O QUE SERÁ DESSE NOSSO MUNDO?
Senhor, a cada manhã fico a me perguntar... O que será desse nosso mundo? Não vejo mais piedade... E a verdade parece até que foi esquecida em alguma esquina da vida porque vejo os homens caminhando entorpecidos em meio a mentiras e falcatruas... Como se a vida só fosse isso e como se tudo estivesse às mil maravilhas... E o que é pior Senhor... Não levam em conta a tua Palavra... Porque os seus interesses são outros... Por isso não cultivam as virtudes que lhes destes... E as maldades que cometem crescem cada vez mais e com elas cresce também a falta de paz... As crises existenciais... Os desequilíbrios ambientais... Espalhando o terror e a morte em toda parte... Senhor, por que os homens são assim? Quando será o fim de toda essa desordem? Perdoe-me por lhe fazer tais perguntas... Porque não é ao Senhor que devo perguntá-las... Mas àqueles que vivem como se o Senhor não existisse... Como tudo se resumisse ao que vivemos no tempo... “Corromperam-se os homens, sua conduta é abominável, não há um só que faça o bem. O Senhor, do alto do céu, observa os filhos dos homens, para ver se, acaso, existe alguém sensato que busque a Deus. Mas todos eles se extraviaram e se perverteram; não há mais ninguém que faça o bem, nem um, nem mesmo um só”. (Sl 13,1b-3). “Dizem, com efeito, nos seus falsos raciocínios: Curta é a nossa vida, e cheia de tristezas; para a morte não há remédio algum... Vinde, portanto! Aproveitemo-nos das boas coisas que existem! Vivamente gozemos das criaturas durante nossa juventude! Inebriemo-nos de vinhos preciosos e de perfumes, e não deixemos passar a flor da primavera! Ninguém de nós falte à nossa orgia; em toda parte deixemos sinais de nossa alegria, porque esta é a nossa parte, esta a nossa sorte!” (Sb2,1.5-7.9). “Tiranizemos o justo na sua pobreza, não poupemos a viúva, e não tenhamos consideração com os cabelos brancos do ancião! Que a nossa força seja o critério do direito, porque o fraco, em verdade, não serve para nada”. (Sab 2,10-11). “Cerquemos o justo, porque ele nos incomoda; é contrário às nossas ações; ele nos censura por violar a lei de Deus e nos acusa de contrariar a nossa educação. Ele se felicita por conhecer a Deus, e se chama a si mesmo filho do Senhor! Sua existência é uma censura às nossas idéias; basta sua vista para nos importunar”. (Sab2, 12-14). “Vejamos, pois, se suas palavras são verdadeiras, e experimentemos o que acontecerá quando da sua morte, porque, se o justo é filho de Deus, Deus o defenderá, e o tirará das mãos dos seus adversários. Provemo-lo por ultrajes e torturas, a fim de conhecer a sua doçura e estarmos cientes de sua paciência. Condenemo-lo a uma morte infame. Porque, conforme ele, Deus deve intervir”. (Sab 2,17-20) “Eis o que pensam, mas enganam-se, sua malícia os cega: eles desconhecem os segredos de Deus, não esperam que a santidade seja recompensada, e não acreditam na glorificação das almas puras. Ora, Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão”. (Sab 2,21-24). “Não se emendarão esses obreiros do mal, que devoram meu povo como quem come pão? Eles que não invocam o Senhor? Mas irão tremer de pavor, porque Deus está com a raça dos justos; pretendeis frustrar os planos do humilde, mas o Senhor é seu refúgio”. (Sl 13,4-6) Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 18/04/2009
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