FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
14/06/2016 12h05
"VÓS SOIS O SAL DA TERRA... VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO..."

“VÓS SOIS O SAL DA TERRA... VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO.”

Dado que a Igreja é toda ela missionária, e que a obra da evangelização é um dever fundamental do povo de Deus, o sagrado Concílio exorta todos a uma profunda renovação interior, para que tomem viva consciência das próprias responsabilidades na difusão do Evangelho e assumam a parte que lhes compete na obra missionária junto dos gentios.

Como membros de Cristo vivo e a Ele incorporados, e configurados não só pelo batismo, mas também pela confirmação e pela eucaristia, todos os fiéis estão obrigados, por dever, a colaborar no crescimento e na expansão do seu corpo para levá-lo a atingir, quanto antes, a sua plenitude (Ef 4,13).

Por isso, todos os filhos da Igreja tenham consciência viva das suas responsabilidades para com o mundo, fomentem em si um espírito verdadeiramente católico, e ponham as suas forças ao serviço da obra da evangelização. Saibam todos, porém, que o primeiro e mais irrecusável contributo para a difusão da fé é viver profundamente a vida cristã. Pois o seu fervor no serviço de Deus e a sua caridade para com os outros é que hão de trazer a toda a Igreja o sopro de espírito novo que a fará aparecer como um sinal levantado entre as nações (Is 11,12), como «luz do mundo» (Mt 5,14) e «sal da terra» (Mt 5,13).[1]

Paz e Bem!

 


[1] Concílio Vaticano II - Decreto «Ad Gentes», sobre a atividade missionária da Igreja, 35-36


Publicado por Frei Fernando Maria em 14/06/2016 às 12h05
 
07/06/2016 09h43
"BEM-AVENTURADOS OS POBRES EM ESPÍRITO"

“BEM-AVENTURADOS OS POBRES EM ESPÍRITO”

A virtude da pobreza é a porta de entrada da providência divina em nossa vida...

Todos os homens, sem exceção, desejam a felicidade, a bem-aventurança. Mas têm sobre ela ideias diferentes: para um, a felicidade está na voluptuosidade dos sentidos e na suavidade de vida; para outro, está na virtude; para outro ainda, está no conhecimento da verdade. É por isso que Aquele que ensina todos os homens [...] começa por recuperar os que se afastaram, orientando os que se encontram no caminho certo, e abrindo a porta aos que batem. [...] Assim, pois, Aquele que é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6) recupera, orienta e abre a porta, e começa a fazê-lo dizendo: “Bem-aventurados os pobres em espírito”.

A falsa sabedoria deste mundo, que na realidade é loucura (1Cor 3,19), pronuncia-se sem compreender o que diz, considerando bem-aventurados “os filhos do estrangeiro, cuja boca só diz mentiras, e cuja direita jura falso”, porque os celeiros deles “estão fornecidos com todas as espécies, os seus rebanhos multiplicam-se aos milhares, em dezenas de milhares os seus campos” (Sl 143,11-13). Mas todas estas riquezas são incertas, a paz deles não é a paz (Jer 6,14), a alegria deles é estúpida.

Pelo contrário, a Sabedoria de Deus, o Filho por natureza, a mão direita do Pai, a boca que fala verdade, proclama felizes os pobres, que estão destinados a ser reis do reino eterno. Ele parece dizer: “Procurais a bem-aventurança, mas ela não se encontra onde a procurais; correis, mas correis fora do caminho. Eis o caminho que conduz à felicidade: a pobreza voluntária por minha causa, é esse o caminho. O reino dos céus em Mim, eis a bem-aventurança. Correis muito, mas mal; quanto mais depressa avançais, mais vos afastais da meta.”

Não temamos, irmãos. Somos pobres, ouçamos a palavra do Pobre, que recomenda a pobreza aos pobres. Podemos acreditar na sua experiência: tendo nascido pobre, Ele viveu pobre e pobre morreu. Nunca quis enriquecer; antes aceitou morrer. Acreditemos, pois, na Verdade que nos indica o caminho que conduz à vida. Trata-se de um caminho árduo, mas curto; e a felicidade é eterna. O caminho é estreito, mas conduz à vida (Mt 7,14).[1]

Paz e Bem!

PS: A corrupção é o caminho mais curto para o inferno, e por ele seguem os adoradores do vil metal... (cf. 1Tim 6,6-10).

 


[1] Isaac da Estrela (?-c. 1171), monge cisterciense - Sermão 1, de Todos os Santos


Publicado por Frei Fernando Maria em 07/06/2016 às 09h43
 
07/06/2016 09h39
DAS COISAS NECESSÁRIAS PARA SE FAZER UMA BOA COMUNHÃO

DAS COISAS NECESSÁRIAS PARA SE FAZER UMA BOA COMUNHÃO

1. Estar em estado de graça

2. Guardar jejum de um hora antes da comunhão

3. Saber o que se vai receber e aproximar-se da sagrada comunhão com devoção

Explicações sumárias:

A) Estado de graça quer dizer: ter a consciência limpa de todo pecado mortal. Comete sacrilégio e incorre na sentença de condenação quem recebe a comunhão em estado de pecado mortal.

B) Tomar consciência de fé de quem vai receber, conhecer e acreditar firmemente o que a Doutrina católica ensina sobre este Sacramento. Ou seja, Jesus Cristo está real, verdadeira e substancialmente presente na Comunhão .

C) Com devoção? Aproximar-se com humildade e modéstia, tanto na própria pessoa como no modo de vestir, fazer preparação antes e, por cerca de 10 minutos, a ação de graças depois da comunhão.

D) Ação de graças depois da comunhão: conservar-se recolhido, a honrar a presença de Nosso Senhor dentro de nós, renovando com atos de fé, de esperança, de caridade, de adoração, de agradecimento, de oferecimento e de súplica, pedindo sobre tudo àquelas graças que são mais necessárias para nós e para aqueles por quem nos obrados a rezar.

E) Como consequência, o dia da comunhão, máxime se for diária, deve transcorrer no recolhimento, bem como cumpri com grande esmero os deveres de estado.

(Santa Teresa de Ávila dividia o dia em duas partes: a preparação, antes da comunhão, e as restantes 12 horas em agradecimento pela comunhão).

F) Permanência de Jesus em nos: com sua presença real enquanto não são consumidas as espécies eucarísticas, e com sua graça, enquanto não pecamos mortalmente. Reduzimos essa graça pelo pecado venial deliberado, e a aumentamos através de atos de virtude.

Paz e Bem!

Fonte:


Publicado por Frei Fernando Maria em 07/06/2016 às 09h39
 
27/03/2016 10h03
TRANSBORDANTES DA ALEGRIA DIVINA...

O SOL DA JUSTIÇA ERGUE-SE HOJE E ILUMINA TODA A CRIAÇÃO

«Eis o dia que o Senhor fez, dia de festa e de alegria» (Sl 117,24)

O Sol da justiça (Mal 3,20), desaparecido há três dias, ergue-Se hoje e ilumina toda a criação: Cristo, que esteve no túmulo três dias, existia antes de todos os séculos! Ele rebenta a terra como uma vinha e enche de alegria toda a terra habitada. Fixemos os nossos olhos no nascer de um sol que nunca conhecerá o poente; façamos avançar o dia e enchamo-nos da alegria desta luz!

As portas dos infernos foram quebradas por Cristo, os mortos erguem-se como que de um sono. Cristo levanta-Se, Ele que é a ressurreição dos mortos, e vem despertar Adão. Cristo, ressurreição de todos os mortos, levanta-Se e vem libertar Eva da maldição. Cristo levanta-Se, Ele que é a ressurreição, e transfigura com a sua beleza aquilo que estava sem beleza nem brilho (CF. Is 53,2). Como alguém que dormia, Cristo acordou e desfez todas as manhas do inimigo. Ele ressuscitou e dá alegria a toda a criação; ressuscitou e esvaziou a prisão do inferno; ressuscitou e transformou o corruptível em incorruptível (1Cor 15,53). Cristo ressuscitado estabeleceu Adão na incorruptibilidade, na sua dignidade original.

Em Cristo, a Igreja torna-se hoje num novo céu (Ap 21,1), um céu mais belo de contemplar do que o sol que nós vemos. O sol que vemos todos os dias não se pode comparar com esse Sol; tal como um servo cheio de respeito, eclipsou-se diante dele quando O viu suspenso da cruz (Mt 27,45). É desse Sol que o profeta diz: «O Senhor, Sol da justiça, ergueu-Se para os que O temem» (Mal 3,20). [..]. Por Ele, Cristo, Sol de justiça, a Igreja torna-se um céu resplandecente de muitas estrelas, saídas da piscina batismal para uma nova luz. «Eis o dia que o Senhor fez; exultemos e rejubilemos nele» (Sl 117,24), transbordantes de divina alegria.[1]

Paz e Bem!

 

[1] Santo Epifânio de Salamina (?-403), bispo - 3ª Homilia 3 para a Ressurreição


Publicado por Frei Fernando Maria em 27/03/2016 às 10h03
 
18/03/2016 17h04
APRENDAMOS, POIS, AMAR A DEUS EM TODO TEMPO...

APRENDAMOS, POIS,  AMAR A DEUS EM TODO TEMPO...

Meditemos profundamente sobre o amor de Cristo, nosso Salvador, que «amou os seus até ao fim» (Jo 13,1), a ponto de, para seu bem, ter voluntariamente sofrido uma morte dolorosa, manifestando assim o maior amor possível. Porque Ele próprio tinha dito: «Não há maior amor do que dar a vida pelos amigos» (Jo 15,13). Sim, é sem dúvida esse o maior amor que alguém jamais manifestou; e contudo, o nosso Salvador deu prova de um amor ainda maior, porque o fez tanto pelos amigos como pelos inimigos.

Que diferença entre este amor fiel e as outras formas de amor, falso e inconstante, que encontramos no nosso pobre mundo! [...] Quem terá a certeza de, na adversidade, continuar a ter muitos amigos, se o próprio Salvador, quando foi preso, ficou só, abandonado pelos seus? Quando vos fordes embora, quem quererá ir convosco? Se fôsseis rei, o vosso reino não vos deixaria partir só, esquecendo-vos sem demora? A vossa própria família não vos deixaria partir, qual pobre alma abandonada que não sabe para onde vai?

Aprendamos, pois, a amar em todo o tempo como temos o dever de amar: a Deus acima de todas as coisas, e a todas as coisas por causa dele. Porque todo o amor que não se orienta para este fim – ou seja, para a vontade de Deus – é um amor completamente vão e estéril. Qualquer amor que devotemos a um ser criado que enfraqueça o nosso amor a Deus é um amor detestável e um obstáculo ao nosso caminho para o céu. [...] Assim pois, uma vez que Nosso Senhor nos amou tanto pela nossa salvação, imploremos-Lhe assiduamente a sua graça, não vá acontecer que, em comparação com o seu grande amor, nos encontremos cheios de ingratidão.[1]

Paz e Bem!


[1] São Tomás Moro (1478-1535), estadista inglês, mártir

Tratado sobre a Paixão, Cristo amou-os até ao fim, 1ª homilia


Publicado por Frei Fernando Maria em 18/03/2016 às 17h04



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