.)
 
«Nascido do Pai antes de todos os séculos [...] fez-Se homem [...] e nasceu da Virgem Maria (Credo)
 
Caríssimos irmãos, há dois nascimentos em Cristo, e tanto um como o outro são a expressão de um poder divino que nos ultrapassa absolutamente. Por um lado, Deus gera o Seu Filho a partir de Si mesmo; por outro, Ele é concebido por uma virgem por intervenção de Deus. [...] Por um lado, Ele nasce para criar a vida; por outro, para eliminar a morte. Ali, nasce de Seu Pai; aqui, é trazido ao mundo pelos homens. Por ter sido gerado pelo Pai, está na origem do homem; por ter nascido humanamente, liberta o homem. Uma e outra formas de nascimento são propriamente inexprimíveis e ao mesmo tempo inseparáveis. [...]
 
Quando ensinamos que há dois nascimentos em Cristo, não queremos com isto dizer que o Filho de Deus nasça duas vezes; mas afirmamos a dualidade de natureza num só e mesmo Filho de Deus. Por um lado, nasceu Aquele que já existia; por outro, foi produzido Aquele que ainda não existia. O bem-aventurado evangelista João afirma isto mesmo com as seguintes palavras: «No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus»; e ainda: «E o Verbo fez-Se homem».
 
Assim, pois, Deus, que estava junto de Deus, saiu Dele, e a carne de Deus, que não estava Nele, saiu de uma mulher. Assim, o Verbo fez-Se carne, não de maneira que Deus Se diluísse no homem, mas para que o homem fosse gloriosamente elevado em Deus. É por isso que Deus não nasce duas vezes; mas, por estes dois gêneros de nascimentos – a saber, o de Deus e o do homem –, o Filho único do Pai quis ser, a um tempo, Deus e homem na mesma pessoa: «E quem poderá contar o Seu nascimento?» (Is 53, 8 Vulg).
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 31/12/2010 às 11h41
 
29/12/2010 10h58
HOJE, COMEÇO A SER DISCÍPULO
 Santo Inácio de Antioquia (?-c. 110), bispo e mártir
Carta aos Romanos, 5-7 (a partir da trad. Quéré, Les Pères apostoliques, Seuil 1980, p. 136)
 
«Agora, Senhor, segundo a Tua palavra, deixarás ir em paz o Teu servo»
 
Hoje, começo a ser discípulo. Que criatura alguma, visível ou invisível, me impeça de ir ter com Jesus Cristo. [...] Nem os mais cruéis suplícios me perturbam, a única coisa que desejo é estar com Jesus Cristo. De que me servem as doçuras deste mundo e os impérios da terra? Mais vale morrer por Cristo Jesus que reinar até aos confins do universo. É a Ele que procuro, a Ele que morreu por nós; é a Ele que desejo, a Ele que ressuscitou por nós.
 
Aproxima-se o momento do meu nascimento. [...] Deixai-me abraçar a luz puríssima. Nessa altura, serei um homem. Permiti-me imitar a paixão do meu Deus. [...] Os meus desejos terrenos estão crucificados, já não tenho em mim fogo para amar a matéria, mas apenas a «água viva» (Jo 7, 38) que murmura e me segreda ao coração: «Vem para junto do Pai.» Não quero continuar a saborear os alimentos perecíveis nem as doçuras desta vida. É do pão de Deus que tenho fome, da carne de Jesus Cristo, Filho de David, e como bebida quero o Seu sangue, que é o amor incorruptível.
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 29/12/2010 às 10h58
 
27/12/2010 12h01
FALANDO DE AMOR
 Papa Bento XVI - Audiência geral de 9/8/06 (trad. DC n° 2365, p. 821 © Libreria Editrice Vaticana) - O ensinamento do apóstolo São João...
 
Se existe um assunto característico que mais sobressai nos escritos de João, é o amor. [...] Certamente João não é o único autor das origens cristãs que fala do amor. Sendo este um elemento essencial do cristianismo, todos os escritores do Novo Testamento falam dele, mesmo se com acentuações diferentes. Se agora nos detemos a refletir sobre este tema em João, é porque ele nos traçou com insistência e de modo incisivo as suas linhas principais. Portanto, confiemo-nos às suas palavras.
 
Uma coisa é certa: ele não reflete de modo abstrato, filosófico, ou até teológico, sobre o que é o amor. Não, ele não é um teórico. De fato, o verdadeiro amor, por sua natureza, nunca é meramente especulativo, mas faz referência direta, concreta e verificável, a pessoas reais. Pois bem, João, como apóstolo e amigo de Jesus mostra-nos quais são os componentes, ou melhor, as fases do amor cristão, um movimento que é caracterizado por três momentos.
 
O primeiro refere-se à própria Fonte do Amor, que o Apóstolo coloca em Deus, chegando [...] a afirmar que «Deus é amor» (1 Jo 4, 8.16). João é o único autor do Novo Testamento que nos dá uma espécie de definição de Deus. Ele diz, por exemplo, que «Deus é Espírito» (Jo 4, 24) ou que «Deus é luz» (1 Jo 1, 5). Aqui proclama com intuição resplandecente que «Deus é amor». Observe-se bem: não é simplesmente afirmado que «Deus ama», nem sequer que «o amor é Deus»!
 
Por outras palavras: João não se limita a descrever o agir divino, mas procede até às suas raízes. Além disso, não pretende atribuir uma qualidade a um amor genérico e talvez impessoal; não se eleva do amor até Deus, mas dirige-se diretamente a Deus para definir a Sua natureza com a dimensão infinita do amor. Com isto João deseja dizer que a componente essencial de Deus é o amor e, portanto, que toda a atividade de Deus nasce do amor e está orientada para o amor: tudo o que Deus faz é por amor, mesmo se nem sempre podemos compreender imediatamente que Ele é amor, o verdadeiro amor.
 
Paz e Bem!             
 
         ©Evangelizo.org 2001-2010

Publicado por Frei Fernando Maria em 27/12/2010 às 12h01



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