FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
14/05/2007 11h00
O TEMPO...
Perfeito é o tempo que damos à Deus e àquilo que diz respeito ao Reino dos Céus; porque é tempo único e precioso, transformado pela graça do Senhor em eternidade. Perdido é o tempo gasto com as futilidades deste mundo; esse, quando não recuperado por nós, torna-se tédio, preguiça, vazio, tolice.

Viver o tempo e no tempo como uma dádiva de Deus é saber dizer sim ao plano da salvação, é correr veloz em nossa naturalidade rumo ao infinito que nos espera, a vida eterna; é voltarmos ao aconchego do Pai de nossas almas e Nele descansarmos das fadigas deste mundo, dos aborrecimentos do humano que não O encontrou aqui.

Agora é tempo favorável, tempo de graça, tempo instável, próprio para nos encontrarmos em Deus. O tempo não pára, nós também não porque o acompanhamos quer queiramos quer não na via do seu mistério.

Para muitos ele é passado, presente, futuro; para nós cristãos ele é ressurreição, vida eterna, salvação; é martírio testemunhal, é esperança e mesmo o já e ainda não da escatologia.

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 14/05/2007 às 11h00
 
11/05/2007 15h44
A GRANDE CHANCE...
Deus tudo criou por amor e para o amor. Comumente ouvimos o ditado, enquanto há vida, há esperança ou a esperança é a última que morre. Isto quer dizer que nem tudo está perdido de vez, mas enquanto houver a misericórdia e o perdão, a humanidade tem nesses atributos divinos a grande chance de se redimir e voltar ao caminho da graça salvífica, vivendo em profunda comunhão com o Senhor e "Pai de nossas almas, o qual nos dará a vida eterna." (Hb 12)

Por isso, “Não procureis a morte por uma vida desregrada, não sejais o próprio artífice de vossa perda. Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma. Ele criou tudo para a existência, e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação. Nelas nenhum princípio é funesto, e a morte não é a rainha da terra, porque a justiça é imortal”.

E é fundamentados nesta justiça divina que nossa vida encontra alento e forças para testemunharmos convictamente as maravilhas que o Senhor fez e faz em nosso favor. Alegremo-nos, pois, e "Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos". (Gl 6,9) vivamos em estado de graça o tempo que nos resta, pára que possamos festeja-lo no Dia Eterno, na glória do Senhor.

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 11/05/2007 às 15h44
 
10/05/2007 10h17
O QUE É O REINO DE DEUS?
Estamos prestes a vivenciar o mais esplendido dos acontecimentos: o Reino de Deus como ele é. Disse-nos Jesus: "Fazei penitência porque o Reino dos céus está próximo". (Mt 3,2) E ainda: "Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus". (Mt 18,3)

O Reino de Deus é a nossa realidade existencial revestida da glória do próprio Deus por cultivarmos seus valores eternos, que são as virtudes do Espírito Santo que habita em nós. Somos e vivemos como filhos e filhas do Reino à medida que nos unimos ao Senhor e fazemos dele nosso único sentido de vida.

Em Cristo Jesus, temos pleno acesso aos tesouros espirituais do Reino porque, por Ele, Deus nos escolheu, “antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos”. “Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça que derramou profusamente sobre nós, em torrentes de sabedoria e de prudência”. (Ef 1).

Logo, caminhar com Jesus rumo ao Reino de Deus, é ressuscitar com Ele, é viver a dimensão do eterno no tempo; é experimentá-lo a cada instante do existir, porque é Nele, por Ele e para Ele que viveremos eternamente.

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 10/05/2007 às 10h17
 
08/05/2007 01h44
AINDA ASSIM, A DOR DO PECADO PARECE NÃO TER FIM...
De todas as coisas que fazemos na vida, a mais fácil delas é pecar; sabemos o que é certo e o que é errado, mas por distração ou fraqueza, somos propensos a errar mais, do que acertar. Isso acontece porque, mesmo vigilantes, nos deixamos levar pelo o que é instintivo ou imediato.

Até em nossas orações somos exigentes, queremos o que pedimos porque achamos que é melhor para nós; porém, quando alguém nos pede alguma coisa, usamos de critérios para atendermos ou não. Nem todos agem assim, entretanto, a grande maioria não escapa dessa pecha presente em nossa natureza por causa da tendência ao pecado a que estamos inclinados.

O pior do pecado não é a culpa, mas a dureza do coração que ele gera, a ponte de passarmos por cima da mais sólida formação com justificativas para os atos pecaminosos. Quando pecamos não medimos as conseqüências nem o resultado do mal praticado, simplesmente nos deixamos levar e quando vemos, terminamos por estragar o próprio bem que de Deus recebemos.

Pecar é experimentar o isolamento e a dor da não comunhão com o eterno; é torna-se ilha, vazia, insólita sem nexo algum. É não amar, é enganar-se mesmo sabendo do triste final, porque se começa tragá-lo desde já.

Só o arrependimento verdadeiro acompanhado de conversão, pode mudar uma história perdida em história de salvação; ainda assim, a dor do pecado parece não ter fim...

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 08/05/2007 às 01h44
 
07/05/2007 10h45
A QUEM IREMOS?
Frequentemente Jesus se aproximava dos pecadores: "Os sãos não precisam de médico, mas os enfermos; não vim chamar os justos, mas os pecadores". (Mc 2,17). Todavia, o que chama mais a atenção nesta aproximação é que, os pecadores deixavam o pecado para permanecerem com Jesus, pois encontravam Nele o verdadeiro sentido da vida.

Assim aconteceu com Mateus (Mt 9,9), Zaqueu (Lc 19,1-10), a samaritana (Jo 4), a mulher adúltera (Jo 8) e todos os demais; aqueles, porém, que queriam permanecer no pecado, caiam na tristeza e se afastavam do Senhor ignorando a sua presença, mergulhando nas fraquezas a que se acostumara (Mt 19,16-22; Jo 6,60.66).

Todo ser humano quer ser feliz, essa é a razão de ser da nossa existência; ocorre que, por vivermos num mundo competitivo e injusto, por causa do pecado, vemos a felicidade mais nas coisas que passam do que nas que não passam e como não podemos possuí-las plenamente, ficamos insatisfeitos e tristes. O Senhor, porém, nos ensina: "Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo". (Mt 6,33)

“Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus”!

Paz e Bem!

Publicado por Frei Fernando Maria em 07/05/2007 às 10h45



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