FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
29/02/2012 17h27
NINGUÉM TIRA A MINHA VIDA., EU A OFEREÇO LIVRIMENTE...

“NINGUÉM TIRA A MINHA VIDA, MAS SOU EU QUE A OFEREÇO LIVREMENTE, POIS TENHO O PODER DE A OFERECER E O PODER DE A RETOMAR”. (Jo 10,18).

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 37; PL 52, 304-306

O sinal de Jonas

Toda a história de Jonas no-lo revela como uma prefiguração perfeita do Salvador. [...] Jonas desceu a Jafa para apanhar um barco com destino a Tarsis [...]; o Senhor desceu do céu à terra, a divindade à humanidade, a Potestade soberana desceu até à nossa miséria [...], para embarcar no navio da Sua Igreja [...].

É o próprio Jonas que toma a iniciativa de se deitar ao mar: «Pegai em mim e lançai-me ao mar»; anuncia, assim, a paixão voluntária do Senhor. Quando a salvação de uma multidão depende da morte de um só, essa morte está nas mãos do homem que tem o poder de a atrasar, ou, pelo contrário, de a apressar, antecipando-se ao perigo. Todo o mistério do Senhor está aqui prefigurado. Para Ele, a morte não é uma necessidade; releva da Sua livre iniciativa. Escutai-O: «Ninguém Ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar» (Jo 10,18) [...]

Reparai no enorme peixe, imagem horrível e cruel do inferno. Ao devorar o profeta, sente a força do Criador [...] e oferece com medo, a este viajante vindo do alto, a permanência nas suas entranhas. [...] E, três dias depois, [...] dá-o à luz, para o dar aos pagãos. [...] Foi este o sinal, o único sinal, que Cristo consentiu em dar aos escribas e aos fariseus (Mt 12,39), para lhes fazer compreender que a glória que esperavam lhes viesse de Cristo iria também voltar-se para os pagãos: os ninivitas são o símbolo das nações que creram n'Ele. [...] Que felicidade para nós, meus irmãos! Nós veneramos, vemos e possuímos, face a face e em toda a Sua verdade, Aquele que tinha sido anunciado e prometido simbolicamente.

Paz e Bem!

    ©Evangelizo.org 2001-201

 


Publicado por Frei Fernando Maria em 29/02/2012 às 17h27
 
27/02/2012 09h28
É ASSIM QUE SEREMOS JULGADOS NA HORA DE NOSSA MORTE

 

É ASSIM QUE SEREMOS JULGADOS NA HORA DE NOSSA MORTE

Bem-Aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade - Jesus, the Word to Be Spoken, cap. 8

«Foi a Mim mesmo que o fizestes»

Jesus disse: «O que fizerdes ao mais pequeno dos vossos irmãos, é a Mim que o fazeis. Quando recebeis uma criança, é a Mim que recebeis. Se em Meu nome oferecerdes um copo de água, é a Mim que o fazeis» (Mc 9,37; Mt 10,42). E, para ter a certeza de que tínhamos entendido bem o que Ele disse, afirmou que é assim que seremos julgados na hora de nossa morte: «Tive fome e destes-Me de comer, era peregrino e recolhestes-Me, estava nu e destes-Me que vestir».

Não se trata apenas de uma fome de pão; é uma fome de amor. A nudez não diz respeito apenas ao vestuário; a nudez é também a falta de dignidade humana e desta magnifica virtude que é a pureza, tal como a falta de respeito duns pelos outros. Estar sem abrigo não é só não ter casa; estar sem abrigo é também ser rejeitado, excluído, mal amado.

Paz e Bem!

         ©Evangelizo.org 2001-2011


Publicado por Frei Fernando Maria em 27/02/2012 às 09h28
 
25/02/2012 12h44
PARA QUE A VOSSA ALEGRIA SEJA COMPLETA...

 

PARA QUE A VOSSA ALEGRIA SEJA COMPLETA

São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém e doutor da Igreja - Catequeses baptismais, n°1

«E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-O»: a Quaresma conduz ao batismo

Vós sois catecúmenos, sois aqueles que se preparam para o batismo, discípulos da Nova Aliança e já participantes dos mistérios de Cristo, pelo chamamento e também pela graça. Foi-vos dado «um coração novo e um espírito novo» (Ez 18,31), para alegria dos habitantes dos céus. Se efetivamente, de acordo com o Evangelho, a conversão de um só pecador provoca esta alegria (Cf. Lc 15,7), quanto mais a salvação de tantas almas não incitará ao júbilo dos habitantes dos céus?

Empreendestes uma boa e muito bela viagem: aplicai-vos a percorrer o caminho com fervor. O Filho Único de Deus está pronto a resgatar-vos: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei.» (Mt 11,28). Vós que soçobrais sob o pecado, presos pelas cadeias das vossas faltas, ouvi o que diz a voz de um profeta: «Lavai-vos, purificai-vos, tirai da frente dos meus olhos a malícia das vossas ações» (Is 1,16), para que o coro dos anjos vos apregoe: «Feliz aquele a quem é perdoada a culpa e absolvido o pecado» (Sl 31,1). Vós que acabais precisamente de acender as lâmpadas da fé, que as vossas mãos diligentes guardem a chama, de modo que Aquele que, na nossa santíssima colina do Gólgota, abriu pela fé o paraíso ao ladrão (Lc 23,43), vos conceda cantar o cântico nupcial.

Se alguém é escravo do pecado, que se prepare, através da fé batismal, para o novo nascimento que fará dele um homem livre, um dos filhos de adoção. Que abandone a lamentável escravidão dos seus pecados para adquirir a bem-aventurada escravidão do Senhor. [...] Adquiri pela fé «os primeiros dons do Espírito Santo» (2Co 5,5) a fim de poderdes ser recebidos na morada eterna; recebei o sacramento que vos marcará, tornando-vos íntimos do Mestre.

Paz e Bem!

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Publicado por Frei Fernando Maria em 25/02/2012 às 12h44
 
17/02/2012 17h30
O AMOR VERDADEIRO É UM PERDER-SE PARA SI E UM GANHAR-SE PARA DEUS

 

O AMOR VERDADEIRO É UM PERDER-SE PARA SI E UM GANHAR-SE PARA DEUS...

Papa Bento XVI - Encíclica « Deus caritas est », 5-6 (trad. © Liberia Editrice Vaticana)

«Quem quiser salvar a sua vida, há de perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de Mim e do Evangelho, há de salvá-la.»

O modo de exaltar o corpo a que assistimos hoje é enganador. [...] Na realidade, para o homem, isto não constitui propriamente uma grande afirmação do seu corpo. Pelo contrário, agora considera o corpo e a sexualidade como a parte meramente material de si mesmo, a usar e explorar com proveito. [...]

A fé cristã sempre considerou o homem como um ser unidual, em que espírito e matéria se compenetram mutuamente, experimentando ambos, precisamente desta forma, uma nova nobreza. Sim, o eros quer-nos elevar «em êxtase» para o Divino, conduzir-nos para além de nós próprios, mas por isso mesmo requer um caminho de ascese, de renúncias, de purificações e de saneamentos.

Concretamente como se deve configurar este caminho de ascese e purificação? Como deve ser vivido o amor, para que se realize plenamente a sua promessa humana e divina? [...] A «agapê» tornou-se o termo característico para a concepção bíblica do amor. [...] Este vocábulo exprime a experiência do amor que se torna verdadeiramente descoberta do outro. [...] Agora, o amor torna-se cuidado do outro e pelo outro. Já não se busca a si próprio, não busca a imersão no inebriamento da felicidade; procura, ao invés, o bem do amado: torna-se renúncia, está disposto ao sacrifício, mais ainda, procura-o. [...]

Sim, o amor é «êxtase»; êxtase, não no sentido de um instante de inebriamento, mas como caminho, como êxodo permanente do eu fechado em si mesmo para a sua libertação no dom de si [...], para o reencontro de si mesmo, mais ainda, para a descoberta de Deus: «Quem procurar salvaguardar a vida, perdê-la-á, e quem a perder, conservá-la-á» (Lc 17, 33). [...] Assim descreve Jesus o Seu caminho pessoal, que O conduz, através da cruz, à ressurreição: o caminho do grão de trigo que cai na terra e morre e assim dá muito fruto. Mas, partindo do centro do Seu sacrifício pessoal e do amor que aí alcança a sua plenitude, descreve também a essência do amor e da existência humana em geral.

Paz e Bem!

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Publicado por Frei Fernando Maria em 17/02/2012 às 17h30
 
16/02/2012 11h43
PEDE A DEUS TUDO O QUE ELE QUER QUE LHE SEJA PEDIDO

 

PEDE A DEUS TUDO O QUE ELE QUER QUE LHE SEJA PEDIDO

«Jesus foi para um lugar solitário e ali Se pôs em oração»

Quando o Filho de Deus «levantando os olhos ao céu disse: 'Pai, glorifica o Teu Filho'» (Jo 17,1), ensinou-nos através desta ação que devemos levantar bem alto todos os nossos sentidos, as nossas mãos, as nossas faculdades, a nossa alma, e rezar n'Ele, com Ele e por Ele. Eis a obra melhor e mais santa que o Filho de Deus realizou na terra: adorar Seu bem amado Pai. Mas isto ultrapassa em muito qualquer raciocínio, e não conseguimos de maneira nenhuma alcançá-lo e compreendê-lo se não for no Espírito Santo. Santo Agostinho e Santo Anselmo dizem-nos que a oração é «uma elevação da alma para Deus». [...]

Eu digo-te apenas isto: liberta-te de ti mesmo e de todas as coisas criadas, e eleva plenamente a tua alma para Deus, acima de todas as criaturas, no abismo profundo. Mergulha o teu espírito no espírito de Deus com verdadeiro abandono [...], numa verdadeira união com Deus. [...] Pede a Deus tudo o que Ele quer que Lhe seja pedido, o que tu desejas e o que os homens desejam de ti. E acredita nisto: aquilo que uma pequena e insignificante moeda é, comparada com cem mil moedas de ouro, eis o que é toda a oração externa, comparada com esta oração que é uma verdadeira união com Deus, com esta fusão do espírito criado no espírito incriado de Deus. [...]

Se te pediram uma oração, é bom que a faças de maneira exterior, como te pediram e como tu te comprometeste a fazer. Mas ao fazê-lo leva a tua alma para as alturas e para o deserto interior, conduz para aí todo o teu rebanho como Moisés (Ex  3,1). [...] «Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade» (Jo 4,23). É nesta oração interior que se completam todas as práticas, todas as fórmulas e todos os tipos de oração que, desde Adão até agora, foram oferecidos, e que serão oferecidos até ao último dia. Tudo isto é levado à sua perfeição num instante, neste recolhimento verdadeiro e essencial.

Paz e Bem!

Fonte: Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo - Sermão 15, para a véspera dos Ramos...

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Publicado por Frei Fernando Maria em 16/02/2012 às 11h43



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