VIVENDO A FILIAÇÃO DIVINA.
“Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus”. ( 1 Jo 3,1) Será que temos consciência do que seja mesmo ser “filhos e filhas de Deus?” Vejamos o que São João escreve sobre isto: “Jesus veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (Jo 1,11-13). Pois bem, agora podemos compreender melhor o que seja essa filiação divina, pois para São João, acreditar em Jesus significa nascer para Deus, ou seja, nascer na ordem da graça, isto é, para a vida eterna. Este novo nascimento se dá mediante o sacramento do batismo, seja quando criança (Cf.1Ped 3,21), ou já feito adulto, pela conversão e aceitação da vontade de Deus em sua vida (Cf. At 2,38). Para São Paulo consiste em uma mudança de mentalidade: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom,o que lhe agrada e o que é perfeito.” (Rm 12,2). Então, não basta apenas se considerar filho ou filha de Deus, mais do que isto temos que viver como tal, pois o sentido eterno da nossa existência é habitarmos na morada do altíssimo, na casa do Pai. Queridos irmãos e irmãs, somos filhos e filhas de Deus; então, como viver essa nossa filiação divina? Eis a resposta de São João à esta pergunta: “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Eis o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos. E seus mandamentos não são penosos, porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. ( 1 Jo 5,2-4). São Paulo também nos exorta a esse respeito na Carta aos Romanos: “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, a não ser o amor recíproco; porque aquele que ama o seu próximo cumpriu toda a lei. Pois os preceitos não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e ainda outros mandamentos que existam, resumem-se nestas palavras: Amarás o teu próximo com a ti mesmo. A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto, a caridade é o pleno cumprimento da lei.” (Rm 13,8-10). “Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele. Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados.” “Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito. Nisto é que conhecemos que estamos nele e ele em nós, por ele nos ter dado o seu Espírito. Se alguém disser: ‘Amo a Deus’, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê . Temos de Deus este mandamento: o que amar a Deus, ame também a seu irmão.” ( 1 Jo 4,7-13.20-21). Portanto, amados irmãos e irmãs, nos preparemos para o céu, pedindo perdão a Deus pelo nosso desamor, buscando no amor de Deus a força necessária para nos mantermos no propósito divino de nossa salvação eterna. Paz e Bem! Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 28/04/2009
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