FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
03/03/2010 10h47
JERUSALÉM - VISÃO DE PAZ
Liturgia latina das horas
Hino da festa da dedicação de uma igreja: Urbs Jerusalém beata

«Vamos subir a Jerusalém»

Ó Jerusalém, cidade de Deus, nós te aclamamos «Visão de paz».
Tu foste erigida nos céus com pedras vivas.
Aclamada pelos anjos e santos, tu és a Bem-Amada do Rei.

Descida renovada do Céu, adornada para o teu Esposo.
Avança como a Esposa; vem abraçar o teu Senhor.
E ver-se-á sobre as tuas muralhas brilhar o ouro da tua alegria.

Que as tuas portas se abram de par em par; que a tua beleza resplandeça.
Que todo o homem que aí entrar seja salvo pela graça.
Que seja acolhido quem sofre em nome de Cristo e perde a coragem.

É Cristo o mestre e o artífice; é ele quem talha e aperfeiçoa.
Ele ajusta cada pedra, escolhe-a em cada sítio,
Coloca-a para permanecer este Templo santo onde Ele habita.

(Referências bíblicas: 1Ped 2, 5; Ap 21, 2.18; Co 3, 16)

Paz e Bem!

    ©Evangelizo.org 2001-2010

Publicado por Frei Fernando Maria em 03/03/2010 às 10h47
 
01/03/2010 10h13
A MISERICÓRDIA DE DEUS ESTÁ ESCONDIDA NA MISERICÓRDIA PARA COM O PRÓXIMO
 São Máximo, o Confessor (c. 580-662), monge e teólogo
A vida ascética, 40-42; PG 90, 912 (a partir da trad. Bouchet, Lectionnaire, p. 108)
 
«A medida que usardes com os outros será usada convosco»
 
Tendo aprendido pela Escritura o que é o temor do Senhor e o que é a Sua bondade e o Seu amor, convertamo-nos a Ele de todo o coração. [...] Guardemos os seus mandamentos; amemo-nos uns aos outros com todo o coração. Chamemos irmãos mesmo àqueles que nos odeiam e detestam, a fim de que o nome do Senhor seja glorificado e manifestado em toda a sua alegria.
 
Nós, que nos suportamos uns aos outros, perdoemo-nos mutuamente. [...] Não tenhamos inveja dos outros e, se estamos permeáveis ao ciúme, não nos tornemos ferozes. Mostremo-nos antes cheios de compaixão uns para com os outros, e pela nossa humildade curemo-nos uns aos outros. Não maldigamos nem abusemos, porque somos membros uns dos outros.
 
Amando-nos uns aos outros, seremos amados por Deus; sejamos pacientes uns com os outros e Ele mostrar-se-á paciente com os nossos pecados. Não paguemos o mal com o mal e não receberemos o que merecemos pelos nossos pecados. Porque obteremos o perdão dos nossos pecados perdoando aos nossos irmãos, e a misericórdia de Deus está escondida na misericórdia para com o próximo. [...] Vede, o Senhor deu-nos o meio de nos salvarmos e dá-nos o poder celeste de nos tornarmos filhos de Deus.
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 01/03/2010 às 10h13
 
28/02/2010 13h04
REJUBILA
Anastásio do Sinai (?-depois de 700), monge
Homilia sobre a Transfiguração

«Moisés e Elias [...] falavam da sua morte, que ia acontecer em Jerusalém»

Neste dia apareceu misteriosamente no Monte Tabor a condição da vida futura e do Reino da alegria. Neste dia, os mensageiros da Antiga e da Nova Aliança reuniram-se de forma extraordinária em torno de Deus na montanha, portadores de um mistério cheio de paradoxo.

Neste dia, desenha-se no Monte Tabor o mistério da Cruz que, pela morte, dá a vida: assim como Cristo foi crucificado entre dois homens no Monte Calvário, assim também Se apresentou na majestade divina entre Moisés e Elias.

E a festa de hoje mostra-nos este outro Sinai, montanha ó quão mais preciosa que o Sinai, pelas suas maravilhas e os seus eventos, que ultrapassa, pela teofania que nela se deu, as visões divinas figuradas e obscuras. [...]

Rejubila, ó Criador de todas as coisas, Cristo Rei, Filho de Deus resplandecente de luz, que transfiguraste à Tua imagem toda a criação e de forma misteriosa a recriaste. [...] E rejubila, ó imagem do Reino celeste, santíssimo Monte Tabor, que ultrapassas em beleza todas as montanhas! Monte Gólgota e Monte das Oliveiras, cantai juntos um hino e rejubilai; cantai a Cristo a uma só voz no Monte Tabor e celebrai-O juntos!

Paz e Bem!

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Publicado por Frei Fernando Maria em 28/02/2010 às 13h04
 
27/02/2010 15h16
PARA OS MESMOS BENS ETERNOS
Santo Isaac o Sírio (séc. VII), monge em Nínive, perto de Mossoul, no actual Iraque
Discursos ascéticos, 2ª série, 38,5 et 39,3 (a partir da trad. Alfeyev, Bellefontaine 2001, p. 46)
 
«Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus»
 
No Criador, não há mudança, não há intenções anteriores ou posteriores; na Sua natureza, não há ódio nem ressentimentos, não há lugar maior ou menor no Seu amor, nem antes nem depois no Seu conhecimento. Pois, se todos creem que a criação começou a existir como consequência da bondade e do amor do Criador, nós sabemos que esta primeira motivação não diminui nem se altera no Criador em consequência do curso desordenado da Sua criação.
 
Seria profundamente odioso e perfeitamente blasfemo supor que há em Deus ódio e ressentimento - sequer para com os próprios demônios -, ou imaginar Nele alguma fraqueza ou paixão. [...] Muito pelo contrário, Deus age sempre conosco pelos caminhos que sabe serem para nossa vantagem, quer estes sejam para nós causa de sofrimento ou de consolo, de alegria ou de tristeza, quer sejam insignificantes ou gloriosos. Todos eles são orientados para os mesmos bens eternos.
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 27/02/2010 às 15h16
 
25/02/2010 07h55
A PATERNIDADE DIVINA
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 55; PL 52, 352-354 (a partir da trad. En Calcat)
 
«Qual de vós, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?»
 
Se Deus quis que fosses pai [...], foi para que, dando também a vida, soubesses o que é a ternura paternal, de modo a experimentares em ti o amor do Teu criador na medida em que podes sentir em ti mesmo afeição para com teus próprios filhos. [...] Se, por conseguinte, crês em Deus, e confessas que é Pai, então crê que tudo quanto ordena, tudo quanto escolhe a teu respeito, é para tua salvação, é vida para ti. Não se podem anular os dons de uma mãe, não se podem recusar as advertências de um pai; ainda que as ordens paternas pareçam austeras, são na realidade salvadoras e vivificantes.
 
Assim, quando compreendeu que Deus era Pai, Abraão não se deteve na aparente dureza e aspereza dos mandamentos; mas glorificou o que o Pai dos céus ordenou [...]; logo que Deus ordena, ele entrega-se inteiramente ao Seu amor. [...] Quando se conhece Deus, para quê contestar os Seus dons de Pai, em vez de os acolher como coisas boas e vantajosas, tal como o pequeno e o inocente espera tudo de seu pai?
 
Examinai mais de perto a comparação que o Senhor emprega no Seu Evangelho: «Qual de vós, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?» Cristo veio para os filhos, ou seja, para o Seu povo eleito, mesmo que tenha tido pena de o ter gerado e tenha gritado: «Criei filhos e fi-los crescer mas eles revoltaram-se contra Mim» (Is 1, 2); por conseguinte, veio para os filhos, Ele, o verdadeiro pão do céu que dizia: «Eu sou o pão que desceu do céu» (Jo 6, 41).
 
Paz e Bem!
 
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Publicado por Frei Fernando Maria em 25/02/2010 às 07h55



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