SANTA MISSA ( PARTE II )
TESTEMUNHO DE CATALINA Chegou o momento final do Prefácio e quando a assembléia dizia: “Santo, Santo, Santo”, imediatamente tudo o que estava atrás dos celebrantes desapareceu. Do lado esquerdo do senhor Arcebispo para trás, em forma diagonal, apareceram milhares de Anjos, pequenos, Anjos grandes, Anjos com asas imensas, Anjos com asas pequenas, Anjos sem asas, como os anteriores; todos vestidos com umas túnicas como as alvas brancas dos sacerdotes ou dos coroinhas. Todos se ajoelhavam com as mãos unidas em oração e em reverência inclinavam a cabeça. Escutava-se uma música maravilhosa, como se fossem numerosíssimos coros com vozes diferentes e todos diziam em uníssono com o povo: Santo, Santo, Santo… Havia chegado o momento da Consagração, o momento do mais maravilhoso Milagre... Do lado direito do Arcebispo para trás, também em forma diagonal, uma multidão de pessoas vestia túnicas em tons pastel: rosa, verde, azul, lilás, amarelo; enfim, de diferentes cores suaves. Seus rostos também eram luminosos, cheios de alegria, pareciam ter todos a mesma idade. Podia-se ver (e não consigo dizer como) que havia pessoas de diferentes idades, mas todos se assemelhavam nos rostos, sem rugas, felizes. Todos também se ajoelhavam no canto de “Santo, Santo, Santo, é o Senhor...” Disse Nossa Senhora: “São todos os Santos e Bem-aventurados do céu, e entre eles também estão os vossos antepassados que já gozam da Presença de Deus”. Então eu A vi. Ali justamente à direita do senhor Arcebispo... um passo atrás do celebrante, estava um pouco suspensa acima do solo, ajoelhada sobre tecidos muito finos, transparentes mas luminosos, como água cristalina, a Santíssima Virgem, com as mãos unidas, olhando atenta e respeitosamente para o celebrante. Falava-me dali, mas silenciosamente, diretamente ao coração, sem olhar para mim. “Chama a tua atenção o fato de Me ver um pouco atrás do Monsenhor, não é verdade? Assim deve ser... Com todo o amor que Me tem o Meu Filho, não Me deu a dignidade que dá a um sacerdote de poder trazê-Lo em Minhas mãos diariamente, como o fazem as mãos sacerdotais. Por isso sinto tão profundo respeito por um sacerdote e por todo o milagre que Deus realiza através dele, que Me obriga a ajoelhar-Me aqui.” Deus meu, quanta dignidade, quanta graça derrama o Senhor sobre as almas sacerdotais e nem nós, talvez nem muitos deles estão conscientes disso! Diante do altar, começaram a sair umas sombras de pessoas de cor cinza que levantavam as mãos para cima. Disse a Virgem Santíssima: “São as almas benditas do Purgatório que estão à espera das vossas orações para se refrescarem. Não deixeis de rezar por elas. Pedem por vós, mas não podem pedir por elas mesmas, sois vós quem deveis pedir por elas para ajudá-las a sair para encontrarem-se com Deus e Dele gozar eternamente”. “Vê, aqui estou o tempo todo... As pessoas fazem peregrinações e procuram os lugares de Minhas aparições, e é bom por todas as graças que ali recebem, mas em nenhuma aparição, em nenhum lugar estou mais tempo presente do que na Santa Missa. Ao pé do Altar onde se celebra a Eucaristia, sempre ireis encontrar-Me; ao pé do Sacrário permaneço com os Anjos, porque estou sempre com Ele”. Ver esse rosto formoso da Mãe naquele momento do “Santo”, igual a todos eles, com o rosto resplandecente, com as mãos juntas à espera daquele milagre que se repete continuamente, era estar no próprio céu. E pensar que há gente, pessoas que ficam nesse momento distraídas, falando... Com pesar digo que há muitos homens, mais do que mulheres, que de pé cruzam os braços como se rendessem homenagem ao Senhor de pé, de igual para igual. Disse a Virgem: “Diz ao ser humano, que nunca um homem é mais homem do que quando dobra os joelhos diante de Deus”. O celebrante disse as palavras da “Consagração”. Era uma pessoa de estatura normal, mas imediatamente começou a crescer, a ficar cheio de luz, uma luz sobrenatural entre branca e dourada o envolvia e se fazia muito forte no rosto, de modo que não podia ver seus traços. Quando elevava a hóstia vi suas mãos e elas tinham umas marcas no dorso, das quais saía muita luz. Era Jesus!... Era Ele que com Seu Corpo envolvia o do celebrante como se rodeasse amorosamente as mãos do senhor Arcebispo. Nesse momento a Hóstia começou a crescer e crescer, enorme, e nela, o Rosto maravilhoso de Jesus olhando para Seu povo. Por instinto quis baixar a cabeça e Nossa Senhora disse: “Não baixes os olhos, levanta-os, contempla-O, cruza olhares com Ele e repete a oração de Fátima: Senhor, eu creio, adoro, espero e Vos amo, peço-Vos perdão por aqueles que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam. Perdão e Misericórdia... Agora diz a Ele o quanto O amas, rende homenagem ao Rei dos reis”. Como disse, parecia que a enorme Hóstia olhava somente para mim, mas soube que assim contemplava cada pessoa, cheio de amor... Logo abaixei a cabeça até ter a testa no chão, como faziam todos os Anjos e bem-aventurados do Céu. Por uma fração de segundo talvez, pensei o que era aquilo, que Jesus tomava o corpo do celebrante e ao mesmo tempo estava na Hóstia que, quando o celebrante baixava, tornava-se novamente pequena. Eu tinha as faces cheias de lágrimas, não podia sair de meu assombro. Imediatamente o Monsenhor disse as palavras da consagração do vinho e, junto com suas palavras, começaram uns relâmpagos no céu e ao fundo. A igreja não tinha teto nem paredes, estava tudo escuro, somente aquela luz brilhante no Altar. Logo vi, suspenso no ar, Jesus crucificado, da cabeça até a cintura. A haste transversal da cruz estava sustida por umas mãos grandes, fortes. Do meio daquele resplendor se desprendeu uma luzinha como de uma pomba muito pequena e muito brilhante; velozmente, deu uma volta em toda a igreja e foi pousar no ombro esquerdo do senhor Arcebispo que continuava sendo Jesus, porque eu podia distinguir Seus cabelos e Suas chagas luminosas, Seu corpo grande, mas não via Seu Rosto. Acima, Jesus crucificado estava com o rosto caído sobre o ombro direito. Eu podia contemplar o rosto e os braços machucados e descarnados. Do lado direito tinha uma ferida no peito e saía aos borbotões, para a esquerda sangue e à direita penso que água, mas muito brilhante; eram mais jorros de luz que se iam dirigindo para os fiéis, movendo-se à direita e à esquerda. Espantava-me a quantidade de sangue que fluía para dentro do Cálice! Pensei que iria transbordar e manchar todo o Altar, mas não caiu uma só gota! Nesse momento, disse a Virgem: “Este é o milagre dos milagres; já te repeti, para o Senhor não existe tempo nem distância e, no momento da consagração, toda a assembléia é transportada ao pé do Calvário no instante da crucificação de Jesus”. Alguém pode imaginar isso? Nossos olhos não podem ver, mas estamos todos lá, no momento em que O estão crucificando e Ele está pedindo perdão ao Pai, não somente por aqueles que O matam, mas por cada um de nossos pecados: “Pai, perdoai-os, não sabem o que fazem!” A partir daquele dia, não me importa se me tomam por louca, mas peço a todos que se ajoelhem, que tratem de viver com o coração e toda a sensibilidade de que são capazes, aquele privilégio que o Senhor nos concede. Quando íamos rezar o Pai Nosso, o Senhor falou pela primeira vez durante a celebração, e disse: “Espero, quero que rezes com a maior profundidade que sejas capaz, e que neste momento, tragas a tua memória a pessoa ou as pessoas que mais mal te hajam feito durante tua vida, para que as abraces junto a teu peito e lhes digas de todo coração: “Em Nome de Jesus eu te perdôo e te desejo a paz. Em Nome de Jesus te peço perdão e desejo minha paz.” Se essa pessoa merecer a paz, recebê-la-á e lhe fará muito bem; se essa pessoa não for capaz de se abrir para a paz, essa paz voltara ao teu coração. Mas não quero que recebas e dês a paz a outras pessoas quando não fores capaz de perdoar e sentir essa paz primeiro em teu coração.” “Cuidado com o que fazeis” – continuou o Senhor - “Vós repetis no Pai Nosso: perdoai-nos assim como perdoamos a quem nos têm ofendido. Se vós sois capazes de perdoar e não esquecer, como alguns dizem, estais condicionando o perdão de Deus. Estais dizendo: perdoa-me somente como eu sou capaz de perdoar, e não mais que isso.” Não sei como explicar minha dor, ao compreender o quanto podemos ferir ao Senhor e quanto podemos ferir a nós mesmos com tantos rancores, sentimentos maus e coisas feias que nascem dos complexos e das susceptibilidades. Perdoei, perdoei de coração e pedi perdão a todos o que me haviam machucado alguma vez, para sentir a paz do Senhor. O celebrante dizia: “...dai-nos a paz e a unidade”... e então: “a paz do Senhor esteja convosco...” Imediatamente vi que entre algumas pessoas que se abraçavam (não todas), aparecia uma luz muito intensa; soube que era Jesus e praticamente me atirei para abraçar a pessoa que estava ao meu lado. Pude sentir verdadeiramente o abraço do Senhor nessa luz, era Ele que me abraçava para me dar Sua paz, porque nesse momento eu havia sido capaz de perdoar e de tirar de meu coração toda dor que sentia contra outras pessoas. É isso o que Jesus quer, compartilhar esse momento de alegria abraçando-nos para desejar-nos Sua Paz. CONTINUA... Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 13/01/2009
|