ENQUANTO TEMOS TEMPO II
Fala meu tempo, dou-te todo tempo de que disponho para que fales e eu possa te ouvir... Ah, mas o tempo de que disponho me foi dado para grandes coisas... E com ele sigo passo a passo... no compasso da espera de meu Deus... Autor e Senhor do tempo e de tudo o que há... Então, posso esperar sem medo e enquanto isso... desabrocho no serviço ao Senhor... com a virtude do seu amor que me acompanha nas entranhas dessa trajetória de nossa salvação... Então, Senhor, não vou mais perder tempo... Porque o tempo perdido não se recupera mais... Ele ficou vago, agora é passado e se for passado errado precisa ser apagado pelo perdão do Senhor... Porque somente assim Pode-se concertar os efeitos dos defeitos cometidos... para evitarmos o castigo de nosso desvario... Então, mãos a obra, meu tempo... És precioso para mim, porque por ti encontro o meu Senhor... que me faz em seu amor transformar-te em eternidade... Verdade que tanto anseia a minha alma... Por que parar ou ficar desanimado se não tenho tempo pra isso? Prefiro correr o risco da aventura do amor... que se sacrifica a todo instante pra nunca deixar de amar... E mesmo se me tirarem o tempo que ainda tenho... sigo firme, com todo empenho para os braços de meu Senhor e meu Deus... E aí pensarão que tiraram minha vida; quando na verdade ela está escondida aos olhos dos que me sacrificaram... Porque: “Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que o Senhor tem preparado para aqueles que o amam”. (1Cor 2,9). “A nossa presente tribulação, momentânea e ligeira, nos proporciona um peso eterno de glória incomensurável. Porque não miramos as coisas que se vêem, mas sim as que não se vêem . Pois as coisas que se vêem são temporais e as que não se vêem são eternas”. (1Cor 4,17). Portanto, “Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas especialmente aos irmãos na fé”. (Gal 6,9-10). Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 17/12/2008
Alterado em 18/12/2008 |